Entre os itens retirados por Dilma está a previsão de escola especial para os autistas.
Arquivo/ Gustavo Lima

Mara Gabrilli: nem sempre a rede regular consegue atender adequadamente aos autistas.
Parlamentares defenderam a derrubada dos vetos da presidente Dilma Rousseff à Lei 12.764/12, que instituiu a Política Nacional de Proteção da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista. Ao sancionar a norma,
 em janeiro, Dilma retirou, a previsão de horário especial para os 
funcionários públicos que sejam pais de filhos autistas e a garantia de 
atendimento educacional especializado gratuito para estudantes com o 
transtorno. O tema foi abordado em audiência pública da Comissão de 
Seguridade Social e Família nesta terça-feira (2), quando se comemora o 
Dia Internacional de Conscientização sobre o Autismo.
A deputada Mara Gabrilli (PSDB-SP), autora do substitutivo aprovado pela Câmara no
 ano passado, ressaltou que nem sempre a rede regular de ensino consegue
 atender adequadamente aos autistas. "É louvável o desejo de incluir, 
socializar e ingressar [o aluno com o transtorno] na rede regular. 
Agora, quando isso se torna impossível, quando o estudante fica 
subutilizado, é hora de fazer essa pessoa se desenvolver em outro 
formato de educação", disse.
Avanços
O
 debate também foi marcado por elogios à norma em vigor. Na opinião do 
presidente nacional do Movimento Orgulho Autista Brasil, Fernando Cotta,
 a lei representa um avanço, porque garante aos autistas os mesmos 
direitos reservados às pessoas com deficiência, como a reserva de vagas 
em empresas com mais de cem funcionários e o atendimento preferencial em
 bancos e repartições públicas.
Cotta
 enalteceu ainda que a oferta de atendimento multiprofissional para o 
diagnóstico precoce e o bem-estar da pessoa com autismo. “Fonoaudiólogo,
 psicólogo, neurologista, psiquiatra, terapeuta ocupacional: toda essa 
gama de profissionais é necessária para que o indivíduo com autismo se 
desenvolva bem."
O
 autismo é uma disfunção global do desenvolvimento, que afeta a 
capacidade de comunicação e socialização da pessoa. Em homenagem ao Dia 
Internacional de Conscientização sobre o tema, o prédio do Congresso 
Nacional está iluminado de azul. A cor faz alusão ao sexo masculino, o 
público mais afetado pelo transtorno.
A audiência foi requerida pelos deputados Dr. Rosinha (PT-PR) e Luiz Couto (PT-PB).
Da Reportagem/MO
A reprodução das notícias é autorizada desde que contenha a assinatura 'Agência Câmara Notícias'
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