- Atuar única e exclusivamente no âmbito escolar, dentro da sala de aula e nos demais ambientes onde o grupo estiver.
- Atuar como intermediário nas questões sociais e de linguagem.
- Ensinar a criança como participar das atividades sociais, como se relacionar com as outras crianças e o que se esperar dela em cada situação.
- Minimizar a tendência da criança ao isolamento social, facilitando a interação da criança.
- Ensinar a criança a abordar o outro na tentativa de interação.
- Minimizar os comportamentos inapropriados e repetitivos.
- Desviar a atenção da criança das manias, rituais e atividades repetitivas e estereotipadas.
- Intervir nas reações comportamentais drásticas diante de mudanças.
- Estimular o apontar e o olhar para o que o outro aponta ou fala.
- Estimular a imitação dos movimentos, sons e atividades.
- Estimular o triangular do olhar que é o olhar para a pessoa e olhar para um objeto de que se fala.
- Estimular o interesse por brinquedos dando função aos objetos, ensinando a criança a brincar de forma funcional.
- Brincar falando o que está fazendo e o que pretende fazer.
- Estimular os jogos do tipo “faz-de-conta”.
- Estimular o brincar fazendo inicialmente a mesma coisa que a criança estiver fazendo e aos poucos tentar mudar para algo diferente.
- Explicar às crianças que existem algumas crianças que querem brincar, mas que não sabem como fazer isto. Não sabem como fazer amigos e não sabem falar muito bem, por isso precisam de ajuda.
- Traduzir as informações auditivas (ordens verbais) em informações visuais, apontando ou mostrando figuras ou objetos relacionados com que foi dito.
- Utilizar fotos de pessoas e locais para ajudar a entender o que acontecerá com ela.
- Partir as informações auditivas em pequenas informações.
- Ajudar a criança a modificar o uso da terceira pessoa em seu discurso.
- Ajudar a criança a organizar seu discurso.
- Dirigir a atenção para quem fala ou para as atividades que estão sendo realizadas.
- Ensinar a criança a olhar para o grupo e a observar o comportamento das outras crianças para indicar o que fazer, estimulando a imitação. O mediador pode favorecer essa atitude virando o rosto da criança para que não perca a informação relevante.
- Observar detalhadamente o comportamento da criança, antecipando e intervindo em qualquer situação que desencadearia comportamentos inadequados.
- Minimizar e intervir em situações que causam desconforto sensorial.
- Ensinar a criança a se acalmar, sendo necessário levá-la a um ambiente mais tranqüilo.
- Explicar às outras crianças que aquela criança se incomoda com alguns barulhos ou qualquer outro estímulo que causa desconforto sensorial.
- Manter uma boa relação com a família, mesmo que através de um caderno ou agenda, com anotações do que está sendo trabalhado em sala de aula ou de brincadeiras que as crianças estão realizando para que a família estimule em casa também.
- Orientar os professores quanto às peculiaridades envolvidas no diagnóstico daquela criança.
- Solicitar previamente às atividades que serão realizadas com o grupo para que possa adaptar ou preparar qualquer tipo de recurso que facilite a compreensão da criança.
- Facilitar a aprendizagem formal através de recursos visuais e vivências no concreto.
- Ensinar a criança a ser flexível, cooperativa e a compartilhar, encorajando a participação em jogos cooperativos e competitivos.
- Usar histórias ou representações pictóricas para explicar soluções e ações em situações sociais específicas que coloquem a situação real e as possibilidades de lidar com ela.
- Estimular a empatia.
- Ensinar a linguagem corporal.
- Utilizar recursos visuais para ensinar as emoções.
- Ensinar como ler e responder as pistas que indicam as emoções.
- Ensinar marcadores para iniciar uma conversação.
- Encorajar a confessar que não está entendendo uma determinada explicação do educador.
- Propor ao educador a utilização de dramatizações ou interpretações para estimular a conversação.
- Levar a criança a compreender como um comentário pode levar a um mal entendido.
- Explicar metáforas e expressões idiomáticas.
- Ensinar como modificar o ritmo e as variações de freqüência e intensidade para enfatizar palavras-chave ou mostrar emoções em seu discurso.
- Marcar quando o discurso se torna pedante, com muitas abstrações e falta de precisão.
- Encorajar a solicitar ajuda.
- Evitar o acesso aos objetos ou materiais que fazem parte dos interesses restritos da criança, encorajando o interesse por algo diferente. Pode-se usar um relógio marcando o tempo em que a criança pode ter acesso ao material de interesse e após o limite temporal encorajar a iniciar outra atividade, fazendo com que o material de interesse desapareça de seu campo visual e aos poucos sua fixação diminua. O ideal é oferecer estímulos diferentes para substituir os interesses restritos e encorajar a aceitação de outras atividades.
- Facilitar a conversação aproveitando assuntos que fazem parte dos interesses restritos da criança.
- Aproveitar os interesses restritos para aplicar como algo construtivo que possa se tornar uma motivadora fonte de contato social. O nível de motivação e de atenção se eleva nas atividades que envolvem seus interesses específicos. O cumprimento de regras, a realização das atividades propostas, a concentração e o esforço podem fazer com que a criança mereça o acesso ao seu foco de interesse por um determinado tempo.
- É importante cativar a criança para que realize a atividade partindo de seu foco de interesse, por exemplo: se o objetivo da atividade for contagem, então ao invés da criança contar palitos, poderá contar seus objetos de interesse.
- Tornar a vida da criança previsível através da estruturação de rotinas. Tentar reduzir o imprevisível que muitas vezes geram birras. Pode-se utilizar relógio, lista de tarefas diárias e cartões com fotos ou imagens para cada atividade para facilitar a compreensão da rotina.
- Organizar a seqüência das atividades através de informações visuais (fotos, desenhos ou imagens) para reduzir o nível de ansiedade da criança.
- Insistir no compromisso.
- Ensinar noção de tempo, através de calendários e da própria organização da rotina.
- Estimular o desenvolvimento da Teoria da Mente, ensinando a se colocar no lugar do outro e a imaginar os pensamentos das pessoas.
- Estimular a criança a parar e refletir sobre como o outro se sente com determinado comportamento da criança.
- Estimular a criança a praticar a reflexão sobre estratégias alternativas para resolver uma determinada situação.
- Ter consciência de que o que é evidente para a maioria das crianças precisa ser ensinado para aquela criança.
- Orientar o grupo para caso eles vejam que esta criança está sozinha durante alguma atividade ou recreio, que podem tentar pegá-la pela mão para trazê-la até o grupo. É importante ser persistente, pois a criança pode não responder imediatamente.
- Falar devagar e com frases curtas.
- Orientar às crianças a ignorar os comportamentos estranhos como as estereotipias ou os gritos.
- Ensinar as habilidades sociais de como se apresentar, como pedir algo, como comprar alguma coisa.
- Oferecer o modelo para que a criança entenda o que está sendo solicitado.
- Oferecer o reforço positivo quando a criança apresenta um comportamento correto.
- Ignorar, corrigir ou redirecionar um comportamento incorreto.
- Auxiliar a criança no desenvolvimento de sua autonomia, iniciativa e compreensão daquilo que está fazendo ou do que precisa fazer.
- No momento da entrada na escola, o mediador atua direcionando a criança ao grupo e ensinando-a a como se comportar naquele momento, estimulando a observação e imitação do comportamento do grupo. Cabe ao professor, neste momento, receber a criança e dar as ordens do que fazer.
- No momento do recreio a liberdade da criança deve ser supervisionada à distância, acompanhando se há ou não um momento de interação com os demais. Se não houver interação, o mediador atua proporcionando essa interação ou inserção da criança nas brincadeiras.
- Os passeios escolares realizados fora do ambiente escolar são importantes para a criança, pois oferece oportunidade de vivenciar situações sociais. Levando em conta que a criança apresenta dificuldade de interação e que o passeio escolar não é algo comum em sua rotina, o mediador pode auxiliar a criança neste momento, desde que haja um acordo prévio com a família quanto à questão dos custos do profissional caso o passeio seja realizado fora do turno escolar.
- Promover independência nos hábitos de higiene como lavar as mãos, escovar os dentes, vestir-se, despir-se sozinhos caso executem essas ações na escola. Estes hábitos são trabalhados em momentos específicos dentro do contexto escolar. Caso seja uma criança que faça uso de fraldas descartáveis e houver algum profissional específico na escola para esses cuidados, o mediador solicita ajuda deste profissional.
- O momento do lanche é uma situação que prioriza a alimentação, mas também permite desenvolver o respeito das crianças umas com as outras, bem como compartilhá-lo em determinadas situações como nos casos de lanches coletivos e festas internas. Após a professora avisar sobre a hora do lanche, o mediador mostra a foto do que a criança fará naquele momento e estimula a criança pegar, preparar seu lanche para comer, manusear objetos (copo, prato, talheres) e guardar seus pertences. Esta atividade proporciona o desenvolvimento de hábitos alimentares dentro do contexto escolar.
- O momento da saída é encerrado com a professora estimulando a criança a organizar seu material e a sala de aula. O mediador após mostrar a foto deste momento final da rotina escolar, parte as ordens do educador em informações menores, fazendo a criança entender e realizar o que foi solicitado.
- É fundamental que o educador e o mediador não fujam à rotina, pois é esta é fundamental para o desenvolvimento da criança.
Os
itens descritos foram retirados e adaptados dos textos:
- Espectro autístico e suas implicações
educacionais - Carla Gikovate e Renata Mousinho - http://www.carlagikovate.com.br/index_arquivos/Page352.htm
- Técnicas utilizadas na educação dos autistas
- Daniele Centeno Lopes e Luiz Fernandes Pavelacki - http://74.125.113.132/search?q=cache:Kus5Uu6cJ_YJ:guaiba.ulbra.tche.br/pesquisas/2005/artigos/pedagogia/20.pdf+T%C3%A9cnicas+utilizadas+na+educa%C3%A7%C3%A3o+dos+autistas+-+%EF%80%A0%EF%80%A0Daniele+Centeno+Lopes+e+%EF%80%A0%EF%80%A0Luiz+Fernandes+Pavelacki&hl=pt-BR&ct=clnk&cd=1&gl=br
Tudo excelente, bom demais, é tudo que esse público necessita e muito amor.
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