quarta-feira, 23 de outubro de 2013
quinta-feira, 3 de outubro de 2013
No mês do primeiro aniversário do blog...
... estamos caminhando para ...
... acessos!
... pela confiança!  
O meu desejo é que as pessoas conheçam o autismo, nos ajude a lutar por eles e que as famílias que estão chegando agora no diagnóstico, tenham aqui um pouco de conforto e esperança.
Minha meta nunca foi me promover e por isso nunca investi em publicidade ou anúncios apelativos para aumentar acessos ou "curtidas" na fan page 
(como se fosse uma concorrência para ver quem tem mais).
Minhas meta e compromisso 
é com a informação!
Bjs
quarta-feira, 2 de outubro de 2013
Bananinha Azul: Entrevista ao Neurociêntista Alysson Muotri...
Bananinha Azul: Entrevista ao Neurociêntista Alysson Muotri...: Alysson Muotri é o investigador que está á frente da equipa que fez a descoberta de como curar neurónios de pacientes com a síndrome de Re...
terça-feira, 1 de outubro de 2013
Cálcio na dieta vegana
A noção de que o leite e derivados são a melhor (se não a única) fonte 
de cálcio é tão arraigada na nossa sociedade que a maioria das pessoas 
tem dificuldade em aceitar a idéia de que é possível ter ossos saudáveis
 sem o consumo de laticínios. Mas o fato é que o cálcio não é 
exclusividade do produto secretado pelas glândulas mamárias dos animais 
mamíferos.
A noção de que o cálcio é exclusividade do leite da vaca é fruto de um 
elaborado trabalho de propaganda por parte das indústrias de laticínios.
 Apesar de não poderem afirmar diretamente que o leite de vaca é a única
 fonte de cálcio (isto seria propaganda enganosa) a indústria busca 
passar esta noção ao consumidor. Faz pouco mais de um ano que a Vegan Society
 do Reino Unido processou uma multinacional que lançou uma campanha que 
trazia a frase: “Leite – essencial para ossos saudáveis”. Em poucos 
dias, a campanha foi tirada do ar, pois essencial é aquilo que não pode 
ser substituído, o que não é o caso dos laticínios como sendo fonte de 
cálcio.
Se uma associação de feirantes pudesse desenvolver uma campanha para 
promover os alimentos vegetais como boas fontes de cálcio, o que eles 
promoveriam? Os vegetais verde-escuros (brócolis, couve
 e quiabo) são excelentes fontes de cálcio e estão acompanhados de uma 
série de outros nutrientes importantes para o metabolismo do cálcio, 
como o potássio e a vitamina K. As frutas secas (figo, damasco, 
uva-passa) e as castanhas e sementes (nozes, avelãs, amêndoas, 
castanha-do-pará, semente de girassol, gergelim, entre outras) são 
fontes bastante concentradas deste mineral e são muito fáceis de serem 
armazenadas, transportadas e consumidas. Já as leguminosas (soja, tofu, lentilha, ervilha, grão-de-bico,
 feijões), muitas delas tão presentes no cardápio do brasileiro, são 
também boas fontes e o melado-de-cana completa a lista oferecendo uma 
grande concentração de cálcio. Estas são as principais fontes de cálcio 
em uma dieta livre de produtos de origem animal.
Assim como quando discutimos sobre a existência de boas fontes vegetais 
de proteína e ferro, uma vez demonstrada a possibilidade da dieta 
vegetariana fornecer estes nutrientes em quantidades adequadas, a 
questão que segue é sobre a sua qualidade, ou biodisponibilidade. De 
fato, há uma diferença com relação à eficiência com que o organismo 
humano aproveita o cálcio dos alimentos de origem vegetal quando 
comparada à eficiência com que aproveitamos o cálcio de origem animal. 
Esta diferença é que o cálcio dos alimentos vegetais é mais bem 
absorvido. Isto é demonstrado por muitos estudos científicos: os 
alimentos de origem vegetal oferecem um cálcio que é mais bem utilizado 
pelo organismo do que o cálcio que tem origem no leite e derivados. Isso
 significa dizer que, quando a ingestão se dá em quantidade adequada, a 
qualidade do cálcio vegetal não deixa nada a desejar ao cálcio de origem
 animal.
No que diz respeito à saúde óssea, as vantagens de se obter o cálcio dos
 alimentos de origem vegetal não param por aí, pois uma dieta isenta de 
produtos de origem animal (inclusive os laticínios) tem muitos outros 
aspectos que favorecem a saúde dos ossos. Quando um nutriente tem efeito
 positivo na retenção do cálcio no organismo, dizemos que o balanço de 
cálcio é positivo. O inverso vale para o termo balanço negativo. Os 
fatores dietéticos que afetam positivamente o balanço de cálcio são a 
vitamina K, o potássio, um pH sanguíneo alcalino e, é claro, o próprio 
cálcio. Os fatores que afetam negativamente o balanço de cálcio são o 
consumo excessivo de sódio, proteínas e vitamina A.
Uma dieta vegana é mais rica em vitamina K e potássio, enquanto ela é 
mais pobre em sódio. Ela também é mais provavelmente abundante em 
alimentos alcalinizantes ao mesmo tempo em que não excede com facilidade
 a quantidade recomendada de proteínas. Além disso, a dieta vegana não 
excede na ingestão de vitamina A. Na verdade, ela é isenta desta 
vitamina, fornecendo o beta-caroteno, que é convertido pelo organismo em
 vitamina A (retinol) apenas na quantidade necessária, evitando assim o 
seu excesso. Do ponto de vista dietético, a eliminação dos produtos de 
origem animal, concomitante com o aumento da ingestão de alimentos de 
origem vegetal, favorece em muito a saúde óssea.
Além do aspecto alimentar, devemos considerar a vitamina D e a atividade
 física. A vitamina D pode ser produzida pelo organismo e tem papel 
fundamental para o balanço positivo de cálcio. Ela é sintetizada quando 
ocorre a exposição adequada da pele à luz solar. Para pessoas de pele 
clara, uma exposição de cerca de 20 minutos em uma pequena porção de 
pele (mão e rosto, por exemplo) quando o Sol está a um ângulo acima de 
quarenta graus do horizonte é o suficiente para estimular a produção de 
vitamina D em quantidade adequada. Pessoas de pele escura devem estender
 este tempo de exposição para até uma hora. A atividade física também é 
muito importante para uma boa saúde óssea. Pense nos seus ossos como se 
fossem os seus músculos: se você os utilizar pouco, eles se 
desenvolverão pouco. Uma dieta vegana está relacionada a alguns aspectos
 que favorecem a prática de atividades físicas, como por exemplo um 
índice de massa corpórea mais próximo do saudável, e por isso o vegano 
ganha mais uma vantagem com relação à sua saúde óssea, já que a dieta 
como um todo favorece a prática de atividades físicas.
Vale notar que quando optamos por ingerir o cálcio a partir de fontes 
vegetais, estamos optando por ingerir alimentos que são também boas 
fontes de ferro, fibras e outros nutrientes importantíssimos e que não 
são encontrados nos laticínios. Aqueles que ainda acreditam que o leite é
 um produto adequado à alimentação de mamíferos adultos devem estudar 
mais a fundo os benefícios resultantes da eliminação deste alimento do 
cardápio, inclusive e especialmente no que diz respeito ao cálcio e 
outros fatores relacionados à boa saúde óssea.
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