Pesquisa indica que benefício pode estar ligado a mudanças na flora intestinal
Médico percebeu evolução no quadro do filho após tratamento para infecção na garganta. ARTE: Cristiano/CB/DA Press |
As observações de um pai atento detalhadas na revista especializada Microbial Ecology in Health and Disease surgem como uma esperança para pessoas com autismo. O médico John Rodakis conta sobre uma experiência que pauta a sua vida: a incontestável melhora do filho autista após o uso de um antibiótico comum. A constatação não é exclusiva do norte-americano: outros pais e pesquisadores narram experiências similares. Por isso, defende Rodakis, a suspeita vale investigação.
O médico notou os primeiros sinais do distúrbio quando o filho tinha 2 anos e meio. A criança, até então com um desenvolvimento considerado normal, passou a evitar contato visual e a sofrer com tarefas que saíssem da rotina. Não demorou para que fosse diagnosticada com autismo moderado para grave no Centro Médico Infantil em Dallas, nos Estados Unidos. A experiência intrigante com o antibiótico ocorreu cerca de um ano depois, logo após o Dia de Ação de Graças de 2012.
Após o tradicional encontro com parentes, os dois filhos de Rodakis contraíram uma infecção na garganta. Eles foram submetidos a um tratamento de 10 dias com um dos antibióticos mais comuns do mercado, a amoxicilina. A inflamação regrediu em apenas dois dias. O que aconteceu em seguida, entretanto, foi o que chamou a atenção dos pais: no quarto dia do tratamento, alguns dos sintomas do filho com autismo melhoraram visivelmente. O progresso evoluiu diariamente e em velocidade impressionante.
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