sábado, 18 de maio de 2013

Alimentação adequada pode ajudar as crianças autistas

Oi, pessoal! O programa deste último domingo falou sobre AUTISMO. 
Durante a semana, disponibilizaremos aqui no blog muito material interessante  sobre o assunto. Fiquem ligados! A seguir, segue artigo da nutricionista clínica funcional  Priscila Bongiovani Spiandorello, especialista que participou do Papo de Mãe deste último domingo.
  
Alimentação adequada pode ajudar as crianças autistas
Por Priscila Bongiovani Spiandorello*
 O Autismo Infantil pode ser tratado com uma ampla variedade de terapias, tendo diferentes graus de êxito. Não existe uma origem única dos problemas vistos no autismo, mas hoje ele é tratado como uma doença multifatorial, com muitos fenótipos ou subgrupos, de aspecto imunológico, ambiental e genético.
Podemos citar a relação do autismo com o trato gastrointestinal, a sensibilidade ao glúten e caseína, ao sistema imune, aos erros inatos do metabolismo e a toxicidade por metais pesados e xenobióticos. É uma desordem complexa com muitos fatores etiológicos.
E a nutrição é um importante contribuinte para amenizar as características e os sintomas das desordens autísticas, ocorrendo melhora significativa na sociabilidade e comunicação das crianças. A alimentação adequada pode minimizar seus problemas melhorando a qualidade de vida da criança e de seus familiares.
O cardápio dos pequenos não pode ser comum a todos: deve-se respeitar a individualidade de cada criança, para garantir uma nutrição adequada e balanceada, com alimentos ricos em nutrientes que levem à produção de substâncias químicas necessárias para o funcionamento cerebral, assim como aquelas que são necessárias para que o organismo produza internamente outras substâncias químicas, enzimas e hormônios, retirando-se possíveis alimentos alergênicos, alimentos industrializados, açúcar e aditivos químicos em geral.
Ou seja, nada de corantes, conservantes, alimentos industrializados, açúcar, soja, leite e derivados, produtos com trigo, aveia, cevada, centeio e glutamato monossódico. A dieta isenta de caseína (tipo de proteína encontrada no leite e derivados) e do glúten, (proteína encontrada em alguns cereais), favorece as crianças que estejam dentro do espectro autistico, pois os peptídeos (resultantes do processamento de proteínas) derivados da caseína e do glúten apresentam similares opióides (substâncias naturais ou sintéticas derivadas do ópio) que afetam os neurotransmissores no sistema nervoso central (SNC). Além de promoverem efeitos como a redução do número de células nervosas do SNC e a inibição de alguns neurotransmissores, causando alterações comportamentais.
Além da dieta, existem suplementos que podem ajudar a controlar ou minimizar os sintomas do espectro autistíco: como vitaminas, minerais, ômega 3, probióticos, antifúngicos e enzimas digestivas, mas sempre devemos analisar as necessidades individuais de cada criança.
*Priscila Bongiovani Spiandorello é nutricionista clínica funcional. Participou como especialista convidada no Papo de Mãe sobre "autismo" exibido em 03.04.2011. Contato:prspiandorello@yahoo.com.br.
 

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