A
comunicação verbal pressupõe a existência de duas componentes: alguém a
falar (seja verbalmente ou não) e alguém a ouvir. Recentemente escrevi
um curto blogue acerca da forma como falamos com as nossas crianças.
Esta semana, no Son-Rise Program Intensivo, tivemos o anjinho mais fofo
com autismo. Ele tem 9 anos, cabelo preto e adora brincar com o selo de
um cartão de gelado premiado. Ele tem um vocabulário constituído por
cerca de 10 palavras claras e um grito muito agudo que utiliza para
transmitir a urgência de uma necessidade. Ele ainda tem de aprender que
nós não entendemos gritos, aqui na casa do Son-Rise. :-) Apesar de não
dizer muitas palavras e não conversar, ele tem mostrado que consegue
perceber claramente tudo o que dizemos.
As nossas crianças podem achar que formar palavras e frases é um desafio, mas isso não significa que elas não compreendam o que nós dizemos. Aqui no The Autism Treatment Center of America nós observamos vezes e vezes sem conta que crianças que ainda não falam nos entendem.
O que é que podem fazer com esta informação? Falem com as vossas crianças. Falem com elas como se estivessem a falar com uma pessoa com um discurso normal. Digam-lhes o que está a acontecer, expliquem-lhes detalhadamente onde é que vão e porque estão a ir para lá.
Se as vossas crianças tiverem de tomar medicação, expliquem-lhes ao pormenor como é que a medicação as vai ajudar. Se não quiserem que elas façam algo como despejar todo o shampô dentro da banheira, façam-nas perceber porque não querem que elas façam isso.
Se as vossas crianças resistem a fazer transições de um lugar para o outro ou recusam a tomar medicação, isso pode acontecer apenas porque ninguém lhes disse o que se estava a passar. Se lhes explicarmos detalhadamente, elas não só irão saber, como irão entender que tudo o que estamos a fazer é a cuidar delas e a ajudá-las.
Parem algum tempo para pensar num lugar onde a vossa criança possa estar mais controladora e resistente e percam tempo a explicar-lhe a situação com mais detalhe. Poderão ficar surpreendidos com a resposta dela.
Divirtam-se a falar com as vossas crianças.
Com muito amor, Kate.
Por Kate Wilde (Professora Sénior do Autism treatment Center of America)
http://blog.autismtreatmentcenter.org/2010/09/talking.html
As nossas crianças podem achar que formar palavras e frases é um desafio, mas isso não significa que elas não compreendam o que nós dizemos. Aqui no The Autism Treatment Center of America nós observamos vezes e vezes sem conta que crianças que ainda não falam nos entendem.
O que é que podem fazer com esta informação? Falem com as vossas crianças. Falem com elas como se estivessem a falar com uma pessoa com um discurso normal. Digam-lhes o que está a acontecer, expliquem-lhes detalhadamente onde é que vão e porque estão a ir para lá.
Se as vossas crianças tiverem de tomar medicação, expliquem-lhes ao pormenor como é que a medicação as vai ajudar. Se não quiserem que elas façam algo como despejar todo o shampô dentro da banheira, façam-nas perceber porque não querem que elas façam isso.
Se as vossas crianças resistem a fazer transições de um lugar para o outro ou recusam a tomar medicação, isso pode acontecer apenas porque ninguém lhes disse o que se estava a passar. Se lhes explicarmos detalhadamente, elas não só irão saber, como irão entender que tudo o que estamos a fazer é a cuidar delas e a ajudá-las.
Parem algum tempo para pensar num lugar onde a vossa criança possa estar mais controladora e resistente e percam tempo a explicar-lhe a situação com mais detalhe. Poderão ficar surpreendidos com a resposta dela.
Divirtam-se a falar com as vossas crianças.
Com muito amor, Kate.
Por Kate Wilde (Professora Sénior do Autism treatment Center of America)
http://blog.autismtreatmentcenter.org/2010/09/talking.html
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