Muitas escolas e instituições que
trabalham com pessoas diagnosticadas com Transtorno do Espectro Autistas
usam algum método. Muitos criticam este ou aquele método, algumas
instituições trabalham mais de um. É importante conhecermos e
pesquisarmos, mas a sua aplicação deve ser por profissionais experientes
e verificados quais métodos adequados, não descartando outras
abordagens terapêuticas.
Os métodos mais usados para pessoas com autismo estão aqui postados resumidamente
MÉTODOS :
1) Método Padovan
2) Método Teacch
3) Método ABA
4) Modelo SCERTS
5) Método PECS
6) Método Floortime
7) Programa Son-Rise
1) MÉTODO PADOVAN
Fonoaudiologia Padovan
Reorganização Neurofuncional
Este Método está baseado na
Reorganização Neurológica, desenvolvida por Temple Fay, neurologista e
neurocirurgião americano na Filadélfia, por volta de 1950, nos
ensinamentos de Rudolf Steiner, filósofo e pedagogo alemão-austríaco
(1861-1925), sobre a natureza do Ser Humano e nos estudos e observações
clínicas da pedagoga e fonoaudióloga Beatriz Padovan, que, além disso,
acrescentou àquela base seu Método Mioterápico de Reeducação das Funções
Orais. (Este método foi publicado pela primeira vez em 1976, na Revista
Ortodontia, São Paulo, vol. 9, ns. 1 e 2, jan/abr, sob o título de
"Reeducação Mioterápica nas Pressões Atípicas de Língua - Diagnóstico e
Terapêutica"). Formou ela, assim, um Método composto de:
a) exercícios corporais, em
grande parte derivados da Reorganização Neurológica, na sequência
preconizada por Rudolf Steiner e complementados pela própria Beatriz
Padovan
b) exercícios oro-buco-faciais do Método Padovan de Reeducação Mioterápica das Funções Orais.
ORGANIZAÇÃO E REORGANIZAÇÃO NEUROLÓGICA
A Organização Neurológica é um
processo dinâmico e complexo, mas natural, que leva à uma maturação do
Sistema Nervoso Central, tornando o indivíduo apto a cumprir o seu
potencial genético, ou seja, pronto para adquirir todas as suas
capacidades, incluindo a locomoção, a linguagem e o pensamento. Esta
Organização Neurológica, que nada mais é do que o próprio
Desenvolvimento Ontogenético, consiste nas fases do desenvolvimento
natural do Ser Humano (rolar, rastejar, engatinhar, etc.), que são
significativamente importantes na definição do esquema corporal e da
lateralidade (maturação do próprio Sistema Nervoso Central), tornando o
indivíduo apto a dominar seu corpo no espaço, isto é, a poder fazer
todos os movimentos que quiser, voluntários e involuntários.
A Reorganização Neurológica
consiste na recapitulação daquelas fases do desenvolvimento natural do
Ser Humano, que, dessa forma, vai preencher eventuais falhas da
Organização Neurológica original.
ANDAR - FALAR - PENSAR
Quando o processo da Organização
Neurológica apresenta alguma falta ou falha em seu desenvolvimento,
pode-se, através da Reorganização Neurológica, impor os movimentos de
cada fase, utilizando-se de exercícios específicos que recapitulam o
processo do ANDAR, desde os seus movimentos mais primitivos até o
indivíduo alcançar a postura ereta, dominando o espaço com ritmo e
equilíbrio.
Trabalhando a maturação do
andar, atingimos consequentemente o FALAR, que também é trabalhado com
exercícios para a reeducação das Funções Reflexo-Vegetativas Orais,
(respiração, sucção, mastigação e deglutição).
Ajudando o indivíduo a melhor
expressar seus sentimentos e emoções - equilíbrio psico-emocional -
trabalhamos o PENSAR, abrangendo também áreas específicas da percepção
auditiva e visual (atenção, memória, discriminação, análise-síntese) e
processos do desenvolvimento da fala, linguagem espontânea (fluência e
ritmo) e da leitura e escrita.
2) MÉTODO TEACCH
O programa Teacch (Treatment and
Education ofAutistic and Related Communication Handicapped Children),
que em português significa Tratamento e Educação para Autistas e
Crianças com Déficits Relacionados com a Comunicação, é um programa
educacional e clínico com uma prática predominantemente psicopedagógica
criado a partir de um projeto de pesquisa que buscou observar
profundamente os comportamentos das crianças autistas em diferentes
situações e frente a diferentes estímulos.
A divisão Teacch foi fundada em
1972 na Universidade da Carolina do Norte, EUA, pelo Dr. Eric Schopler
et al. do departamento de psiquiatria dessa Universidade. As pesquisas
do Dr. Schopler apontam algumas conclusões relativas às crianças
autistas .
Em primeiro lugar, o autista é
vítima de uma síndrome, e muitos dos seus distúrbios de comportamento
podem ser modificados à medida que ele consegue expressar-se e entender o
que se espera dele. Outro dado importante é que as crianças autistas
são mais responsivas às
situações dirigidas que às livres e também respondem mais
consistentemente aos estímulos visuais que aos estímulos auditivos.(') 0
método Teacch fundamenta-se em pressupostos da teoria comportrtamentol e
da psicolingüística. Vamos esclarecer alguns pontos fundamentais da
terapia Comportamental para a compreensão do modelo Teacch? Além de
indicar, especificare definir operacional mente os comportamentos-alvo a
serem trabalhados, o terapeuta do programa Teacch tem a possibilidade
de desenvolver categorias de repertórios que permitem avaliar de maneira
qualitativa aspectos da interação e organização do comportamento, bem
como o curso do desenvolvimento individual em seus diferentes níveis . É
imprescindível que o terapeuta manipule o ambiente do autista de
maneira
que comportamentos indesejáveis desapareçam ou, pelo menos, sejam amenizados, e condutas adequadas recebam reforço positivo.
Passando para a área da
psicolingüística, a prática Teacch fundamenta-se nessa teoria a partir
da afirmação de que a imagem visual é geradora de comunicação. A
linguagem, inicialmente não-verbal, sendo um sistema simbólico complexo,
baseia-se na interiorização das experiências. Ao mesmo tempo que a
linguagem não-verbal vai dando significados às ações e aos objetos, vai
também consolidando a linguagem interior. 0 corpo vai incorporando
significados através da "ação no mundo" enquanto desenvolve de
maneiraprogressiva a comunicação - que pode ser oral, gestual, escrita
etc. A linguagem, portanto, é o resultado da transformação da informação
sensorial e motora em símbolos integrados significativamente. Na
terapêutica psicopedagógica do método Teacch trabalha-se
concomitantemente a linguagem receptiva e a expressiva. São utilizados
estímulos visuais (fotos, figuras, cartões), estímulos
corporais (apontar, gestos,
movimentos corporais) e estímulos audiocinestesicovisuais (som, palavra,
movimentos associados às fotos) para buscar a linguagem oral ou uma
comunicação alternativa .Por meio de cartões com fotos, desenhos,
símbolos, palavra escrita ou objetos concretos em seqüência (p . ex .,
potes, legos etc.), indicam-se visualmente as atividades que
serão desenvolvidas naquele dia
na escola . Os sistemas de trabalho são programados individualmente e
ensinados um a um pelo terapeuta . Quando a criança apresenta plena
desenvoltura na realização de uma atividade (conduta adquirida), esta
passa a fazer parte da rotina de forma sistemática
Experiência com o método Teacch
A prática da metodologia Teacch foi conhecida por meio de observações do trabalho realizado em uma instituição educacional brasileira e de entrevistas com os profissionais envolvidos nesse trabalho . A instituição atende pessoas carentes e é mantida por doações. Possui duas sedes, onde são atendidos por volta de SO crianças e jovens, sendo 12 residentes. Foi elaborado um programa pedagógico que segue os preceitos da pré-escola e do início do curso fundamental . Há também programas pré-profissionalizantes e de atividades devida diária que complementam o trabalho em sala de aula. A classe é, geralmente, composta por quatro alunos; há um professor e um assistente. Enquanto o professor ensina uma tarefa nova a um aluno, os outros trabalham sozinhos sob a supervisão do assistente. Estes profissionais não têm obrigatoriamente um curso superior ou especialização na área ; são treinados, num curso teórico-prático na própria escola. 0 professor ensina uma tarefa conduzindo as mãos do aluno e sempre utilizando os cartões como apoio visual . Aos poucos, direciona cada vez menos até que a criança consiga realizar a atividade sem ajuda, apenas sendo guiada pelos cartões. Além deste trabalho educacional, os profissionais com formação superior em musicoterapia, educação física e fonoaudiologia, vem desenvolvendo outros programas que são conjugados à rotina diária dos autistas. 0 trabalho fonoaudiológico compreende diferentes abordagens, escolhidas a partir da avaliação feita pela fonoaudióloga de cada criança . Além disso, a fonoaudióloga também avalia motricidade oral . A"aula de fono", como
é chamada, é sempre
individualizada e abrange os aspectos linguagem e motricidade oral . 0
trabalho educacional do Teacch enfatiza mais a comunicação receptiva.
Apesar de os princípios metodológicos do Teacch incluírem, além dos
estímulos visuais, os estímulos corporais e audiocinestésicos para
desenvolver comunicação, a fonoaudióloga declarou, em entrevista, que
não utiliza aprendizado de linguagem de sinais porque acredita que o
problema do autista não seja o mutismo ; o que ocorre é que ele não
processa a informação via comunicação gestual (mesmo ela sendo de
caráter visual), pois não consegue simbolizar. Isto é, o autista não tem
capacidade cognitiva para entender o significado dos gestos, que são
simbólicos e não representativos fiéis das palavras. As "aulas de fono"
têm caráter diretivo, a verbalização é usada para dirigir e reforçar
atividades e a postura da fonoaudióloga é formal e séria .
3- MÉTODO ABA
Analise Comportamental Aplicada (applied behavior analysis)
Quem pode se beneficiar com ABA?
O tratamento com Aba tem
beneficiado todo o tipo de aprendiz em todas as idades, com muita ou
pouca habilidade, em várias questões diferentes. No começo dos anos 60,
começou-se a se trabalhar com a análise do comportamento em crianças
autistas e com outras desordens do desenvolvimento. Desde aquela época,
uma grande variedade de técnicas de ABA tem sido desenvolvida para
construir o aprendizado em crianças autistas de todas as idades. Essas
técnicas são usadas tanto em situações mais estruturadas e formais como
nas situações mais naturais, tipo as situações do dia-a-dia e tanto na
situação de 1 pra 1, como nas instruções em grupo.O uso dos princípios e
técnicas da ABA para ajudar pessoas com autismo terem uma vida mais
feliz e produtiva se expandiu rapidamente nos últimos anos. Hoje, ABA é
amplamente reconhecido como seguro e efetivo no tratamento do autismo.
ABA tem sucesso com autistas adultos?
Sim. Documentos de pesquisa
mostram que várias técnicas de ABA são efetivas em construir habilidades
em crianças, adolescentes e adultos com autismo e desordem
relacionadas. E ainda, os métodos de ABA são úteis em ajudar as famílias
a lidar com muitos comportamentos difíceis que podem acompanhar o
autismo, sem os efeitos colaterais de drogas. Nos EUA muitos desses
indivíduos adultos com acompanhamento de ABA aprenderam a desenvolver
alguma atividade voltada pro trabalho e a ter uma ótima participação em
suas comunidades.
De acordo com o Departamento de
Saúde do Estado de Nova Yorque, procedimentos derivados da análise do
comportamento são essenciais em qualquer programa desenvolvido para o
tratamento de indivíduos diagnosticados com autismo. A academia nacional
de ciências dos EUA, por exemplo, concluiu que o maior nº de estudos
bem documentados utilizaram-se de métodos comportamentais. Além disso, a
Associação para a Ciência do Tratamento do Autismo dos Estados Unidos,
afirma que ABA é o único tratamento que possui evidência científica
suficiente para ser considerado eficaz.
O tratamento ABA envolve o ensino intensivo e individualizado das habilidades necessárias para que o indivíduo possa adquirir independência e a melhor qualidade de vida possível. Dentre as habilidades ensinadas incluem-se comportamentos sociais, tais como contato visual e comunicação funcional; comportamentos acadêmicos tais como pré-requisitos para leitura, escrita e matemática; além de atividades da vida diária como higiene pessoal. A redução de comportamentos tais como agressões, estereotipias, auto-lesões, agressões verbais, e fugas também fazem parte do tratamento comportamental, já que tais comportamentos interferem no desenvolvimento e integração do indivíduo diagnosticado com autismo.
Durante o tratamento
comportamental (ABA), habilidades geralmente são ensinadas em uma
situação de um aluno com um professor via a apresentação de uma
instrução ou uma dica, com o professor auxiliando a criança através de
uma hierarquia de ajuda (chamada de aprendizagem sem erro). As
oportunidades de aprendizagem são repetidas muitas vezes, até que a
criança demonstre a habilidade sem erro em diversos ambientes e
situações. A principal característica do tratamento ABA é o uso de
conseqüências favoráveis ou positivas (reforçadoras). Inicialmente,
essas conseqüências são extrínsecas (ex. uma guloseima, um brinquedo ou
uma atividade preferida). Entretanto o objetivo é que, com o tempo,
conseqüências naturais (intrínsecas) produzidas pelo próprio
comportamento sejam suficientemente poderosas para manter a criança
aprendendo. Durante o ensino, cada comportamento apresentado pela
criança é registrado de forma precisa para que se possa avaliar seu
progresso.
O uso da Análise Comportamental
Aplicada voltada para o autismo baseia-se em diversos passos: 1-
avaliação inicial, 2- definição de objetivos a serem alcançados, 3-
elaboração de programas/procedimentos, 4- ensino intensivo, 5- avaliação
do progresso. O tratamento comportamental caracteriza-se, pela
experimentação, registro e constante mudança. A lista de objetivos a
serem alcançados é definida pelo profissional, juntamente com a família
com base nas habilidades iniciais do indivíduo. Assim, o envolvimento
dos pais e de todas as pessoas que participam da vida da criança é
fundamental durante todo o processo.
Concluindo, ABA consiste no
ensino intensivo das habilidades necessárias para que o indivíduo
diagnosticado com autismo ou transtornos invasivos do desenvolvimento se
torne independente. O tratamento baseia-se em anos de pesquisa na área
da aprendizagem e é hoje considerado como o mais eficaz.
Caio Miguel, Ph.D, Psicólogo,
doutor em análise do comportamento pela Western Michigan Universit.
Artigo publicado no BAB - Boletim Autismo Brasil n.2, de junho de 2005.
Fonte:
4-MODELO SCERTS
O Que é o modelo SCERTS?
Retirado do primeiro capítulo do Livro "The SCERTS™ Manual, vol 01":
O QUE É O MODELO SCERTS™?
O Modelo SCERTS™ é uma abordagem
abrangente e multidisciplinar para melhorar as habilidades de
comunicação e sócio-emocionais de indivíduos com distúrbios do espectro
autista (ASD - Autism Spectrum Disorder) e distúrbios relacionados
(Prizant, Wetherby, Rubin & Laurent, 2003). O acrônimo SCERTS™ se
refere à Comunicação Social, Regulação Emocional e Apoio Transacional
(Social Communication, Emotional Regulation and Transactional Support),
que acreditamos devem ser as dimensões básicas do desenvolvimento
objetivadas em um programa delineado para apoiar o desenvolvimento de
indivíduos com ASD e suas famílias.
Este modelo educacional inovador
é baseado em uma integração entre pesquisa e prática clínica, sendo por
nós publicado desde meados da década de 70. Neste esforço colaborativo,
temos tentado honrar as complexidades do desenvolvimento infantil assim
como os desafios vivenciados por crianças com distúrbios do espectro
autista (ASD), atingindo um equilíbrio entre pesquisa confiável e
aplicação teórica e prática no sentido de melhorar a qualidade de vida
de crianças com ASD e suas famílias.
No Modelo SCERTS™, é reconhecido
que a maior parte do aprendizado na infância ocorre no contexto social
de atividades e experiências diárias. Assim sendo, esforços para apoiar o
desenvolvimento de uma criança dentro do modelo ocorrem com cuidadores e
familiares nas rotinas do dia-a-dia em uma variedade de situações
sociais, não primariamente através do trabalho com uma criança em
isolamento. O esquema SCERTS™ foi desenvolvido visando objetivos
prioritários na comunicação social e na regulação emocional através da
implementação de apoios transacionais (por exemplo, apoio interpessoal,
apoios de aprendizado), ao longo das atividades diárias da criança e
entre parceiros, para facilitar a competência dentro destas áreas
identificadas como objetivos. Quando o desenvolvimento de uma criança em
comunicação social e em regulação emocional é apoiado, com a
implementação estratégica de suportes transacionais, há grande potencial
de efeitos positivos abrangentes e de longo prazo ao desenvolvimento da
criança em ambientes educacionais e nas atividades diárias.
Acreditamos que um programa
eficaz para uma criança com ASD requer o conhecimento especializado de
um time de profissionais trabalhando de maneira cuidadosa e coordenada
em parceria com pais e familiares. Portanto, o Modelo SCERTS™ é melhor
implementado como abordagem multidisciplinar e de equipe que respeita,
se utiliza de, e infunde conhecimento especializado de uma variedade de
disciplinas, incluindo educação geral e especial, patologias da fala e
da linguagem, terapia ocupacional, psicologia infantil e psiquiatria, e
assistência social.
Postado por Alexandre Costa e Silva no Blog Autismo e a Casa da Esperança
Fonte:
5) MÉTODO PECS
O Picture Exchange Communication
System (PECS), em português, Sistema de Comunicação por Troca de
Figuras, foi desenvolvido em 1985 como um pacote de treinamento
aumentativo/alternativo único que ensina crianças e adultos com autismo e
problemas correlatos de comunicação a começarem a se comunicar.
Inicialmente utilizado no Delaware Autistic Program, o PECS é
reconhecido mundialmente por se dedicar aos componentes iniciativos da
comunicação. Ele não requer materiais complexos ou caros e foi
desenvolvido tendo em vista educadores, cuidadores e familiares, o que
permite sua utilização em uma multiplicidade de ambientes
O Picture Exchange Communication
System (PECS), em português, Sistema de Comunicação por Troca de
Figuras, foi desenvolvido em 1985 como um pacote de treinamento
aumentativo/alternativo único que ensina crianças e adultos com autismo e
problemas correlatos de comunicação a começarem a se comunicar.
Inicialmente utilizado no Delaware Autistic Program, o PECS é
reconhecido mundialmente por se dedicar aos componentes iniciativos da
comunicação. Ele não requer materiais complexos ou caros e foi
desenvolvido tendo em vista educadores, cuidadores e familiares, o que
permite sua utilização em uma multiplicidade de ambientes
O sistema tem sido bem sucedido
com adolescentes e adultos que têm um amplo comprometimento
comunicativo, cognitivo e físico. O embasamento para o sistema é
fornecido pelo Manual de Treinamento do PECS, 2ª Edição, escrito por
Lori Frost, MS, CCC/SLP e Andrew Bondy, PhD. O manual fornece todas as
informações necessárias para a implementação efetiva do PECS, guiando os
leitores por seis fases de treinamento e oferecendo exemplos, dicas
úteis, e modelos para elaboração de um relatório de dados e progresso. O
manual de treinamento é reconhecido por profissionais de comunicação e
análise do comportamento como um guia prático e eficaz para um dos
sistemas mais inovadores disponíveis.
FASES DO PECS:
Um panorama do PECS...
Fase I - Ensina os alunos a iniciarem a comunicação desde o início por meio da troca de uma figura por um item muito desejado.
Fase II - Ensina os alunos a
serem comunicadores persistentes - ativamente irem à busca de suas
figuras e irem até alguém e fazerem uma solicitação.
Fase III - Ensina os alunos a discriminar figuras e selecionar uma figura que represente um objeto que eles querem.
Fase IV - Ensina os alunos a usarem uma estrutura na frase para fazer uma solicitação na forma de “Eu quero”.
Fase V - Ensina os alunos a responderem a pergunta “O que você quer?”
Fase VI - Ensina os alunos a comentarem sobre coisas no ambiente deles, tanto espontaneamente como em resposta a uma pergunta.
Expandindo o vocabulário -
Ensina os alunos a utilizarem atributos, como cores, formas e tamanhos,
dentro das solicitações deles.
Indicação de sites:
6) MÉTODO FLOORTIME
Desenvolvido pelo psiquiatra
infantil Stanley Greenspan, Floortime (ao pé da letra tempo no chão) é
um método de tratamento que leva em conta a filosofia de interagir com
uma criança autista. É baseado na premissa de que a criança pode
melhorar e construir um grande círculo de interesses e de interação com
um adulto que vá de encontro com a criança independente do seu estágio
atual de desenvolvimento e que o ajuda a descobrir e levantar a sua
força.
A meta no Floortime é
desenvolver a criança dentro dos 6 marcos básicos para a plenitude do
desenvolvimento emocional e intelectual do indivíduo. Greenspan
descreveu os 6 degraus da escada do desenvolvimento emocional como:
noção do próprio eu e interesse no mundo; intimidade ou um amor especial
para a relação humana; a comunicação em duas vias (interação); a
comunicação complexa; as idéias emocionais e o pensamento emocional. A
criança autista tem dificuldades em se mover naturalmente através desses
marcos, ou subir esses degraus, devido à reações sensoriais exacerbadas
ou diminuidas e/ou a um controle pobre dos comandos físicos.
No Floortime, os pais entram
numa brincadeira que a criança goste ou se interesse e segue aos
comandos que a própria criança lidera. A partir dessa ligação mútua, os
pais ou o adulto envolvido na terapia, são instruídos em como mover a
criança para atividades de interação mais complexa, um processo
conhecido como " abrindo e fechando círculos de comunicação". Floortime
não separa ou foca nas diferentes habilidades da fala, habilidades
motoras ou cognitivas, mas guia essas habilidades propriamente,
enfatizando o desenvolvimento emocional. A intervenção é chamada
Floortime porque os adultos vão para o chão, para poder interagir com a
criança no seu nível e olho no olho.
Uma delas, a “floortime” tem
como meta ajudar a criança autista se tornar mais alerta, ter mais
iniciativa, se tornar mais flexível, tolerar frustração, planejar e
executar seqüências, se comunicar usando o seu corpo, gestos, linguagem
de sinais e verbalização. Se a criança já souber o PECS e a linguagem de
sinais, trabalhe com isso no “floortime”. Se a criança ainda não
conhecer nem a linguagem de sinais e nem o PECS, não use o “floortime”
para começar esses métodos, uma vez que “floortime” não é hora de
ensinar, mas explorar a espontaneidade, iniciativa da criança e a
verbalização. O mais importante é despertar na criança o prazer de
aprender.
Faça da hora do floortime uma
hora de diversão, risos, brincadeira e reconheça as oportunidades do dia
a dia para solucionar problemas e conseguir suportar mudanças. Use isso
na sua rotina trabalhe as expectativas da crianca, o que a criança faz
por ela.
Postado por Marina S. Rodrigues Almeida
Fonte:
http://inclusaobrasil.blogspot.com/2008/08/mtodo-floortime-para-autistas.html
7) PROGRAMA S0N-RISE
“A participação espontânea da criança em interações dinâmicas, envolventes e estimulantes é fator chave para o tratamento e recuperação do autismo.”
O Programa Son-Rise® apresenta uma abordagem altamente inovadora e dinâmica ao tratamento do autismo e outras dificuldades de desenvolvimento similares – uma abordagem relacional, onde a relação entre pessoas é valorizada. O Programa Son-Rise não é um conjunto de técnicas e estratégias a serem utilizadas com uma criança. É um estilo de se interagir, uma maneira de se relacionar com uma criança que inspira a participação espontânea em relacionamentos sociais. Os pais aprendem a interagir de forma prazerosa, divertida e entusiasmada com a criança, encorajando então altos níveis de desenvolvimento social, emocional e cognitivo.
Psicólogos e especialistas em desenvolvimento infantil têm apontado há décadas que crianças que possuem um desenvolvimento típico aprendem melhor através de experiências interativas e emocionalmente prazerosas com outras pessoas. Nestas interações, a criança é um participante ativo ao invés de um recipiente passivo de informação. Nos últimos dez anos, os pesquisadores têm percebido que o mesmo vale para crianças com autismo e dificuldades similares. As novas perspectivas e pesquisas em relação ao autismo estão começando a perceber recentemente aquilo que o Programa Son-Rise já vem praticando há anos. Este programa tem sido utilizado internacionalmente por mais de 30 anos com crianças e adultos representantes de todo o Espectro do Autismo e dos Transtornos Globais do Desenvolvimento.
No início dos anos 70, o casal Barry e Samahria Kaufman, fundadores do Programa Son-Rise®, ouviram dos especialistas que não havia esperança de recuperação para seu filho Raun, diagnosticado com autismo severo e um QI abaixo de 40. Decidiram porém acreditar na ilimitada capacidade humana para a cura e o crescimento, e puseram-se à procura de uma maneira de aproximar-se de Raun. Foi a partir da experimentação intuitiva e amorosa com Raun, há cerca de 30 anos, que eles desenvolveram o Programa Son-Rise. Raun se recuperou de seu autismo após 3 anos e meio de trabalho intensivo com seus pais. Ele continuou a se desenvolver de maneira típica, cursou uma universidade altamente conceituada e agora é o CEO do Autism Treatment Center of America, fundado por seus pais em Massachusetts, nos EUA. Desde a recuperação de Raun, milhares de crianças e adultos utilizando o Programa Son-Rise têm se desenvolvido muito além das expectativas convencionais, algumas delas apresentado completa recuperação.
O Programa Son-Rise é centrado na pessoa com autismo. Isto significa que o tratamento parte do desenvolvimento inicial de uma profunda compreensão e genuína apreciação da pessoa, de como ela se comporta, interage e se comunica, assim como de seus interesses. O Programa Son-Rise descreve isto como o “ir até o mundo da pessoa com autismo”, buscando fazer a ponte entre o mundo convencional e o mundo desta pessoa em especial. Com esta atitude, o adulto facilitador vê a pessoa como um ser único e maravilhoso, não como alguém que precisa “ser consertado”, e pergunta-se “como eu posso me relacionar e me comunicar melhor com essa pessoa?” Quando a pessoa com autismo sente-se segura e aceita por este adulto, maior é a sua receptividade ao convite para interação que o adulto venha a fazer.
O Programa Son-Rise oferece uma abordagem prática e abrangente para inspirar a pessoa com autismo a participar espontaneamente de interações divertidas e dinâmicas com outras pessoas, tornando-se aberta, receptiva e motivada para aprender novas habilidades e informações. A participação da pessoa nestas interações é então fator chave para o tratamento e recuperação do autismo. E o papel dos pais é essencial neste processo de tratamento.
Durante todo o processo, o crescimento emocional dos pais é enfatizado. Orientação atitudinal é oferecida para os pais para ajudá-los a trabalhar quaisquer crenças limitantes ou sentimentos negativos em relação a eles mesmos, à criança ou ao diagnóstico da criança. Instruções práticas são oferecidas para auxiliar os pais na criação de uma nova perspectiva que permita que se relacionem com a criança a partir de um sentimento de apreciação e alegria.
“Toda a aprendizagem acontece no contexto de uma interação divertida, amorosa e espontânea que inspira tanto pais como filhos. Pais que utilizam o Programa Son-Rise relatam não somente um progresso magnífico no desenvolvimento dos filhos, mas também uma melhora dramática em seu próprio bem-estar emocional.”
O Programa Son-Rise propõe a implementação de um programa dirigido pelos pais na residência da criança ou adulto com autismo. As sessões individuais (um-para-um) são realizadas em um quarto especialmente preparado com poucas distrações visuais e auditivas, contendo brinquedos e materiais motivadores que sirvam como instrumento de facilitação para a interação e subseqüente aprendizagem. Devido às diferenças neurológicas apresentadas por uma criança com autismo, os pais aprendem um novo estilo de interação que difere de como eles se relacionam com crianças de desenvolvimento típico.
O Programa Son-Rise é lúdico. A ênfase está na diversão. Isto significa que os pais, facilitadores e voluntários seguem os interesses da criança e oferecem atividades divertidas e motivadoras nas quais a criança esteja empolgada para participar. O mesmo aplica-se para o trabalho com um adulto. As atividades são adaptadas para serem motivadoras e apropriadas ao estágio de desenvolvimento específico do indivíduo, qualquer que seja sua idade. Uma vez que a pessoa com autismo esteja motivada para interagir com um adulto, este adulto facilitador poderá então criar interações que a ajudarão a aprender todas as habilidades do desenvolvimento que são aprendidas através de interações dinâmicas com outras pessoas (por exemplo, o contato visual “olho no olho”, as habilidades de linguagem e de conversação, o brincar, a imaginação, a criatividade, as sutilezas do relacionamento humano). O Programa Son-Rise instrui os pais na criação destas efetivas interações com a criança ou adulto de forma que eles possam dirigir o programa de seus filhos e ajudá-los durante todas as interações diárias com eles.
Fonte:
http://www.inspiradospeloautismo.com.br/Programa/Programa.html
7) PROGRAMA S0N-RISE
“A participação espontânea da criança em interações dinâmicas, envolventes e estimulantes é fator chave para o tratamento e recuperação do autismo.”
O Programa Son-Rise® apresenta uma abordagem altamente inovadora e dinâmica ao tratamento do autismo e outras dificuldades de desenvolvimento similares – uma abordagem relacional, onde a relação entre pessoas é valorizada. O Programa Son-Rise não é um conjunto de técnicas e estratégias a serem utilizadas com uma criança. É um estilo de se interagir, uma maneira de se relacionar com uma criança que inspira a participação espontânea em relacionamentos sociais. Os pais aprendem a interagir de forma prazerosa, divertida e entusiasmada com a criança, encorajando então altos níveis de desenvolvimento social, emocional e cognitivo.
Psicólogos e especialistas em desenvolvimento infantil têm apontado há décadas que crianças que possuem um desenvolvimento típico aprendem melhor através de experiências interativas e emocionalmente prazerosas com outras pessoas. Nestas interações, a criança é um participante ativo ao invés de um recipiente passivo de informação. Nos últimos dez anos, os pesquisadores têm percebido que o mesmo vale para crianças com autismo e dificuldades similares. As novas perspectivas e pesquisas em relação ao autismo estão começando a perceber recentemente aquilo que o Programa Son-Rise já vem praticando há anos. Este programa tem sido utilizado internacionalmente por mais de 30 anos com crianças e adultos representantes de todo o Espectro do Autismo e dos Transtornos Globais do Desenvolvimento.
No início dos anos 70, o casal Barry e Samahria Kaufman, fundadores do Programa Son-Rise®, ouviram dos especialistas que não havia esperança de recuperação para seu filho Raun, diagnosticado com autismo severo e um QI abaixo de 40. Decidiram porém acreditar na ilimitada capacidade humana para a cura e o crescimento, e puseram-se à procura de uma maneira de aproximar-se de Raun. Foi a partir da experimentação intuitiva e amorosa com Raun, há cerca de 30 anos, que eles desenvolveram o Programa Son-Rise. Raun se recuperou de seu autismo após 3 anos e meio de trabalho intensivo com seus pais. Ele continuou a se desenvolver de maneira típica, cursou uma universidade altamente conceituada e agora é o CEO do Autism Treatment Center of America, fundado por seus pais em Massachusetts, nos EUA. Desde a recuperação de Raun, milhares de crianças e adultos utilizando o Programa Son-Rise têm se desenvolvido muito além das expectativas convencionais, algumas delas apresentado completa recuperação.
O Programa Son-Rise é centrado na pessoa com autismo. Isto significa que o tratamento parte do desenvolvimento inicial de uma profunda compreensão e genuína apreciação da pessoa, de como ela se comporta, interage e se comunica, assim como de seus interesses. O Programa Son-Rise descreve isto como o “ir até o mundo da pessoa com autismo”, buscando fazer a ponte entre o mundo convencional e o mundo desta pessoa em especial. Com esta atitude, o adulto facilitador vê a pessoa como um ser único e maravilhoso, não como alguém que precisa “ser consertado”, e pergunta-se “como eu posso me relacionar e me comunicar melhor com essa pessoa?” Quando a pessoa com autismo sente-se segura e aceita por este adulto, maior é a sua receptividade ao convite para interação que o adulto venha a fazer.
O Programa Son-Rise oferece uma abordagem prática e abrangente para inspirar a pessoa com autismo a participar espontaneamente de interações divertidas e dinâmicas com outras pessoas, tornando-se aberta, receptiva e motivada para aprender novas habilidades e informações. A participação da pessoa nestas interações é então fator chave para o tratamento e recuperação do autismo. E o papel dos pais é essencial neste processo de tratamento.
Durante todo o processo, o crescimento emocional dos pais é enfatizado. Orientação atitudinal é oferecida para os pais para ajudá-los a trabalhar quaisquer crenças limitantes ou sentimentos negativos em relação a eles mesmos, à criança ou ao diagnóstico da criança. Instruções práticas são oferecidas para auxiliar os pais na criação de uma nova perspectiva que permita que se relacionem com a criança a partir de um sentimento de apreciação e alegria.
“Toda a aprendizagem acontece no contexto de uma interação divertida, amorosa e espontânea que inspira tanto pais como filhos. Pais que utilizam o Programa Son-Rise relatam não somente um progresso magnífico no desenvolvimento dos filhos, mas também uma melhora dramática em seu próprio bem-estar emocional.”
O Programa Son-Rise propõe a implementação de um programa dirigido pelos pais na residência da criança ou adulto com autismo. As sessões individuais (um-para-um) são realizadas em um quarto especialmente preparado com poucas distrações visuais e auditivas, contendo brinquedos e materiais motivadores que sirvam como instrumento de facilitação para a interação e subseqüente aprendizagem. Devido às diferenças neurológicas apresentadas por uma criança com autismo, os pais aprendem um novo estilo de interação que difere de como eles se relacionam com crianças de desenvolvimento típico.
O Programa Son-Rise é lúdico. A ênfase está na diversão. Isto significa que os pais, facilitadores e voluntários seguem os interesses da criança e oferecem atividades divertidas e motivadoras nas quais a criança esteja empolgada para participar. O mesmo aplica-se para o trabalho com um adulto. As atividades são adaptadas para serem motivadoras e apropriadas ao estágio de desenvolvimento específico do indivíduo, qualquer que seja sua idade. Uma vez que a pessoa com autismo esteja motivada para interagir com um adulto, este adulto facilitador poderá então criar interações que a ajudarão a aprender todas as habilidades do desenvolvimento que são aprendidas através de interações dinâmicas com outras pessoas (por exemplo, o contato visual “olho no olho”, as habilidades de linguagem e de conversação, o brincar, a imaginação, a criatividade, as sutilezas do relacionamento humano). O Programa Son-Rise instrui os pais na criação destas efetivas interações com a criança ou adulto de forma que eles possam dirigir o programa de seus filhos e ajudá-los durante todas as interações diárias com eles.
Fonte:
http://www.inspiradospeloautismo.com.br/Programa/Programa.html
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