sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Males de alimentos industrializados

Cientistas da Universidade de Oxford, na Inglaterra, chegaram à conclusão de que dietas com predomínio de alimentos processados causam mau comportamento e dificuldades de aprendizado em crianças. Os pesquisadores acreditam que os alimentos com baixo valor nutricional, conhecidos como junk food , além de não possuir quantidade suficiente de vitaminas, minerais e gorduras essenciais, reduzem a absorção de nutrientes que melhoram a concentração. Segundo a pesquisa, milhares de crianças sob medicação para combater déficit de atenção poderiam apresentar grande melhora somente modificando a alimentação.

O estudo envolveu mais de 100 crianças inglesas com problemas de coordenação e mostrou que fornecer gorduras essenciais, como as encontradas em peixe e sementes, aumenta a capacidade cerebral. A habilidade de aprender e o comportamento das crianças que receberam suplementação dessas gorduras em suas dietas melhoraram consideravelmente. Alguns resultados foram registrados apenas três meses após a suplementação. As crianças receberam diariamente suplementos ricos em gorduras essenciais omega-3, que são vitais para o desenvolvimento cerebral, porém foram reduzidas drasticamente da dieta da maioria das pessoas nas últimas decadas.

Na pesquisa, cerca de 40% das crianças que utilizaram os suplementos de omega-3 apresentaram uma enorme melhora na capacidade de leitura e soletrar palavras. Além disso, também houve melhora na concentração e comportamento. O estudo envolveu 117 crianças com idade entre 5 e 12 anos, consideradas com capacidade mental normal, porém com dificuldades de aprendizado e suspeitas de possuírem dispraxia, uma condição que afeta a coordenação. Metade das crianças recebeu suplementos de omega-3 em cápsulas por três meses e o restante do grupo teve um tratamento placebo com cápsulas azeite.

As crianças que tomaram omega-3 fizeram progressos comparados a 10 meses em apenas três meses, enquanto as outras não apresentaram mudança significativa. O mesmo aconteceu quando os grupos foram invertidos. Após três meses de suplemento, metade das crianças demonstrou uma melhora tão significativa que puderam ser classificadas como normais, sem os problemas detectados no início do estudo. Os pesquisadores, coordenados pela médica Alexandra Richardson, do Departamento de Fisiologia da Universidade de Oxford, temem que dietas pobres possam prejudicar permanentemente o desenvolvimento cerebral em crianças.

Fonte: Life Extension Foundation.

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