quarta-feira, 22 de agosto de 2012

O autismo, que é isto?

22/08/2012
Benedita Ened Couto Peixoto da Silva

A definição do autismo, segundo Kanner, em 1943, o autismo apresentou-se como um mundo distante, estranho e cheio de enigmas. Apesar de mais de meio século de pesquisas, o autismo continua ocultando sua origem, e sua natureza ainda apresentam desafios à intervenção educativa terapêutica.
Por outro lado, quando temos a oportunidade de nos relacionar com uma pessoa autista, sentimos vivências de opacidade, imprevisibilidade, impotência e fascinação difíceis de descrever e que acentuam ainda mais. É autista aquela pessoa para a qual as outras pessoas são opacas e imprevisíveis, que vive como ausentes – mentalmente ausentes - se sentem incompetente para regular e controlar sua conduta por meio da comunicação.
O autismo fascina porque nos desafia a compreender o outro. Compartilhar mundo mental e de nos relacionar – essas atitudes são muito próprias de nossa espécie.
Kanner estudou onze crianças, comparou as suas características especiais reincidentes que se referiam a três aspectos: as relações sociais; a comunicação e a linguagem. A primeira dizia respeito à incapacidade de relacionamento com as pessoas e situações (1943, p.20).
Na segunda o estudo revelou que o autista ao invés de criar espontaneamente uma comunicação e a linguagem tende a repetir emissões ouvidas, dando uma impressão de surdez em algum momento do desenvolvimento e há também a falta de relevância das emissões.
No terceiro estudo, há uma insistência para a não variação de um ambiente, preferindo as rotinas do dia-a-dia, é obsessivo por manter a igualdade, na qual quando essa rotina é rompida e tem que ser feita por ele mesmo em raras ocasiões.
Tais classificações não devem ser utilizadas como fundamentos rígidos ou diagnósticos clínicos, que sempre devem basear-se em uma observação rigorosa de condutas da criança e em uma interpretação fina de seu significado.
A enumeração descritiva de sintomas dos transtornos globais do desenvolvimento ainda deixa no ar muitos problemas. Tal classificação exige dos profissionais da saúde, como da área do ensino, muitas pesquisas e estudos, a fim de que, nós profissionais possamos exercer nossas atividades com uma prática predominante e individualizada.

Benedita Ened Couto Peixoto da Silva, graduada em Pedagogia e Pós-graduada em Educação Especial, Psicopedagogia e em Artes Visuais. Denise Benedita Minas Novas, graduada em Pedagogia e Pós graduada em Educação Especial. Felicina Lemes Fonseca, graduada em Pedagogia e pós-graduada em Educação Especial. 

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