quarta-feira, 20 de março de 2013

Esperança: cientistas conseguem reverter sintomas do Autismo


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Ciientistas norte-americanos conseguiram reverter sintomas do autismo.
Eles usaram em cobaias um remédio antigo, para restaurar as comunicações celulares do cérebro.
O remédio é a suramina, um "inibidor de sinais purinérgicos das células" utilizado desde 1926 no tratamento da doença do sono, em África, e no combate a outras patologias parasitárias.
"Utilizamos em ratinhos um tipo de remédio que já existe há quase um século para tratamento de outras doenças, com o objetivo de bloquear o sinal de 'perigo' [que as células recebem e que desencadeia a postura defensiva] e conseguimos que as células retomassem o metabolismo normal e que a comunicação celular fosse restaurada", revela o professor de medicina Roberto Naviaux, coordenador da equipe que fez a pesquisa na Universidade da Califórnia, em San Diego, nos EUA
"A nossa teoria sugere que o autismo acontece porque as células ficam “presas” num metabolismo defensivo, que as torna incapazes de se comunicar normalmente umas com as outras. Isso pode interferir com o desenvolvimento e função do cérebro", explicou Naviaux.
Durante a investigação, o remédio corrigiu 17 sintomas da doença, normalizando a estrutura sináptica do cérebro, o envio de sinais entre as células, o comportamento social, a coordenação motora e o metabolismo mitocondrial.
Robert Naviaux admite que, "obviamente, mesmo sendo capazes de corrigir falhas em cérebros de modelos animais geneticamente modificados, continuamos longe de uma cura eficaz para humanos". No entanto, os especialistas estão com esperanças e planejam  continuar às pesquisas, já em 2014, agora em seres humanos.
"Sentimo-nos suficientemente encorajados para testar esta abordagem num pequeno ensaio clínico com crianças autistas no próximo ano", revela o docente.
"Acreditamos que esta terapia [denominada terapia antipurinérgica, APT na sigla em inglês] oferece um caminho novo e entusiasmante que poderá levar ao desenvolvimento de medicamentos para tratar o autismo", garante o coordenador.
 

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