Encontrar um médico que entenda o autismo poderá ser um 
obstáculo, mas que você terá que ultrapassar. Porquê? Ao menos que o médico 
tenha tido experiência com autismo, é muito improvável que ele seja capaz 
efetivamente de ajudá-lo e tratar essa condição.
Autismo não é um simples transtorno invasivo do 
comportamento que pode ser melhorado ou curado com uma simples medicação ou 
algumas poucas visitas ao psiquiatra. É uma desordem muito séria que afeta cada 
pessoa diferentemente, tornando cada caso específico e 
único.
Contudo se você ou o pediatra de seu filho suspeitam de 
autismo, é decisivo para a sua criança e o futuro dela, que ela seja encaminhada 
à um especialista em diagnosticar e tratar as desordens do espectro autista. 
Isto significa que sua criança pode necessitar mais do que um médico ou 
profissinal especializado em autismo.
 O tratamento efetivo do autismo consiste em um 
tratamento global, envolvendo vários profissionais, trabalhando em conjunto e 
com avaliações periódicas visando o desenvolvimento pleno do indivíduo com a 
síndrome.
 A lista de profissionais especialistas que devem 
fazer parte da equipe multidisciplinar que uma criança 
autista:
- Psiquiatra infantil: Pode ajudar a determinar o 
diagnóstico inicial, prescrever medicações e ajudar o autista a lidar com as 
relações sociais e a desenvolver o seu comportamento 
emocional.
- Psicólogo clínico: Especialista que entenda sobre a 
natureza e o impacto do autismo. Esse profissional deve conduzi-lo a um teste 
psicológico e assistí-lo no treino de habilidades sociais e modificação de 
conduta.
- Pediatra especialista em desenvolvimento 
infantil: Trata os problemas de saúde e os problemas relacionados a defasagens e 
atrasos do desenvolvimento.
- Fonoaudiólogo: Ajuda a desenvolver a comunicação, 
focalizando na linguagem e no uso da fala.
- Terapeuta ocupacional: Foca em ajudar o autista a 
desenvolver a prática da vida diária e autocuidados, como comer e se vestir 
adequadamente. Esse profissional pode ajudar ainda a adquirir habilidades na 
coordenação motora grossa e fina e na integração 
sensorial.
   A terapia ocupacional tem duas vertentes importantes: 
os trabalhos que desenvolvem as habilidades para atividades de vida diária e, os 
trabalhos de integração sensorial.
- Fisioterapeuta: Ajuda a criança a se desenvolver 
motoramente através de exercícios para os músculos, nervos e 
ossos.
A partir do momento que você encontrar os profissionais 
que precisa,é essencial que você trabalhe junto com eles. A razão para isso é 
que embora o profissional tenha experiência com autismo, você é a pessoa mais 
experiente quando se trata de informações específicas relacionadas às 
habilidades e necessidades do seu filho.
Para você efetivamente colaborar e trabalhar junto com um 
profissional, você precisa:
 - Educar-se: aprender o máximo possível sobre 
autismo;
- Preparar-se: Escrever qualquer questão ou assunto 
relacionado a sua criança, ao autismo ou ao tratamento e debatê-lo com o 
profissional;
- Libertar-se: Você não tem que concordar com tudo que o 
profissional fala. Se você não concorda com uma recomendação, faça-se 
ouvir.
Se você está com dificuldades de saber aonde você pode 
encontrar especialistas em autismo, temos sugestões a 
seguir:
- Na sua comunidade: Visite o seu convênio médico, 
hospital, farmacêutico e pergunte se eles conhecem alguém especialista em 
diagnosticar e tratar o autismo. Mas lembre-se, mesmo que você seja indicado à 
um especialista, ele pode não ser a pessoa que você esteja procurando e deseja. 
Não tenha receio de questioná-lo sobre sua 
experiência.
- Na internet: A internet é um fantástico meio de 
pesquisa e tem inúmeras e valiosas informações sobre autismo, como entender e 
ajudar efetivamente um autista.
- Nos grupos de suporte: Se envolver e fazer parte de um 
grupo de suporte criado para apoiar o autista e seus familiares, pode ser 
extremamente favorável para encontrar os profissionais, já que você pode pedir 
por recomendações. Os grupos de suporte também dão encorajamento nos momentos 
difíceis e te permite a oportunidade de discutir o autismo com outras pessoas 
que conhecem e sabem pelo o que você está 
passando.
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