A ciência abre alternativas no limite da paixão e do conhecimento humano. Nesta última quinta-feira (2/7), o alergista alimentar Aderbal Sabrá, membro da Academia Nacional de Medicina (ANM) e coordenador do curso de Medicina da Unigranrio, apresentou a conferência “Alergia alimentar e transtorno do espectro autista: novo paradigma”, na Unigranrio/Barra, onde reuniu especialistas e convidados para abordar o mesmo tema defendido na Academia Nacional de Medicina recentemente. Veja o vídeo e reportagem desse encontro no campus Barra, com produção do Canal Unigranrio:
(Jéssica Reis fez as entrevistas e a edição, cabendo ao cinegrafista Anderson o complemento desse vídeo).
Sabrá também foi referência na última edição do jornal da Academia Nacional de Medicina.
Nessa reportagem, o informativo enaltece a "nova visão na prevenção e cura do autismo. É a primeira vez que um cientista afirma que alergia alimentar interfere no neurônio, podendo causar convulsão, hiperatividade, transtorno de déficit de atenção na sua evolução patogênica, que pode chegar a produzir, consequentemente, autismo". Veja mais neste link da ANM: clique aqui.
Estatística
Segundo o Acadêmico Aderbal Sabrá, na década de 70 a incidência alimentar incidia em, pelo menos, 2% dos adultos, percentual que subiu para 10% na atualidade. Nas crianças, este índice passou de 10% para 30%. “A prevenção da alergia alimentar será um grande passo no tratamento do espectro autista”, sustentou o Acadêmico Sabrá.
Além dos convidados, a conferência contou também com presença do garoto Arthur, de apenas cinco anos, e de seus pais, Juliana e Gustavo. Eles, que residem em Volta Redonda, vieram ao Rio apenas para participar e dar testemunho sobre a primeira criança brasileira a sair do espectro de autismo.
“Com o tratamento realizado em apenas 10 meses, meu filho já não parece uma criança autista”, conta Juliana.
Enquanto Arthur se divertia com o pai pelo campus, Juliana relatava sobre o quanto seu filho tem evoluído nos últimos 10 meses, com as dietas e todo o processo desenvolvido pelo pediatra Sabrá: “Em apenas um mês, meu filho perdeu a hiperatividade, a seletividade, porque, hoje, ele já aceita comidas bem variadas, de cores diferentes, já que autistas dificilmente conseguem comer alimentos que fujam às cores mais conhecidas. A parte comportamental, que é a principal, em apenas um mês Arthur já não parecia uma criança autista”, conta Juliana.
Juliana, mãe de Arthur, confirma: “O Sabrá curou a bioquímica do Arthur e, assim, ele se abriu para o mundo, e eu pude interagir com meu filho”.
“Eu cheguei a dizer por muitas vezes que mundo é este tão complicado, que eu não consigo entender meu filho. O Sabrá curou a bioquímica do Arthur e, assim, ele se abriu para o mundo, e eu pude interagir com meu filho. Os momentos de introspecção sumiram, já que antes eu falava e ele não respondia. Ele parecia ser surdo, mas eu queria tanto resgatar meu filho desta escuridão que, por vezes, chegava a imaginar como seria este mundo obscuro, distante, só para ajudá-lo a sair do cenário em que ele se encontrava. Agora, não, porque sinto que ele está 100% ligado a nós, e eu até sinto a alma dele, digo a essência dele”.
Aderbal Sabrá reproduziu sua pesquisa científica e interagiu com plateia formada por nutricionistas e profissionais de medicina.
“Alergia alimentar pode causar convulsão, hiperatividade, transtorno de déficit de atenção na sua evolução patogênica, que pode chegar a produzir, consequentemente, autismo. Estes achados do cientista brasileiro abrem, pela primeira vez, os caminhos da etiologia e do tratamento desta doença que, até hoje, ceifa a qualidade de vida de importante parcela de nossas crianças. Uma em cada 70 crianças brasileiras sofre de transtornos do espectro autista”.
Juliana agradece a Deus pela possibilidade de ter conhecido alguém que está acima da competência profissional.
“Basta olhar para o Arthur para ver que ele está bem melhor”, conclui Juliana. Antes de finalizar sua apresentação na Unigranrio/Barra, Sabrá faz mais uma declaração importante para a família de Volta Redonda: “Arthur ficará 100% recuperado, embora isso deva acontecer dentro de um ano, aproximadamente. Eu gostaria de fazer alguns agradecimentos para pessoas e instituições que colaboraram nesse processo de pesquisa, que foram fundamentais até aqui. Quero deixar o meu muito obrigado à Unigranrio e Georgetown University, além dos excelentes pesquisadores Joseph Bellanti (Georgetown/EUA), Selma Sabrá (Rio), Lenny Gonzales (Caracas), Ana Muñoz (Lima), Isaac Tenório (Rio), Luciana Corsini (Rio) e Aderbal Sabrá Filho, Rio”.
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