Pesquisa melhora a compreensão da ligação entre as bactérias presentes no estômago e o desenvolvimento da doença
 
       
        
                
                
         
 Cientistas da Western University, no Canadá e da University of 
Arkansas, nos EUA, descobriram a presença de um marcador sanguíneo único
 que pode levar a um exame de sangue para identificar e potencialmente 
tratar o autismo, antes do aparecimento dos sintomas.
A
 descoberta favorece ainda a compreensão da possível ligação entre as 
bactérias presentes no estômago e o desenvolvimento de autismo. 
A
 equipe, liderada por Derrick MacFabe e Richard Frye, encontrou 
evidências de um metabolismo energético anormal em um grande subgrupo de
 crianças autistas, que foi coerente com descobertas biológicas 
anteriores feitas por MacFabe e sua equipe durante a última década, o 
que prova que essas anormalidades metabólicas podem surgir, não só de 
fatores genéticos, mas a partir de compostos produzidos por certos tipos
 de espécies bacterianas encontradas frequentemente no intestino de 
pessoas com autismo.
Evidências
 recentes sugerem que anormalidades biológicas em muitas pessoas com 
transtornos do espectro autista (ASD) não estão restritas ao cérebro, 
mas podem envolver outros sistemas do corpo, incluindo os sistemas 
imune, de geração de energia, de desintoxicação e o digestivo. Estas 
alterações podem aparecer devido a alteração da função das mitocôndrias,
 produtores de energia das células. 
"Perturbações
 do espectro do autismo afetam até uma em 88 pessoas. E o número parece 
estar aumentando. Muitos têm problemas digestivos e metabólicos, mas 
como esses problemas se relacionavam com o comportamento autista não 
estava claro", afirma MacFabe.
Estudando
 213 crianças, os pesquisadores descobriram que 17% das crianças com 
autismo tinham um padrão único de marcadores sanguíneos do metabolismo 
da gordura, chamado acil-carnitina, bem como outras provas de 
funcionamento anormal da energia celular, como redução na glutationa.
"Este
 estudo sugere que o autismo em alguns pacientes pode surgir a partir de
 alterações na função mitocondrial e no metabolismo da gordura após a 
exposição ambiental ao ácido propiônico produzido por bactérias no 
intestino", explica MacFabe.
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