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domingo, 16 de junho de 2013

Desordem no Processamento Sensorial


"Os pais, por algumas vezes não se dão conta que, a dificuldade de aprendizagem e de comportamento da criança são resultados de uma desordem neurológica que as crianças não tem controle."

A Desordem no Processamento Sensorial é para o cérebro a mesma coisa que uma indigestão é para o estômago. A palavra "desordem" é utilizada como "má-função"; o que significa que o sistema nervoso não está trabalhando de uma forma eficiente e organizada dentro do corpo. "Sensorial" significa que a ineficiência do sistema nervoso afeta os sistemas sensorias que possuímos (tato, visão, audição, olfato, paladar, vestibular, proprioceptivo e interoceptivo). Com isso, o Sistema Nervoso Central não processa ou organiza a corrente de impulsos sensoriais que o corpo adquire no ambiente, e assim, não fornece uma precisa informação sobre quem somos "nós" e como "nós" interagimos com o mundo.

Quando o Sistema Nervoso não processa os inputs sensórias de maneira correta, o comportamento do indivíduo fica diretamente comprometido além de também comprometer a aprendizagem. Com isso, a pessoa que sofre com a Desordem do Processamento Sensorial não se sente confortável com ela mesma e não consegue cooperar com as demandas e o estresse do dia a dia.

Podemos comparar o cérebro com uma grande cidade e os impulsos neurais como o trânsito de carros nessa cidade. Um bom processamento sensorial faz com que o trânsito flua de forma organizada e tranquila, fazendo com que você chegue ao seu destino em tempo ideal. A desordem no Processamento Sensorial é como se fosse um trânsito parado e confuso em nosso cérebro. Alguns impulsos nervosos não saem do lugar e, assim, o nosso cérebro não consegue realizar seu trabalho de forma eficiente, já que para isto, falta estimulação nervosa para a maior compreensão do cérebro para a atividade.

Sabemos pouco sobre as causas da Desordem do Processamento Sensorial mas, sabemos muito como tratar as características dela. Alguns pesquisadores observaram que certas crianças tinham uma predisposição hereditária para certos tipos de dificuldade de aprendizagem e atraso no desenvolvimento. Outros falam que grandes quantidades de toxinas no ambiente como, antibiótico, anti-inflamatório e outros elementos químicos que ingerimos, podem contribuir para o desenvolvimento da desordem. Para algumas crianças a combinação dos fatores hereditários com elementos químicos podem desenvolver o quadro, já que o sistema nervoso enquanto feto é bastante vulnerável. Além dessas possibilidades, existem também por falta de oxigênio no momento do parto e com crianças que são privadas de estimulação sensório-motora.

Mesmo que a Desordem no Processamento Sensorial seja causada por uma irregularidade cerebral, a grande maioria dos neurologistas não detectam nenhuma dificuldade com a criança que apresenta pobre organização sensorial, já que eles sempre buscam por alguma irregularidade física ou por alguma doença que pode piorar com a medida do tempo, como por exemplo, um tumor ou mesmo uma doença. A Desordem no Processamento Sensorial não é detectada pelos exames neurológicos, pelo fato de ela não ser uma doença e nem algo que piore com o tempo e sim, os efeitos dessa desordem na vida de uma criança pode crescer cada dia mais. Um Neuropediatra por algumas vezes são mais familiares com a desordem sensorial e poderá sim, detectá-la e fazer um correto diagnóstico.

A Desordem no Processamento Sensorial seria muito mais fácil de detectá-la se todas as crianças apresentassem as mesmas características sempre. Terapeutas Ocupacionais treinados para a avaliação do processamento sensorial possuem um difícil trabalho na detecção do exato tipo de disfunção apresentado pela criança, já que todas elas tem seus próprios sinais e sintomas. Procurarei discutir com maior detalhes todos os tipos da Desordem do Processamento Sensorial em futuros textos. A abaixo, listo algumas características apresentadas pelas crianças de forma em geral:

  • Distração e Hiperatividade;
  • Problemas com comportamento;
  • Atraso na fala e na linguagem;
  • Problemas com o tônus muscular e coordenação motora;
  • Dificuldade de aprendizado na escola;
  • Pobre organização.

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