Como Conversar com uma Criança Autista
Crianças com autismo são únicas e interpretam o mundo de forma diferente, em comparação a outras crianças. Em termos de habilidades sociais e comunicativas, elas mostram diferenças altamente visíveis. Crianças com autismo parecem se valer de uma linguagem própria, implementando um sistema que funciona para elas. Se seu filho foi diagnosticado com autismo, é importante que você aprenda sua linguagem, a fim de se comunicar adequadamente com ele.
Método 1 de 3: Comunicando-se de maneira eficaz com uma criança autista
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Converse sobre os interesses dela. É muito mais fácil conversar com uma criança autista, uma vez que você descubra algum interesse dela. Ela pode acabar se abrindo com você, se estiver confortável em falar sobre o assunto em pauta. Saber “falar a língua” da criança é essencial para conseguir uma boa comunicação.
- Caso seu filho goste de carros, você pode usar este assunto para fazê-lo se abrir e conversar.
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Encurte suas sentenças. Uma criança autista conseguirá processar melhor as informações em uma conversa, caso você use frases curtas. Perceba que a própria criança se comunica através de frases curtas, e você deve imitar isso. Além disso, tente se comunicar por escrito.
- Você pode escrever, "vamos comer agora". A criança poderá responder por escrito ou verbalmente, que é maneira mais eficaz, por causa do contato visual.
- A comunicação através da escrita pode ser uma ótima ferramenta.
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Desenhe. Estímulos visuais podem ser altamente benéficos para crianças com autismo. Tente desenhar diagramas, instruções ou imagens simples, a fim de ajudar a comunicar suas ideias. Estímulos visuais podem ajudar a criança a compreender de maneira mais clara o que você está tentando expressar verbalmente; muitas crianças autistas respondem de maneira mais efetiva a comunicação visual.
- Tente usar recursos visuais para criar um cronograma para seu filho.
- Desenhe as atividades diárias da criança; o café da manhã, a ida para a escola, a volta para casa, a criança jogando, dormindo, etc.
- Isso permite que seu filho verifique suas atividades diárias, adicionando alguma estrutura ao dia dele,
- Você pode usar bonecos de palitinho para explicar as atividades, mas certifique-se de adicionar um traço marcante a cada personagem.
- Por exemplo, se você for ruiva, pinte o cabelo de sua personagem de vermelho, para a criança conseguir associá-la a você
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Permita que a criança tenha mais tempo para processar informações. Você pode precisar usar pausas com mais frequência, ao conversar com ela. Seja paciente, e certifique-se de não apressá-la, permitindo que ela leve o tempo necessário para processar e responder.
- Caso seu filho não responda a uma pergunta, não faça outra logo depois. Isso pode deixá-lo ainda mais confuso.
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Sela linguisticamente consistente. Crianças com autismo podem não conseguir processar certas variações de palavras; certifique-se de falar de maneira consistente, a fim de não confundir a criança.
- Consistência é crucial para estas crianças.
- Por exemplo, durante um jantar, você teria uma dúzia de maneiras diferentes de pedi-lo para passar as ervilhas. Ao se comunicar com crianças autistas, é melhor se ater a frases coerentes e uniformes.
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Seja sensível, e não leve o silêncio da criança para o lado pessoal. Seu filho pode passar longos períodos sem conversar com você; faça o seu melhor para compreender isso. Aborde a criança de maneira sensível e continue tentando, ainda que isso resulte em várias interações difíceis. Ser persistente e sensível é a única maneira de incentivá-lo a confiar em você.
- Você nunca poderá saber exatamente o motivo do silêncio do seu filho. O timing das conversas pode não estar muito adequado, o ambiente pode não estar favorecendo, ou a criança pode estar imaginando algo totalmente fora de contexto.
- Se outras pessoas tentarem conversar com seu filho, podem pensar que ele é anti-social ou que não gosta delas. Raramente isso é verdade. De qualquer forma, certifique-se de as outras pessoas estejam cientes da situação do seu filho.
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Inicie as conversas com uma declaração. Quando você pergunta “como vai você?” a alguém, geralmente espera uma resposta simples e rápida. No caso de crianças autistas, isso pode ser bem diferente, visto que elas podem se sentir intimidadas ou oprimidas por perguntas. É sempre melhor começar com uma declaração, para que ele se sinta incentivado a interagir.
- Elogiar o brinquedo de uma criança pode ser uma ótima maneira de iniciar uma conversa.
- Basta fazer um comentário e esperar para ver se ela responde.
- Mais uma vez, fale sobre temas interessantes para a criança.
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Não o exclua. Haverá momentos em que a criança desejará se envolver, e terá dificuldades. Esteja consciente da presença dela, e a inclua da melhor maneira possível. Mesmo que não haja resposta, é importante se esforçar. Isso pode significar muito para a criança.
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Converse com seu filho nos momentos certos. Escolha um momento no qual a criança esteja mais tranquila, e interaja com ela. Se a criança estiver mais calma, será mais receptiva ao que você tem a dizer. Além disso, escolha locais onde não estejam acontecendo muitas coisas ao mesmo tempo; estímulos excessivos podem deixar seu filho desconfortável.
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Fale de maneira literal. Crianças autistas podem se atrapalhar com linguagem figurada. Para elas, é difícil compreender expressões idiomáticas, sarcasmo e certos tipos de humor. Certifique-se de ser literal e específica, a fim de tornar a compreensão mais fácil.
Método 2 de 3: Auxiliando em outras áreas da vida do seu filho
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Fique por dentro do plano de tratamento do seu filho. Interaja o máximo possível com o médico do seu filho, e certifique-se de inclui-lo nas conversas, quando for apropriado. É muito importante se lembrar de que a criança processa informações de forma diferente; você não deve esperar que ela se comunique como os outros. Não permita que isso se torne um motivo para isolar seu filho; em vez disso, incentive-o a se envolver.
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Ensine outras formas de interação social positiva a seu filho. Incentivar o contato visual é sempre bom, pois este é um terreno complicado para uma criança autista. Por mais que fazer isso demande sensibilidade e paciência, é sempre muito válido.
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Se possível, ensine estas dicas para os professores e a babá de seu filho.Garantir que os outros adultos em contato direto com seu filho compreendam a situação dele, é uma ótima maneira de promover o desenvolvimento da criança. Envolva-se na vida escolar do seu filho; é muito importante manter a consistência nas práticas de comunicação.
Método 3 de 3: Compreendendo o quão diferentes são as crianças autistas
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Reconheça que a visão de mundo de uma criança autista é diferente.Crianças com autismo simplesmente não interpretam o mundo como outras crianças. Pode ser difícil interagir com elas, quando precisam se esforçar para interpretar algo. No entanto, certos estímulos podem ser melhor compreendidos do que outros.
- Por exemplo, algumas crianças conseguem compreender a comunicação escrita bem melhor do que a falada.
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Não leve o desinteresse da criança para o lado pessoal. Se os sintomas do autismo forem graves em seu filho, ele simplesmente pode não se interessar no que você está dizendo. Crianças autistas tendem a terem interesses muito estritos; elas pode não responder, caso o assunto se desvie do interesse delas.
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Entenda que uma criança com autismo pode não compreender sinais sociais. Ela pode nem saber que você está tentando conversar com ela; a gravidade deste sintoma é proporcional a gravidade do autismo da criança.
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Leve em conta que crianças autistas podem não saber como participar de algo. Frequentemente, a criança pode querer participar de uma atividade, mas pode não possuir as habilidades sociais necessárias. Seu filho pode precisar de ajuda nestas ocasiões.
- Crianças autistas são sociais à sua maneira, você deve encontrar uma forma de incluí-la eficazmente.
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Antecipe dificuldades com habilidades verbais. Se o autismo da criança for grave, é possível que ela seja extremamente limitada verbalmente. Isso não significa que ela não consiga compreender; na verdade, seu filho pode ser excelente em aprender coisas. É tudo uma questão de aprender a falar a língua deles. Durante esse processo, você precisa se lembrar de que ela possui necessidades únicas, e não tratá-las com desdém.
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