Douglas E. Carothers
 Ronald L. Taylor
Resumo e Comentário por Mariana Serrajordia Lopes e Rebeca Costa e Silva
Quando se pensa em 
educar uma criança com autismo, o objetivo dessa educação, 
considerando-se as especificidades da mesma, é o de aumentar sua independência, de
 forma a proporcionar dignidade e qualidade de vida para a criança e 
seus familiares. Para tanto, os educadores ao elaborarem o currículo de 
tais crianças devem pensar no que será mais útil para essa criança nesse momento;
 é preciso levar-se em consideração o contexto em que a mesma está 
inserida, como outras pessoas com sua idade cronológica completam 
algumas tarefas e o ambiente onde essas tarefas serão feitas.
Há dois ambientes fundamentais onde ocorre o aprendizado: na escola e em casa.
Habilidades na Escola
Embora seja melhor ensinar as habilidades para o dia a dia no ambiente natural,
 isso nem sempre é possível. Para compensar esse fato, alguns 
pesquisadores elaboraram algumas técnicas que têm certa eficácia com 
crianças com autismo.
Modelagem Através de Gravação de Vídeo:
 um aluno que já adquiriu uma habilidade é gravado executando-a e assim o
 vídeo pode ser repetido várias vezes para o aluno que ainda não 
adquiriu a habilidade em questão.
Essa técnica pode ser usada para ensinar crianças com autismo a fazerem compras no mercado, por exemplo.
Rotina de Atividades Pictográficas:
 várias ilustrações (fotos, desenhos, etc.) compõem estágios de uma 
tarefa, para que o aluno siga as instruções e complete a tarefa 
independentemente.
Com essa técnica é possível ensinar como fazer tarefas domésticas, de escritório e lavanderia.
Participação e Orientação de Colegas:
 Outras crianças normotípicas são usadas como modelos para o ensino de 
habilidades funcionais na comunidade para alunos com autismo.
Foi possível através 
do uso dessa técnica que crianças com autismo aprendessem a pegar livros
 na biblioteca, comprar itens em um bazar e atravessar a rua.
Reforçar as Habilidades em Casa
Além de continuar a 
aplicação de tais técnicas em casa, é interessante a colaboração de 
parentes ou vizinhos para modelar um comportamento, uma habilidade, uma 
tarefa, como, por exemplo, gravar o irmão de uma criança com autismo 
mostrando como decidir o que vestir para ir à escola, ou também uma 
atividade como arrumar a cama, em que todos os passos sejam fotografados
 e com legenda. Outra estratégia interessante é que parentes ou vizinhos
 (da idade da criança com autismo) montem uma situação do dia a dia de 
como fazer compras no mercado, em casa, e depois a acompanhem para uma 
situação real na em estabelecimentos públicos.
Conclusão
Aqui estão três 
estratégias simples e com uma boa eficácia para ensinar habilidades de 
vida diária para crianças com autismo, colaborando para que essas fiquem
 mais independentes e futuramente quando adultas elas possam dispor de 
maior liberdade, visto que, atualmente, muitos adultos com autismo estão
 morando com pais ou cuidadores ou estão em instituições.
How Teachers and Parents Can Work Together to Teach Daily Living Skills to Children with Autism
Focus  on Autism and Other Developmental Disabilities 2004; 19; 102
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