Segundo Ausubel, um indivíduo aprende por diferentes formas. A aprendizagem depende do modo como o conhecimento a ser aprendido é disponibilizado para o aluno. Desta forma, as estratégias de aprendizagem diferenciadas se tornam imprescindíveis.
Um aluno pode incorporar as novas informações, nas suas estruturas cognitivas, por quatro formas de aprendizagem diferentes: recepção mecânica, recepção significativa, descoberta mecânica e descoberta significativa.
A atividade é mobilizada, em termos sensoriais e cinestésicos, para a construção sistemática de idéias a partir de fatos significativos. Para que este conhecimento tenha um significado ele tem que fazer sentido para o aluno.
Uma aprendizagem significativa acontece quando ela consegue reter a informação e analisar aquilo que ele já sabe, ou seja, relacionar o novo conhecimento a algum aspecto importante da estrutura do conhecimento.
Para que isto aconteça, o material apresentado tem que ter uma estrutura lógica, ser relevante e claro estando, desta forma, disponíveis para a estrutura cognitiva do sujeito.
É comum, ao apresentarmos um novo conteúdo e/ou atividade, elaborarmos estas de acordo com os nossos esquemas e não levamos em conta os esquemas dos nossos alunos. Desta forma, planejamos uma aula maravilhosa que, na nossa visão, são perfeitas, claras e instigantes, mas, ao colocarmos em prática, a resultado é catastrófico e nos leva a uma frustração bem grande, pois o nosso esquema não bateu com o esquema do aluno.
O aluno que apresenta necessidades especiais não pode ser subtendido, ele tem que ser entendido. Quando entendemos o sujeito, cada vez que escolhemos uma nova estratégia sabemos como apresentá-la de forma adequada usando informações que podem ser associadas aos conhecimentos prévios dos alunos.
Desta forma, eles podem fazer relações e, os conhecimentos assimilados, servem de ancoradouro para a nova estrutura cognitiva o que vai causar uma mudança conceitual.
Para alunos com necessidades especiais, um ensino baseado em mudanças conceptual ou por aprendizagem baseada em problemas, é o mais indicado.
No ensino por mudança conceptual, o professor é um mediador, caminha lado a lado com o aluno, faz a mediação entre o indivíduo e o novo conhecimento, preocupa-se mais com a formação e a aquisição de habilidades e competências do que com a classificação, trabalha atitudes, valores e não apenas conteúdos específicos avaliando o aluno ao longo do processo.
A aprendizagem baseada em problemas, leva em conta a observação da realidade, o levantamento e testagem de hipóteses e sua aplicação na prática.
Esta estratégia de aprendizagem parte da observação da realidade social e concreta por parte dos alunos os quais são orientados pelo professor a olhar atentamente e registrar sistematicamente o que observaram seja por anotações, desenhos, ou qualquer outra forma de expressão possível. Desta forma, o professor media as ações do aluno para que ele não fuja do tema.
Esta se torna uma metodologia interessante para quem tem alguma necessidade especial, pois usa palavras chaves determinando os pontos chaves a serem analisados. Isto reduz o excesso de informação e o gasto de energia além de fornecer hipóteses de solução.
Quando o aluno levanta e testa às hipóteses isto leva a uma compreensão mais profunda do problema o que ajuda alunos com THDA e dislexia.
O mais importante ao escolher a estratégia de aprendizagem a ser usada é que os alunos possam usar duas técnicas específicas, ou seja, (ação, reflexão e ação) e (prática, teoria e prática).
Apesar de escolhermos técnicas e estratégias de aprendizagem para utilizarmos de forma intencional, com o seu uso diário e freqüente, estas passam a se tornar automáticas para o aluno. O que temos é que ter claro é que estas devem ser escolhidas, organizadas e selecionadas de acordo com as necessidades do ensino, natureza do problema e/ou conteúdo a ser abordado e levando em conta as condições do aluno.
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