sábado, 15 de junho de 2013

Integrando os sentidos no cotidiano - atividade de culinária

A prática do "fast food" às vezes nos distancia da vivência sensorial que o nosso corpo precisa diariamente!

Estava fazendo uma abobrinha recheada com ricota e ervas e lembrei do quanto sou terapeuta ocupacional. Até na hora de cozinhar! E por que não? Se é no cotidiano que acontece os principais processamentos sensoriais?!
Sentindo o preparo
Além da época de meninice o corpo do adulto continua precisando ser alimentado de sensações para prosseguir vivendo em uma mutável harmonia. Está mais perto do que pensamos!

Usando as mãos de modos diferentes
A hora de preparar a refeição é um desses momentos. Nem sempre temos tempo e disposição, mas se pararmos para pensar, e sentir, na quantidade de benefícios em pelo menos um dia por semana, ou por mês, prepararmos o nosso alimento, veremos que estamos nos nutrindo além do estômago! A quantidade de sensações táteis, proprioceptivas, gustativas, olfativas, visuais integradas à modulação, discriminação e coordenação dos movimentos, às lembranças afetivas, memória, atenção e todos os aspectos da atividade cognitiva já justificam a importância desta ocupação.
Sem falar na oportunidade de interação com o outro, da sustentação da auto-estima, de estimular o senso estético, criatividade, conceitos de matemática, e vários elementos para aprendizagem, contribuindo para autonomia. 
Diversificando a matéria
No campo da reabilitação vemos o quanto é desgastante a família levar seus filhos ou seus pais às terapias. Costumo dizer que em um determinado momento do processo de reabilitação deveríamos priorizar o que acontece em casa. 
E nós terapeutas ocupacionais, guerreiras que levantamos a bandeira das AVDs, atividades da vida diária, ficamos preocupadas quando o que trabalhamos em terapia não vai além do consultório?

Era um, eram dois...era inteiro, eram partes

Então vamos lá, terapeutas, clientes e familiares. Lembrem de alguma receita conhecida ou algo que queiram aprender... e mãos a obra!
Vamos permitir, com segurança, que sejam alimentados nossos sistemas funcionais para aprendizagem contínua sobre nós mesmos e o mundo.


Dicas, que não são receitas:
-pais: estimulem a criançada desde cedo em experimentar a diversidade de texturas, sabores, cheiros dos alimentos. Saber de onde vem o suco, cheirar as frutas, descascar uma mexerica, se lambuzar com um mamão, partir uma banana com as mãos. Verificar a transformação dos alimentos também é uma forma de aprendizagem. Há sempre um jeito de adaptar a atividade a depender do nível e fase da vida. Procure conselhos de uma terapeuta ocupacional.
-filhos: estimulem a seus pais a passarem as memórias de culinária e participarem de algum modo do preparo. É também uma forma de estimulação cognitiva afetuosa.
-terapeutas: que sempre lembremos de fazer aquilo que pedimos que o outro faça. Vivenciar em nosso corpo pode ser uma boa forma de aprender como estimular.
 

A mandala que será incorporada!!!        





















                                                                                          

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