terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Tratamento precoce melhora função cerebral de crianças com autismo

Pesquisa mostra que sistemas cerebrais ligados à percepção social respondem bem a programa de intervenção antes dos 2 anos


O tratamento precoce de crianças com transtornos do espectro do autismo (ASD) provoca melhorias significativas na comunicação, no comportamento e na função cerebral. É o que revela estudo de pesquisadores da Yale School of Medicine, nos EUA.
Os resultados sugerem que os sistemas cerebrais que apoiam a percepção social respondem bem a um programa de intervenção precoce de comportamento chamado 'pivotal response treatment'.
O tratamento inclui treinamento dos pais, e emprega o jogo em seus métodos.
O autismo é um distúrbio neurobiológico complexo que inibe a capacidade de uma pessoa para comunicar e desenvolver relações sociais, e muitas vezes é acompanhado por novos desafios comportamentais.
Até recentemente, o diagnóstico de autismo normalmente não ocorria até que a criança tivesse cerca de três a cinco anos de idade, e os programas de tratamento eram orientados para este grupo etário mais velho.
Hoje em dia, o pesquisador Fred Volkmar e sua equipe estão diagnosticando crianças com um ano de idade. 'Pivotal response treatment', desenvolvido na Universidade da Califórnia-Santa Barbara, combina aspectos do desenvolvimento da aprendizagem e do desenvolvimento em si, e é fácil de implementar em crianças menores de dois anos de idade.
No estudo atual, a equipe usou imagens de ressonância magnética funcional, pela primeira vez, para medir as mudanças na atividade cerebral de duas crianças com 5 anos de idade, com autismo, após receber o tratamento.
A coautora Pamela Ventola utilizou este método de tratamento para identificar objetivos comportamentais distintos para cada criança no estudo, e depois reforçou essas habilidades específicas com tratamento que envolva atividades lúdicas motivacionais.
A equipe descobriu que as crianças que receberam a terapia apresentaram melhorias no comportamento, e foram capazes de falar com outras pessoas. Além disso, o exame de ressonância magnética mostrou atividade cerebral maior nas regiões que apoiam a percepção social.
Os pesquisadores estão atualmente conduzindo um estudo em larga escala com 60 crianças. "O autismo é uma doença heterogênea, e os tratamentos que visam o tratamento devem abordar essa heterogeneidade. Ambas as crianças do estudo fizeram progressos, mas o seu grau de progresso e nível de competências no fim do tratamento eram distintos", afirmam os pesquisadores.
Segundo Volkmar, estes resultados são um primeiro passo de uma nova abordagem para o planejamento do tratamento e são animadores porque eles demonstram que a intervenção precoce funciona em crianças com a doença.

3 comentários:

  1. Minha filha tem 2 ano e 4 meses e tem sinais de autismo... faço tratamento com apae, e em casa tbm com exercicio que aprendir na apae...
    sempre estou acompanhando seu blog. sucesso!
    www.youtube.com/BiancaCesarioMakeup

    ResponderExcluir
  2. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir