A prevalência dos transtornos do espectro autista é de cinco a cada  
1.000 crianças, sendo mais comum no sexo masculino, na razão de quatro  
homens para cada mulher afetada.
A origem do autismo ainda é desconhecida, porém os estudos realizados
  apontam para a existência de um forte componente genético atuando na  
determinação da doença. Não há um padrão de herança característico, e  
tem sido sugerido que o autismo seja condicionado por um mecanismo  
multifatorial, ou seja, alterações genéticas associadas à presença de  
fatores ambientais predisponentes podem desencadear o aparecimento do  
distúrbio. Mais recentemente, tem-se demonstrado que cerca de 5-10% dos 
 casos apresentam pequenas alterações do genoma (variação do número de  
cópias, ou do inglês “copy number variation”) que pode ser detectadas  
com técnicas de análise genômica. Assim como em outros transtornos de  
causa multifatorial, os riscos de recorrência do autismo são baseados em
  estimativas empíricas, ou seja, pela observação direta da recorrência 
 da anomalia em diversas famílias.
Quadro Clínico
Os transtornos do espectro autista caracterizam-se por a) limitação  
ou ausência de comunicação verbal; b) prejuízo na capacidade de  
interação social; e c) padrões de comportamento estereotipados e  
ritualizados. São classificados como transtornos do espectro autista o  
autismo típico, a síndrome de Asperger e o transtorno global do  
desenvolvimento. A manifestação dos sintomas nos casos clássicos de  
autismo e na síndrome de Asperger ocorre antes dos três anos de idade e 
 persiste durante a vida adulta. Os sintomas e o grau de comprometimento
  variam amplamente, mesmo quando consideramos apenas uma das classes do
  espectro.
Cerca de um terço dos casos de autismo ocorre em associação com  
outras manifestações clínicas, como nos casos decorrentes de alterações 
 cromossômicas ou que fazem parte do quadro de alguma doença genética  
conhecida. As doenças genéticas mais comumente associadas ao autismo são
  a síndrome do cromossomo X-frágil, a esclerose tuberosa, as 
duplicações  parciais do cromossomo 15 e a fenilcetonúria não tratada.
Consulta/contato
Responsável pelo serviço:
Dra. Maria Rita Passos-Bueno
As consultas devem ser agendadas pelo telefone:
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3091-7582 com Lucilene
Teste Genético
Método: Não existe um teste genético específico para confirmar o  
diagnóstico do autismo. Como os transtornos do espectro autista podem  
estar associados a certas síndromes ou anomalias cromossômicas, podem-se
  realizar testes moleculares para se excluir tais possibilidades.
No Centro de Estudos do Genoma Humano são oferecidos o teste  
molecular para a síndrome de X-Frágil (técnica de Southern blot) e o  
MLPA Kit 343, que analisa 3 regiões do genoma (15q11-13, 16p11 e 22q13).
  Esses dois testes fazem parte do protocolo de pesquisa oferecido a  
todos os pacientes com Autismo. Caso a família tenha interesse,  
oferecemos ainda a hibridação cromossômica em microarray (aCGH).
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