Ferdinando Casagrande (Ferdinando Casagrande)
Não foram poucos os desafios enfrentados pela 
professora Hellen Beatriz Custódio Figueiredo no primeiro ano do aluno 
Matheus Santana da Silva na EMEF Coronel Helio Franco Chávez, em São 
Paulo. Depois de descobrir que o menino com autismo já sabia ler e de 
estimulá-lo a se comunicar, Hellen criou uma estratégia para ajudá-lo a 
controlar o tamanho da letra e escrever no espaço de duas linhas do 
caderno comum. A ideia surgiu a partir de um recurso que ela costumava 
usar no Ensino Infantil.
Enquanto Hellen usava uma parte do quadro
 negro, Matheus era estimulado a escrever na outra. Aos poucos, ela foi 
desafiando o aluno a reduzir cada vez mais o seu espaço que usava para 
escrever. "Eu colei um papel pardo na lousa e disse que só escrevendo 
ali ele poderia levar as anotações para casa e mostrar aos pais. Então, 
passei a colar o papel pardo na carteira e fui substituindo os papéis 
para sulfite A3, caderno de desenho, caderno de desenho com pauta e, 
assim por diante, até chegar ao caderno brochura", lembra a professora. 
É claro que alguns colegas quiseram ter a mesma oportunidade. "Eu deixava, uma vez ou outra, os estudantes participarem dessa experiência, mas todos sabiam que o Matheus precisava disso mais do que eles. Sempre joguei aberto com a classe", destaca a professora. Essa conversa fez toda a diferença, garante a psicopedagoga Daniela Alonso, selecionadora do Prêmio Victor Civita – Educador Nota 10. "Ao fazermos concessões desnecessárias, que não são necessidades, criamos privilégios. Por outro lado, ao atendermos com fundamento as necessidades de educação especial - como neste caso - todos as reconhecem e se beneficiam", explica Daniela.
É claro que alguns colegas quiseram ter a mesma oportunidade. "Eu deixava, uma vez ou outra, os estudantes participarem dessa experiência, mas todos sabiam que o Matheus precisava disso mais do que eles. Sempre joguei aberto com a classe", destaca a professora. Essa conversa fez toda a diferença, garante a psicopedagoga Daniela Alonso, selecionadora do Prêmio Victor Civita – Educador Nota 10. "Ao fazermos concessões desnecessárias, que não são necessidades, criamos privilégios. Por outro lado, ao atendermos com fundamento as necessidades de educação especial - como neste caso - todos as reconhecem e se beneficiam", explica Daniela.
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