domingo, 22 de setembro de 2013

Idade avançada dos pais aumenta risco de autismo do bebê

Probabilidade de gerar criança com a disfunção chega a ser até 65% maior


Estudos científicos já relacionaram o diabetes gestacional a um risco elevado de ter filhos com autismo. Agora, uma pesquisa publicada no periódico Annals of Epidemology descobriu que a idade dos pais também pode exercer influência no risco dessa disfunção na criança.

A análise, desenvolvida na Aarhus University, na Dinamarca, recolheu dados de mais de 9.500 crianças diagnosticadas com autismo. Foi observado, então, que homens que foram pais com mais de 35 anos tinham uma probabilidade 28% maior de ter um filho com autismo. Já entre as mulheres, o risco variou entre 21 e 37%.

A porcentagem subiu ainda mais quando foi avaliado o risco de pais com mais de 40 anos terem um filho com a disfunção, variando entre 37 e 55%. Avaliando a mesma faixa etária entre as mulheres, a variação foi de 28 a 65%. Não houve variação quando ambos os pais ou apenas um deles era mais velho.
Segundo os pesquisadores, é possível que os espermatozoides ou óvulos de pessoas mais velhas sofram mais mutações, aumentando a chance de gerar filhos com autismo, disfunção que afeta cinco em cada 10 mil crianças. Eles também concluíram que mais estudos são necessários para descobrir o motivo de a ocorrência não ter efeito cumulativo.

Vitaminas pré-natais diminuem as chances de autismo

Mulheres que não ingerem vitaminas desde o começo da gestação também têm até duas vezes mais chances de ter filhos autistas, segundo aponta um estudo feito por pesquisadores da UC Davis MIND Institute, nos Estados Unidos. Os cientistas também aconselham as mulheres a tomar suplementos vitamínicos - se necessário - assim que decidirem engravidar, para evitar a má-formação do feto.
Os pesquisadores coletaram dados médicos de aproximadamente 700 famílias da Califórnia, que tinham crianças com idade entre dois e cinco anos. Depois de observar hábitos alimentares, presença de casos de autismo na família e cuidados que as mães tiveram durante a gravidez, os pesquisadores descobriram que as mulheres que tomaram vitaminas pré-natais desde o primeiro mês de gestação tinham até duas vezes menos chances de ter filhos autistas.

De acordo com o estudo, tomar vitaminas pré-natais pode ter um efeito específico na formação genética da criança. Por isso, esses nutrientes devem ser ingeridos desde o início da gestação. As principais vitaminas que devem ser consumidas são as vitaminas do complexo B, principalmente a vitamina B9 - também chamada de ácido fólico -, que tem a capacidade de proteger o cérebro de 70% dos problemas neurais. No entanto, cada gestante deve seguir a receita de vitaminas indicada pelo seu médico.

Os cientistas ainda descobriram que continuar a tomar esse tipo de vitamina no período de amamentação pode trazer benefícios para os neurônios do bebê, já os nutrientes são passados de mãe para filho através do leite.

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