Páginas
▼
sexta-feira, 27 de setembro de 2013
ALIMENTAÇÃO ADEQUADA PODE AJUDAR AS CRIANÇAS AUTISTAS
O
 Autismo  Infantil pode ser tratado com uma ampla variedade de terapias,
 tendo diferentes graus de êxito. Não existe uma origem única dos 
problemas vistos no autismo, mas hoje ele é tratado como uma doença multifatorial, com muitos fenótipos ou subgrupos, de aspecto imunológico, ambiental e genético.
Podemos citar a relação do autismo com o trato gastrointestinal, a 
sensibilidade ao glúten e caseína, ao sistema imune, aos erros inatos do
 metabolismo e a toxicidade por metais pesados e xenobióticos. É uma 
desordem complexa com muitos fatores etiológicos.
E a nutrição é um importante contribuinte para 
amenizar as características e os sintomas das desordens autísticas, 
ocorrendo melhora significativa na sociabilidade e comunicação das 
crianças. A alimentação adequada pode minimizar seus problemas 
melhorando a qualidade de vida da criança e de seus familiares.
O cardápio dos pequenos não pode ser comum a todos: deve-se respeitar
 a individualidade de cada criança, para garantir uma nutrição adequada e
 balanceada, com alimentos ricos em nutrientes que levem à produção de 
substâncias químicas necessárias para o funcionamento cerebral, assim 
como aquelas que são necessárias para que o organismo produza 
internamente outras substâncias químicas, enzimas e hormônios, 
retirando-se possíveis alimentos alergênicos, alimentos 
industrializados, açúcar e aditivos químicos em geral.
Ou seja, nada de corantes, conservantes, alimentos industrializados, 
açúcar, soja, leite e derivados, produtos com trigo, aveia, cevada, 
centeio e glutamato monossódico. A dieta isenta de caseína (tipo de 
proteína encontrada no leite e derivados) e do glúten (proteína 
encontrada em alguns cereais), favorece as crianças que estejam dentro 
do espectro autístico, pois os peptídeos (resultantes do processamento 
de proteínas) derivados da caseína e do glúten apresentam similares 
opióides (substâncias naturais ou sintéticas derivadas do ópio) que 
afetam os neurotransmissores no sistema nervoso central (SNC). Além de 
promoverem efeitos como a redução do número de células nervosas do SNC e
 a inibição de alguns neurotransmissores, causando alterações 
comportamentais.
Além da dieta existem suplementos que podem ajudar a controlar ou 
minimizar os sintomas do espectro autístico, como vitaminas, minerais, 
ômega 3, probióticos, antifúngicos e enzimas digestivas, mas sempre 
devemos analisar as necessidades individuais de cada criança.
E segue um alerta aos pais e educadores: Leiam sempre os rótulos, é 
muito importante identificar a presença de ingredientes que podem 
ocasionar uma piora nos sinais e sintomas das crianças, principalmente 
naquelas que apresentam alguma intolerância ou alergia alimentar.
Priscila Bongiovani Spiandorello  - Nutricionista Clínica – CRN3 8679
Pós-Graduada em Nutrição Clínica Funcional; Membro da Academia 
Brasileira de Saúde Ambiental e Associada ao Centro Brasileiro de 
Nutrição Funcional.
http://priscilaspiandorello.wordpress.com
prspiandorello@gmail.com.br
Vivemos para comer ou comemos para viver?
por Cláudia Marcelino e Priscila Spiandorello
A resposta é bem lógica, mas parece que estamos a cada dia
 nos distanciando cada vez mais dela. A vida moderna, cada dia mais 
agitada e corrida, está nos empurrando de forma acelerada para um tipo 
de alimentação que privilegia a saciar a fome e os desejos, deixando em 
segundo plano a estruturação física e o bem-estar. 
As mudanças no comportamento humano ditados pela mídia e 
por campanhas publicitárias, são percebidas de forma muito clara nos 
estabelecimentos de nossos hábitos alimentares mutantes. Estamos 
aprendendo a comer por meio de anúncios de televisão, quando deveríamos 
estar aprendendo através de livros. É bastante comum ver uma criança 
torcendo o nariz para um alimento que não esteja dentro de um pacotinho 
colorido. 
A máxima pregada pelos pais de “quero dar tudo do bom e do
 melhor para o meu filho não se aplica no campo da alimentação. Dar-lhe 
tudo do bom e do melhor, em vez  de ser alimento natural e verdadeiro, 
rico em nutrientes para o corpo (físico) e a alma (psíquico), significa 
aqueles inúmeros alimentos industrializados, congelados, cheios de 
químicos, conservantes e corantes, que inundam os nossos comerciais de 
TV. A falta de uma disciplina para educação alimentar na escola, aliada 
ao marketing agressivo direcionado as crianças, a falta de tempo para os
 afazeres domésticos da família moderna e a cultura crescente de que o 
fogão é peça fundamental para grandes chefs de culinária ou um símbolo 
da subserviência da mulher, tem gerado uma corrida à alimentação vazia, 
colocando em risco a saúde da população mundial desde muito cedo. 
Há pesquisas recentes, como uma feita pela Unifesp e outra
 publicada no Jornal de Pediatria, em que constata-se uma introdução 
inadequada a alimentação já a partir dos 3 meses de idade em todas as 
classes sociais. Refrigerantes, leite de vaca, macarrão instantâneo, 
massas, sucos artificiais e bolachas recheadas, são itens bastante 
consumidos por bebês a partir dessa idade. 
Mas se apelarmos para a nossa memória, não será difícil verificarmos o quanto os hábitos alimentares têm mudado drasticamente. 
Minha avó, no café da manhã, consumia leite puro de vaca 
deixado nas casas das freguesas diariamente, bem cedinho, por aquele 
produtor dono de umas vaquinhas e que também produzia queijo, suco de 
frutas do pé, raízes cozidas na hora ou pães feitos em casa. Minha avó 
morreu quando eu tinha 11 anos, mas ainda lembro das delícias que ela 
fazia na minha primeira infância. No meu café da manhã já foi 
introduzido o leite de saquinho, comprado todos os dias na mercearia da 
esquina, fervido e bebido com café de grãos moídos na hora na mesma 
mercearia e feito no coador de pano, com o pãozinho da padaria ou o 
biscoito cream-cracker do supermercado. O café da manhã dos meus filhos 
já passou a ser com aqueles cereais “super-saudáveis” que lhes dão uma 
saúde “de ferro”, cheio de açúcar e corantes, complementados por leite 
enriquecido com água oxigenada e o achocolatado de caixinha com 12 
vitaminas e minerais sintéticos. 
Asma, bronquite, problemas respiratórios, alergias, 
rinites, sinusites, constipações frequentes, sistema imunitário que não 
responde, vírus resistentes, distúrbios de aprendizado e comportamento 
como hiperatividade, déficit de atenção e autismo ... obesidade, 
hipertensão, diabetes, problemas cardíacos... problemas graves para a 
saúde pública e galopantes, que deveriam nos pôr a pensar o que estamos 
fazendo com as nossas vidas. 
Por quê e para quê comemos?
Para nos mantermos vivos, pois o alimento nos fornece a 
energia que precisamos. Ok! Mas será somente essa a função do 
alimento?!! Os alimentos são fontes de energia, mas também de 
nutrientes, como vitaminas e minerais essenciais para o funcionamento 
adequado do nosso corpo, além de conter outras substâncias, como os 
fitoquímicos, presentes em frutas, verduras e legumes, que têm 
propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias, auxiliando no 
fortalecimento do sistema imunológico, combatendo os radicais livres e 
agindo na prevenção de diversas doenças. 
Saúde é um estado de completo bem-estar físico, emocional e
 social e não apenas a ausência de doença, e ao longo dos anos 
descobrimos que alguns alimentos que consumimos contribuem para a nossa 
saúde, enquanto outros podem acelerar o processo de doença. É preciso 
entender que alimentar-se é diferente de nutrir-se, alimentação tem que 
ser prazerosa, faz parte dos nossos hábitos culturais e familiares, mas 
precisamos ficar atentos ao que ingerimos, ao que estamos fornecendo 
para o nosso corpo, pois o verdadeiro alimento contém a matéria-prima 
importante para o funcionamento, para a formação e renovação celular 
adequadas do nosso organismo, ressaltando sempre a importância da nossa 
individualidade bioquímica, que significa que nem sempre o alimento que 
faz bem para uma pessoa fará para outra! 
E quando realizamos uma alimentação monótona, com pouca 
variedade, com alto consumo de alimentos industrializados, e 
conseqüentemente baixa qualidade nutricional, o nosso corpo ficará em 
desequilíbrio, respondendo por meio do acúmulo de gordura, enxaquecas, 
cansaços inexplicáveis, insônia, depressão, hiperatividade e até mesmo o
 aparecimento de doenças auto-imunes e degenerativas. E no autismo? O 
quanto a alimentação pode influenciar na melhora ou piora dos sintomas? 
Dieta sem glúten e sem caseína
Sabe-se também que uma nutrição correta pode influenciar em nossas 
características genéticas, já que a influencia do ambiente corresponde a
 cerca de 70% no aparecimento de doenças. E que a nutrição adequada e 
individualizada é um importante contribuinte para amenizar as 
características e os sintomas das desordens autísticas, ocorrendo 
melhora significativa na sociabilidade e comunicação, apesar desse fator
 ainda não ser reconhecido oficialmente pela medicina convencional. 
Por essa razão, existem várias intervenções nutricionais e
 dietas adotadas para auxiliar o tratamento de crianças autistas. As 
mais conhecidas são: a dieta sem glúten e sem caseína (SGSC), a dieta de
 Feingold, a de Carboidratos Específicos, a BED (Body Ecology Diet) e a 
dieta de oxalatos - sendo que a dieta com maior adesão pelas famílias 
estadunidenses e inglesas é a SGSC, com relatos de melhoras de sintomas 
em torno de 70% dos casos e seguidas pela maioria das famílias afetadas 
pelo autismo e que adotam uma dieta ou uma reeducação alimentar como 
forma de tratamento. Essa dieta também foi a primeira que começou a ser 
divulgada no meio do autismo a partir de 1990, por pesquisadores 
ingleses e noruegueses, junto a Universidade de Sunderland (no Reino 
Unido), e que consiste basicamente nas retiradas de duas proteínas na 
alimentação: o glúten (encontrado em produtos derivados do trigo, 
centeio, aveia, cevada e do malte) e a caseína (encontrada nos leites 
animais e seus derivados). 
Nestes vinte anos de uso da dieta como um meio de 
tratamento para estas crianças e os novos conhecimentos que foram sendo 
adquiridos pela síndrome, hoje grande parte dos pesquisadores e famílias
 admite que na dieta básica sem glúten e sem caseína, ainda seja adotada
 a retirada de corantes e produtos químicos e industrializados da base 
alimentar destes indivíduos. 
Conversando com alguns terapeutas brasileiros que atendem 
pacientes nestes países, sabemos que é difícil encontrar uma família que
 não faça algum tipo de intervenção nutricional com sua criança, ao 
contrário do que ainda ocorre no Brasil, onde uma dieta adequada para a 
criança autista ainda é pouco divulgada. 
Nestes países, Estados Unidos e Inglaterra, existem 
centenas de livros a disposição dos pais para orientá-los a respeito de 
uma alimentação adequada, específica e equilibrada para esta população, 
livre de agressores e com suporte nutricional eficiente para o bom 
desenvolvimento e prognóstico destas crianças. 
No Brasil o primeiro livro a falar a respeito do assunto 
foi lançado somente este ano: Autismo Esperança pela Nutrição, de 
Claudia Marcelino ( editora M.Books, 296 págs., R$ 49,00). 
Portanto, a importância dos cuidados com a alimentação, 
deve ser desde a infância até a fase adulta, mas uma boa notícia: nosso 
corpo diariamente se renova, então sempre se está em tempo de melhorar a
 qualidade da nossa alimentação. Quando mudamos o nosso estilo de vida, 
melhoramos a nossa vitalidade positiva, nosso humor, nossa maneira de 
enxergar o mundo e as pessoas a nossa volta. 
Nesse primeiro contato, gostaria de fazer uma reflexão: 
por que precisamos comer? Precisamos refletir: que tipo de herança 
gostaríamos de deixar para nossos filhos e netos. A relação com sua 
saúde, o corpo e o ambiente que eles merecem e estamos deixando passar. 
Qual a postura que gostaríamos que nossos filhos tivessem perante a 
comida: a de manter a saúde ou a de saciar o desejo consumista? 
Claudia Marcelino é mãe de autista, 
escritora e, depois de 16 anos como doceira e banqueteira no Rio de 
Janeiro (RJ), desde 2006 é criadora de receitas criativas, como diversos
 tipos pães sem glúten e sem leite e panquecas sem ovos, todas no seu 
blog, Dieta SGSC (dietasgsc.blogspot.com), além de manter o site Autismo em Foco (sites.google.com/site/autismoemfoco). 
Twitter: @Clau_Marcelino 
Priscila Bongiovani R. Spiandorello é
 nutricionista clínica funcional (CRN3: 8679) e atende na Clínica Carla 
Albuquerque, Vl. Nova Conceição (11) 3845-2745 ou 3045-9258 e no 
consultório em Moema (11) 5052-1221, ambos em São Paulo (SP). 
 | 
Autismo e Nutrição Funcional
O autismo é uma doença que vêm freqüentemente crescendo e há 
fortes indícios que seria por causa de fatores ambientais, já que a 
proporção desse aumento não pode ser justificado apenas pela genética, 
pois alterações genéticas sempre mantém a mesma proporção.
Muitos estudos, então, vêm tentando desvendar outros fatores que 
levam ao aparecimento desta doença. Dentre as alterações que 
constantemente aparecem em autistas estão alterações gastrintestinais, 
como a má digestão de certos alimentos, hiperpermeabilidade intestinal, o
 que facilita a passagem de alimentos mal digeridos pelo intestino, 
alcançando a corrente sanguínea, desencadeando reações alérgicas, e /ou 
inflamatórias, que ativam o nosso sistema imunológico.
O sistema imunológico é o segundo pilar que deve ser estudado quando 
se trata de autismo, que pode ser modulado, através de nutrientes, além 
de outras alternativas, como tratamentos antifúngicos, extremamente 
relacionados com esta patologia. E em terceiro lugar temos as alterações
 no sistema cerebral, que pode ser influenciado pelos outros fatores já 
descritos.
A desintoxicação de metais pesados também parece ser extremamente 
necessária em pacientes autistas, então, este deve ser mais uma linha de
 pesquisa na busca do tratamento destes pacientes.
Quando se pensa em nutrição para autistas dependerá muito das causas,
 história do desenvolvimento dos sintomas, se foi após uso de 
antibióticos, se foi após alguns tipos de vacinas, ou se não houve 
motivo aparente. Então o tratamento nutricional destes pacientes deve 
ser muito individualizado, e de preferência, depende de uma série de 
exames para identificação desde alergias alimentares (nunca desprezando 
sintomas clínicos), até a presença de crescimento de fungos no intestino
 e/ou aumento de toxinas ou compostos análogos (parecidos com os que 
encontramos normalmente no organismo), mas que interrompem ou prejudicam
 as vias metabólicas normais destes indivíduos.
Os alimentos que foram mais relacionados com o autismo são os que 
possuem glúten (trigo, cevada, centeio, aveia) e caseína (laticínios), 
mas outros também podem ser prejudiciais dependendo da individualidade 
bioquímica, como: ovos, tomate, berinjela, abacate, pimenta soja, milho e
 nozes.
Devem ser evitados aditivos químicos como os corantes, conservantes, 
nitratos, sódio e adoçantes. Portanto, evitar o consumo de alimentos 
industrializados e procurar uma alimentação rica em frutas, verduras, 
grãos integrais e legumes. Além disso, é importante evitar consumir 
cafeína e nem bebidas alcoólicas.
Procurar manter os níveis de glicose no nosso sangue constantes, pois
 é importante para a função cerebral. Para isso, consumir alimentos a 
cada 3 horas em pequenas quantidades, assim, o organismo tem suprimento 
constante de energia e não vai ter picos e nem quedas de glicose ao 
longo do dia.
Uma dieta antioxidante que ajudará a eliminar as toxinas e nutrir o 
organismo, além de manter glicemia é fundamental. Estas condutas também 
auxiliarão no bom funcionamento do intestino que é fundamental nestes 
pacientes, tanto para melhorar a sensibilidade alimentar, quanto para 
diminuir hiperpermeabilidade intestinal e melhor a imunidade. A 
utilização de produtos antifúngicos também pela nutrição é de grande 
valia.
Com isso, podemos perceber que invariavelmente a nutrição está 
envolvida com o tratamento do autismo, sendo que, muitos profissionais 
acreditam que a nutrição individualizada nestes pacientes deve vir antes
 de outras alternativas, tanto pela sua melhora do quadro, quanto por 
preparar o organismo para responder melhor aos outros tipos de 
tratamentos.
Alimentação no tratamento de autismo
| por Jocelem Salgado | |||||
 
	
        
 
Ele é considerado uma síndrome caracterizada 
        por transtornos qualitativos e quantitativos de interação 
        social, comunicação e uso da imaginação. Os 
        sintomas surgem nos primeiros 36 meses de vida. *Em média 60 a 
        65% dos autistas sofrem de retardo mental e 15 a 30% de convulsões.  
 Hoje o autismo é nomeado como “síndrome do espectro 
        autista” porque o quadro clínico é muito variado, 
        existem autistas com elevado grau de desenvolvimento intelectual e sociabilidade 
        e outros que apresentam um quadro severo de retardo mental e insociabilidade. 
 O autista não interage com outras pessoas, ele pode entrar em 
        uma sala com várias crianças e não brincar com elas. 
        Muitos são resistentes à mudança de rotina. Existem 
        relatos de autistas que não reconheceram o caminho para escola 
        porque o pai mudou o percurso ou não queriam ir para a aula porque 
        a camiseta do uniforme tinha mudado de cor. Eles não mantêm 
        o contato visual, usam as pessoas como ferramenta para conseguirem o que 
        querem. Apresentam risos e movimentos inapropriados, modo e comportamento 
        arredio, giram objetos de forma bizarra e peculiar, não demonstram 
        medo de perigos reais, agem como se fossem surdos e resistem ao contato 
        físico. 
![]() 
Esta síndrome não apresenta sintomas clínicos. 
        Quando você olha para um autista sua aparência é de 
        uma pessoa normal. Somente quando se observa o seu comportamento percebe-se 
        que ele é diferente. Para o diagnóstico, é imprescindível 
        que os profissionais envolvidos sejam treinados e capacitados, pois é 
        baseado em avaliação clínica.  
 Essa síndrome pode ocorrer em qualquer família, não 
        escolhe raça ou classe social. A prevalência mundial é 
        de *15-20 autistas para cada 10.000 habitantes. Nos Estados Unidos *dados 
        de 2008, mostram uma incidência maior, ou seja, de 1 em cada 150 
        crianças, com tendências a aumentar esse número. O 
        sexo masculino é mais afetado cerca de 3 homens para cada mulher, 
        embora ainda não se tenha uma explicação científica 
        para isso. O número de novos casos diagnosticados aumenta em média 
        3,8% ao ano, isso se deve ao maior número de diagnósticos 
        de casos leves. Antigamente pouco se sabia sobre a doença, por 
        isso apenas casos mais severos eram identificados. 
 O único dado oficial do Brasil revela a existência 600.000 
        autistas, mas estima-se que existe pelo menos um milhão de casos 
        não diagnosticados. O ano passado o Ministério da Saúde 
        iniciou uma pesquisa para levantar a real prevalência no país. 
 A causa do autismo ainda é desconhecida existe uma associação 
        entre fatores genéticos e ambientais. 
 Os fatores genéticos estão relacionados a alterações 
        neurológicas, mas até o momento não existe nada definido 
        de forma conclusiva.  
 O fator ambiental está ligado às condições 
        pré e pós-natal como a ocorrência de rubéola 
        durante a gravidez, baixo peso ao nascer, complicação durante 
        o parto e dificuldade respiratória. 
 Para que se tenha um bom prognóstico com relação 
        ao tratamento, é preciso que seja realizado um diagnóstico 
        precoce. Um diagnóstico seguro pode ser realizado antes da criança 
        completar dois anos de idade, desde que alguns aspectos clinicos não 
        sejam desprezados. As crianças autistas normalmente têm histórico 
        de infecções e alto consumo de antibióticos nos primeiros 
        anos de vida. As fezes podem ter aparência mucosa, e de coloração 
        variante, entre amarelo, esverdeado e avermelhado, e podem ter odor de 
        mofo com intensa flatulencia (gases). Apresentam sinais caracteristicos 
        de alergias, como olheras, olhos inchados, cilhos compridos. Embora se 
        alimentem bem podem apresentar aspecto de subnutrição. Frequentemente 
        apresentam abdomen distendido, e inchado, com intensa movimentação 
        visceral. Apresentam mau hálito. Podem apresentar regressões 
        no desenvolvimento, após uso de vacinas. Mais de 60% das crianças 
        autistas têm pais com histórico de propensão a doenças 
        alérgicas, incluindo asma e alergias de pele. 
 O autismo não tem cura. O tratamento deve envolver uma equipe 
        multidisciplinar e tem como objetivo melhorar a qualidade de vida através 
        do controle dos sintomas comportamentais e condicionamento do indivíduo 
        à vida social respeitando suas limitações. Devido 
        às incertezas sobre sua causa existem várias propostas de 
        tratamento.  
 Tradicionalmente as linhas comumente adotadas são: tratamento 
        farmacológico onde a prescrição medicamentosa atua 
        sobre os sintomas e a intervenção psicopedagógico 
        que consiste em terapia fundamentada em associação, rotina 
        e aprendizado. 
 Em conjunto com esstes tratamentos outros podem ser integrados como 
        a psicoterapia, fonoaudiologia, musicoterapia e equoterapia. 
Alimentação no tratamento de autismo 
 No tratamento do autismo a alimentação tem um papel fundamental. 
        Alguns alimentos podem intensificar os sintomas como a farinha de trigo, 
        o leite e a soja. Quando eles são retirados da dieta os autistas 
        geralmente ficam mais calmos e ocorre melhora da atenção 
        e concentração.Isso ocorre porque grande parte dos autistas 
        apresentam uma deficiência enzimática que inibe a digestão 
        completa da proteína presente na soja, leite e trigo. Essa condição 
        leva à formação de 
        grande quantidade de pequenos peptídeos (fraguimentos de proteína) 
        dentro do intestino. Esses peptídeos possuem ação 
        farmacológica semelhante ao ópio. Esses compostos apresentam 
        a capacidade de atravessar a parede do intestino, cair na corrente sanguínea 
        e chegar ao Sistema Nervoso Central. Atuam como uma substância opiácia 
        no cérebro intensificando os sintomas da síndrome, como 
        a falta de concentração e isolamento.  
 Os salgadinhos, sucos em pó artificial e gelatina são 
        muito ricos em corantes. Hoje se sabe que os corantes estimulam a hiperatividade, 
        por essa razão devem ser banidos da dieta dos autistas. 
 A ocorrência de sintomas gástricos é muito elevada 
        em autistas, como constipação intestinal, (intestino preso), 
        diarreia, gastrite, refluxo. 
 Para normalizar o funcionamento do intestino recomenda-se o uso de probióticos 
        em cápsula. No caso de gastrite e refluxo evitar alimentos que 
        irritam o estômago como: temperos industrializados, extrato de tomate, 
        café, chá preto, alimentos fritos e alimentos ácidos 
        como laranja, limão e abacaxi. 
 A suplementação com cápsulas de ômega três 
        melhora a concentração e aprendizado. 
 Os autistas têm uma um hábito alimentar restrito, e são 
        muito resistentes à introdução de novos alimentos 
        na dieta. Mesmo com essas limitações procure estimular o 
        consumo da maior variedade de alimentos para evitar deficiências 
        nutricionais como a falta de vitamina e minerais. 
 As peças fundamentais para o sucesso do tratamento do autismo 
        é o amor, a dedicação e acima de tudo compreensão 
        de todas as pessoas que o cercam. 
 Procurem pelo menos, uma única vez, se colocarem no lugar de 
        um autista. Façam o exercício que a pesquisadora francesa 
        Happé sempre pede para os ouvintes de suas palestras fazerem! Se 
        coloquem no lugar deles! Imagine estar em um país distante, em 
        uma cultura desconhecida, sem compreender o idioma, com as mãos 
        atadas, sem entender os outros e sem a possibilidade de se fazer entender.  
 Esta é a sensação que o autista tem do mundo em 
        que vive! Por isso quando vir um autista, se por algum motivo ele fizer 
        algo que foge à sua compreensão não se esqueça! 
        Ele age assim porque não compreende o que está à 
        sua volta. “Um autista se definiu como um ser extraterrestre que 
        cai no planeta Terra sem manual.”. Pense nisso! 
         
Mais informações: www.jocelemsalgado.com.br 
 
        *www.autism.com 
        
        artigo científico: WHITE, J.F. Intestinal Pathophysiology in Autism.Exp 
        Bio Med. v.228, p. 639-649, 2003. 
http://www2.uol.com.br/vyaestelar/dieta_autismo.htm  | |||||
O Trabalho Terapêutico
"O trabalho 
            afasta de nós três grandes males:
o tédio, o vício e a necessidade."
o tédio, o vício e a necessidade."
Angela 
            era ainda bem nova, quando foi levada a algumas clínicas ou escolinhas. 
            Logo descobrimos que existe todo um sistema sutil, ávido e ganancioso, 
            montado visando a exploração inescrupulosa da deficiência como meio 
            de faturar às custas do sofrimento. São os leiloeiros da miséria 
            alheia. O fato de essas crianças serem indefesas, não poderem falar 
            ou reclamar, propicia sobremodo o embuste, a que todos somos sujeitos, 
            na ávida e gananciosa sociedade moderna.
Numa 
            das clínicas, Angela tinha 3 horas diárias de trabalho, à tarde: 
            fonoaudiologia, a.v.d. e psicomotricidade. Numa dessas tardes, Sonia 
            ficou livre às 15 horas e pensou: porque ir para casa, se logo terei 
            que voltar para buscá-la? Comprou uma revista e estacionou o carro 
            quase em frente à clínica, onde ficou lendo. Pouco depois observa 
            que a terapeuta chega à janela, em companhia de Angela. Passa-se 
            o tempo, e a situação não muda. A terapeuta fuma cigarro após cigarro, 
            enquanto Angela olha para o nada. Estranha terapia, que se prolongou 
            por 45 minutos. Como seria o restante? 
Durante 
            as nossas reuniões, ouve-se casos. Fernando tem 8 anos e sua mãe 
            o leva diariamente para ser atendido pela psicóloga. O pai é empresário, 
            e não regateia o alto preço. Um dia, no impedimento da mãe, é ele 
            quem o leva. A criança entra para o consultório, e a porta se fecha. 
            Algum tempo depois Francisco Bernardes fica sem cigarros e resolve 
            sair para comprá-los. Decide, porém, avisar a terapeuta. Abre a 
            porta, que estava destrancada, e se depara com um estranha cena: 
            a psicóloga tranqüilamente almoça, enquanto a criança observa, sentada 
            num sofá. Terapia? 
Um 
            outro problema com que nos defrontamos é a crença, predominante 
            em nossa cultura, na causa psicológica das doenças mentais. Em consequência 
            a orientação dos trabalhos terapêuticos é bastante marcada pela 
            influência da psicanálise. Reportemo-nos aos trabalhos de Levitt: 
            "conclusão inevitável é que os estudos de avaliação disponíveis 
            não fornecem base razoável para a hipótese de que a psicoterapia 
            facilite a recuperação de doenças emocionais em crianças." 
Outra 
            não poderia ser a interpretação da psicóloga Janet Brown, do Centro 
            Putman para crianças, em Boston, que adotava a linha psicanalítica, 
            no qual compara resultados de psicoterapia: "É algo surpreendente 
            que não existam diferenças significativas entre grupos, sejam quais 
            forem as variáveis consideradas - a idade das crianças, o tempo 
            de tratamento, a experiência dos terapeutas, o trabalho da mãe, 
            o tratamento do pai - nada faz diferença". 
O 
            Autista é um ser isolado, que vive no seu mundo interior, tem dificuldades 
            de se comunicar. Existe, indubitavelmente, uma falha no sistema 
            cognitivo destas crianças, que faz com que o cérebro não tome conhecimento 
            perfeito do que os seus órgãos do sentido captam. O primeiro passo 
            é desenvolver este sistema cognitivo, estabelecer um canal de comunicação, 
            abrir um elo entre o seu universo fechado e o exterior. 
As 
            chances de uma criança autista estabelecer uma boa comunicação com 
            o mundo exterior dependem diretamente da idade em que é feito o 
            diagnóstico e se inicie o trabalho, e da habilidade e dedicação 
            do terapeuta. A intervenção deve ser precoce, pois hoje é sabido 
            que o cérebro é particularmente maleável à aquisição de aptidões 
            de comunicação durante os primeiros anos de vida. É entre um e cinco 
            anos que o sistema cognitivo, com sua rede de neurônios cerebrais, 
            se desenvolve mais aceleradamente. A comunicação deve se iniciar 
            com imagens, gestos, sinais, palavras e bastante explorado o contato 
            físico, que recebe muita ênfase na terapia do abraço (holding therapy). 
Existem 
            grandes polêmicas sobre as diversas opções terapêuticas para o autismo. 
            É natural que as famílias e os terapeutas procurem a abordagem que 
            lhes pareça mais promissora, ao sabor de suas inclinações, crenças 
            ou interesses pessoais. Porém, diante de um problema tão angustiante, 
            é necessário que aqueles que estão envolvidos com crianças autistas 
            não se deixem impressionar por soluções milagrosas ou estapafúrdias 
            e procurem encontrar uma solução de compromisso entre a desconfiança 
            excessiva e a aceitação passiva, na busca de uma abordagem adequada. 
            Tarefa que não é fácil, uma vez que muitas das opções não estão 
            descritas ou avaliadas convenientemente na literatura disponível 
            e existem muitas controvérsias a respeito. Situação que é bastante 
            complicada pelo desespero dos pais, na busca de uma cura miraculosa. 
Até 
            o presente momento, nenhum das propostas terapêuticas existentes 
            provou ser capaz de curar o autismo, um distúrbio intrigante que 
            continua a desafiar a ciência médica. Mas tem sido possível uma 
            considerável redução da sintomatologia e uma melhora no comportamento, 
            facilitando a vida da família e a integração dos pacientes na sociedade. 
            É fundamental que a abordagem não fique limitada a apenas um único 
            processo terapêutico, mas que sejam usados diversos recursos alternativos, 
            de forma complementar. 
A 
            Terapia Pedagógica ou educativa deve ser encarada como uma primeira 
            opção. Uma série de avaliações práticas evidenciaram que as crianças 
            autistas não conseguem estruturar o mundo de uma forma adequada, 
            e daí ser necessário lhes transmitir essa estruturação por pequenas 
            etapas, num quadro de um programa educativo compensatório, que poderíamos 
            designar de psicopedagogia interdisciplinar. Os únicos questionamentos 
            se limitam, de um modo geral, às divergências nas técnicas e na 
            aplicação. 
A 
            abordagem pedagógica depende muito do pragmatismo, espírito de criatividade, 
            experiência e bom senso do educador, e deve ser complementada com 
            o auxílio de recursos diversos como imagens, desenhos, pinturas, 
            música, jogos, brinquedos especiais, atividades artísticas, manipulação 
            com massas e, ultimamente, até trabalhos com computador. O importante 
            é estimular a criança, dar-lhe atividades, tanto físicas quanto 
            mentais, e não deixa-la se isolar e se afundar nas estereotipias, 
            que acabarão por domina-la, atrofiando ainda mais o seu sistema 
            cognitivo, caso não haja uma estimulação permanente. As principais 
            técnicas educacionais são o condicionamento ou terapia comportamental, 
            e o método TEACCH, que vem se expandindo com relativo sucesso, nestas 
            últimas décadas. 
Uma 
            segunda alternativa, que tem muitos defensores, é a dos suplementos 
            nutricionais. Há anos, que adeptos da medicina ortomolecular os 
            vêm prescrevendo, com especial ênfase nas vitaminas, como um meio 
            poderoso de manter e recompor a saúde. O uso de vitaminas, porém, 
            deve ser controlado porque existe o risco de intoxicação com doses 
            muito elevadas de certas vitaminas. 
Para 
            o caso específico de autismo, tem sido muito apregoada, pelo Dr. 
            Rimland, do Instituto de Pesquisa de Autismo (USA) a Nuthera e o 
            DMG. A Nuthera é um complexo vitamínico, com base em altas doses 
            de vitamina B-6 e Magnésio. Seu uso deve ser considerado e não há 
            razão para ser evitá-lo, uma vez que a vitamina B6 está relacionada 
            com a formação dos neurotransmissores. Os pais devem procurar, experimentalmente, 
            a melhor dosagem, através de tentativas. É interessante recorrer 
            a um avaliador "cego", como tal um terapeuta que tenha 
            contato com a criança mas não tenha conhecimento da administração 
            da fórmula, para conseguir uma avaliação descompromissada e sem 
            influências.
Na 
            prática, se constatou que os pais não se mostraram muito persistentes 
            na aplicação da Nuthera. Mas a Mega Vitamina, como também é conhecida, 
            apresentou excelentes resultados na redução da hiperatividade e 
            dos problemas de sono de Angela. Contudo, em muitas outras crianças, 
            que também a ela recorreram, não se notou nenhum efeito apreciável. 
Com 
            o DMG (dimetilglicina), os resultados foram ainda menos encorajadores, 
            embora relatórios do Instituto de Pesquisa de Autismo divulguem 
            relatórios entusiasmados. Porém inexistem estudos comprobatórios 
            e, como resposta de correspondência dirigida aos fabricantes, indagando 
            sobre dados da aplicação na terapia do autismo, recebemos apenas 
            listas de preço e anúncio de outros preparados. 
A 
            medicação é um outro recurso, frequentemente usado. Sem dúvida, 
            é necessária para colocar alguns paciente sob controle, diante de 
            alguns sintomas mais graves, principalmente em casos de agressividade 
            ou convulsões. Porém acredito que existe uma tendência a abusar 
            de certas drogas neurolépticas, cujos efeitos colaterais sempre 
            são terríveis e nunca contribuem para uma melhoria efetiva, além 
            de poderem provocar dependência. O efeito pode ser contraditório 
            e até paradoxal, variando de paciente para paciente, pois nem todos 
            respondem da mesma forma. É um recurso muito usado em clínicas ou 
            internatos, para que o paciente não dê muito trabalho. As drogas 
            apenas dopam o paciente e o tornam mais controlável, enquanto perdura 
            o seu efeito. Na minha opinião e como resultado da minha experiência, 
            deve-se evitar o seu uso pois os efeitos colaterais são desastrosos. 
            Muitas destas drogas provocam, de imediato, uma amenorreia, que 
            pode se prolongar por vários meses, após a suspensão do medicamento. 
            Desencadeia, portanto, um distúrbio hormonal. Um dos medicamentos 
            recomendados por Temple Gradin, uma autista de alto nível intelectual, 
            portadora de Síndrome de Asperger, é o Tofranil, indicado para alguns 
            casos de depressão e agressividade. Reporta ela que aliviava a sua 
            tensão. Contudo, sua bula já assusta, pois revela que provoca baixa 
            plaquetária no sangue, sonolência, fadiga, inquietação, confusão, 
            delírios, desorientação, alucinações, ansiedade, agitação, vertigens, 
            sedação, etc. Este medicamento foi aplicado em Angela, a nossa revelia, 
            sob prescrição de um neurologista. A consequência foi ela, depois 
            de alguns meses, sofrer reações tão violentas e graves que exigiu 
            internação num CTI. Convém, portanto, ter toda a cautela, na administração 
            de quaisquer destas drogas e usá-las, se necessário, em doses mínimas. 
Um 
            medicamento que tem sido muito apregoado, para reduzir a auto-agressividade 
            e o isolamento é o Naltrexone (Anne Walters - Journal of Autism 
            nº 2 Vol. 20), que bloqueia os opiáceos que são produzidos pelo 
            organismo. Há diversas teorias sobre a participação dos níveis inadequados 
            de opiáceos, no autismo. 
A 
            cada dia surgem novas descoberta. A mais recente, publicada no Brown 
            University Child and Adolescent Psychopharmacology Update em setembro 
            de 1999, relata que Famotidine, um pepcídio usado para tratar úlceras 
            pépticas, provocou melhoras em pacientes autistas. Um estudo da 
            Dra. Linda A. Linday, em nove pacientes autistas entre 4 e 9 anos, 
            apresentado no Encontro anual da Associação Americana de Psiquiatria, 
            revelou que quatro dos jovens (44%) apresentaram melhoras com este 
            tratamento. Uma amostragem muito reduzida, para permitir conclusões 
            seguras. 
Ultimamente 
            surgiram também muitas expectativas com o uso de Secretin, um hormônio 
            polipeptídio, envolvido no controle da função gástrica. Segundo 
            os proponentes da teoria do autismo como decorrência de excesso 
            de opiáceos no cérebro, o Secretin provocaria reações que neutralizariam 
            este efeito. 
Uma 
            outra forma proposta para diminuir os problemas potenciais causados 
            por estes peptídeos prejudiciais, seria a dieta. A intervenção dietética 
            tem sido muito recomendada, ultimamente, não só para autistas mas, 
            de um modo geral, para todos, independente de idade e situação. 
            Diversos estudos realizados têm demonstrado a estreita relação entre 
            a alimentação e a saúde. Do que tem resultado uma verdadeira corrida 
            aos ditos "alimentos naturais" e sem agrotóxicos. 
Atualmente 
            ninguém ignora que alimentos ricos em gorduras saturadas é responsável, 
            em grande parte, por males cardíacos e coronarianos. E quanto ao 
            cérebro? Muitas pessoas são alérgicas a determinados tipos de alimentos, 
            que poderiam afetá-las, mentalmente. Isto é indiscutível em pacientes 
            com fenilcetonúria, um distúrbio metabólico diante do qual uma dieta 
            adequada, desde tenra idade, possibilita evitar a instalação de 
            distúrbios mentais. Conservantes, empregados em alimentos industrializados, 
            têm sido apontados como responsáveis pela hiperatividade. Um dos 
            alimentos que tem sido muito criticado é o leite de vaca, cujo consumo 
            é condenado por diversos nutricionistas. Existem diversos estudos 
            sobre a intolerância a vários alimentos e produtos químicos, que 
            são apontados, em muitos casos, como responsáveis por provocar ou 
            agravar distúrbios de comportamento. 
De 
            um lado existe o forte efeito da propaganda que, na busca de lucro 
            fácil, sempre atropelando as boas intenções, nos pressiona a consumir 
            alimentos inadequados ou até prejudiciais. Do outro lado, tem surgido, 
            nestes últimos anos, uma forte reação da sociedade, que resultou 
            na criação de diversas organizações mundiais dedicadas a discutir 
            este tipo problema. Destas poderíamos citar, nos EUA, a Feingold 
            Association, a Analytic Research Labs (Phoenix), e a Practical Allergy 
            Research Foundation (Buffalo). Todas elas dispõem de considerável 
            literatura sobre os desequilíbrios nutricionais, porém nenhum relativo 
            ao autismo. 
A 
            Integração Sensorial é um recurso que tem sido bem aceito e considerado 
            como extremamente útil em alguns casos, como uma terapia complementar, 
            uma vez que o autista, de uma forma geral, apresenta uma reação 
            sensorial bastante anômala. Embora inexistam regras fixas para se 
            realizar essa tarefa, pois cada criança responderá de forma individual, 
            são bem conhecidas técnicas de abordagem que produzem resultados, 
            como as indicadas por Tansley no seu livro Treinamento e Percepção. 
            Segundo seu trabalho, direcionado para a criança deficiente, é importante 
            o desenvolvimento do esquema corporal, em que a criança deve tomar 
            consciência tátil e visual do seu corpo. Devem ser feitos exercícios 
            visando estimular o tato e os demais órgãos do sentido. Temple Gradin 
            defende a sua aplicação e até desenvolveu uma máquina que denominou 
            "Squeeze Machine", como uma forma mecânica de estimulação 
            tátil, que descreveu em seus trabalhos. 
A 
            Terapia do Abraço (holding therapy) é realizada envolvendo o paciente 
            em abraços forçados que, teoricamente, passariam pelas fases de 
            aceitar, resistir e aquiescer. O objetivo é forçar um contato corporal 
            até torná-lo aceitável, de forma a vencer a tendência natural do 
            autista ao isolamento. A Sra. Gerlach, autora do Autism Treatment 
            Guide, supõe que a "holding therapy" possa representar 
            uma versão um tanto exagerada da Integração Sensorial. Este é um 
            recurso que pode apresentar alguns benefícios e para o qual não 
            existe nenhuma restrição, sob o ponto de vista terapêutico. Muito 
            ao contrário, pesquisas atuais demonstram que o contato físico entre 
            o bebê e sua mãe, pode ter efeitos profundos, não só psicológicos 
            mas principalmente fisiológicos. A Dra. Tiffany M. Field, pediatra 
            e psiquiatra da Universidade de Medicina de Miami verificou que 
            bebês que recebem 3 ou mais períodos de 15 minutos diários de contatos 
            e carícias, inclusive crescem mais dos que os que não recebem. Estudos 
            feitos com ratinhos mostraram que as taxas hormonais ficam abaixo 
            do normal, quando eles são afastados de suas mães. 
A 
            terapia do abraço, aliás, tem sido usada, pelos psicanalistas, como 
            um pretexto para justificar a teoria psicogênica, da qual muitos 
            deles não desistem. Alegam, tentando explicar a mecânica deste processo, 
            que o relacionamento com a criança autista não se estabelece devido 
            à reciprocidade social, pois ela se isolaria num processo defensivo 
            diante da constatação de ser rejeitada. Esta é uma mera especulação 
            que não deve ser considerada. 
Um 
            outro caminho que deve ser olhado com respeito, embora mais indicado 
            para crianças com problemas motores, é o indicado por Doman e trazido 
            para o Brasil pelo Dr. Veras, já falecido, e aplicado na Clínica 
            N.Sra. da Glória, no Rio. 
Não 
            deve ser esquecida a importância das atividades físicas, na nossa 
            saúde física e mental. O efeito dos exercícios sobre o corpo e a 
            mente são conhecidos desde a antiguidade, sob o lema "Mens 
            Sana in Corpore Sano". Pesquisas realizadas com pessoas autistas 
            mostraram que vigorosos exercícios físicos podem diminuir as estereotipias 
            e comportamentos perturbados (McGimsey & Favell, 1988; Walters 
            & Walters, 1980).São altamente recomendáveis caminhadas, jogos 
            e, principalmente, natação pois a criança autista tem uma enorme 
            atração pela água. Muitos estudos já demonstraram que a atividade 
            física reduz a depressão e a ansiedade, acalma e relaxa. É sabido 
            que estimula o metabolismo orgânico e mental de todos, sejam normais 
            ou deficientes. Em especial, reduzem as estereotipias e retiram 
            o autista do seu isolamento num mundo a parte, obrigando-o a prestar 
            atenção no que está fazendo. Este princípio, criado e desenvolvido 
            pela Dra. Kitahara foi, aliás, adotado com bastante sucesso pela 
            Escola Higashi, no Japão, tão famosa pelos excelentes resultados 
            obtidos, que muitas famílias americanas levarem seus filhos para 
            lá. É interessante se observar que a Dra. Kitahara era advogada, 
            e não uma especialista da área. 
Como 
            recursos terapêuticos complementares de grande importância, não 
            poderia deixar de citar a musicoterapia. A música, cujo efeito sobre 
            a mente é inegável, e é muito empregada em técnicas de relaxamento, 
            apresenta a vantagem de ser muito apreciada pelos autistas. É importante 
            citar que se conhece alguns casos de pacientes desta síndrome que 
            revelaram uma surpreendente aptidão musical, e aprenderam até mesmo 
            a tocar piano sem nunca terem recebido aulas. Um destes casos, bastante 
            documentado, é de um jovem que não se comunica, mas é capaz de reproduzir 
            qualquer música que ouça uma única vez. Ninguém conseguiu encontrar 
            uma explicação para tal feito. 
É 
            muito importante destacar que o trabalho terapêutico não deve ser 
            feito em regime ambulatorial, como muitos insistem, porque exige 
            uma equipe multidisciplinar integrada e atuante, que estimule a 
            criança de uma forma intensa e continuada, durante várias horas 
            por dia. É indispensável que o ambiente seja bastante organizado 
            e bem estruturado. O ideal é que se disponha de amplas áreas verdes 
            e seja proporcionado o contato com pequenos animais. Um cão de pequeno 
            tamanho, de uma raça brincalhona como o poodle, por exemplo, e que 
            seja criado com a criança para poder aceitá-la, contribui muito 
            para tirar a criança do seu isolamento. 
Finalmente 
            é, ainda, oportuno observar que existe a crença, infundada, de que 
            a institucionalização do jovem, num regime de internato, apresenta 
            resultados desfavoráveis, devido ao afastamento do aconchego materno. 
            No "Hilda Lewis House", em Camberwell, perto de Londres, 
            as crianças só são recebidas sob a condição de os pais aceitarem 
            ser integrados nos programas de treinamento. Segundo eles, o objetivo 
            principal é assumir temporariamente a criança, enquanto os pais 
            não conseguem fazer face à crise de comportamento. 
Este 
            é, contudo, um conceito de origem psicanalítica e bastante controverso. 
            Algumas mães conseguem enfrentar o problema com bastante desenvoltura. 
            Nestes casos a participação dos pais é de extrema importância. Porém, 
            nem sempre a mãe tem estrutura para enfrentar tal situação. Sonia, 
            por exemplo, entrava em depressão e desespero, sem conseguir dar 
            uma contribuição positiva para o trabalho terapêutico. Em alguns 
            casos, a criança autista tem um comportamento tão comprometido que, 
            se a mãe não for muito forte, psiquicamente falando, isto pode provocar 
            uma completa desestruturação familiar, como prejuízos globais para 
            todos. Nesta situação é altamente recomendável o internamento em 
            uma clínica especializada. Esta solução é preconizada pela Dra. 
            Kitahara, da Escola Higashi. Segundo ela, a presença permanente 
            de uma criança altamente perturbada, no seio da família, provoca 
            uma total desestruturação e prejudica, em especial, seus irmãos. 
            A minha experiência me leva a concordar com ela. 
É 
            preciso considerar, também, que muitas mães se deixam dominar, compreensivelmente, 
            por um sentimento de superproteção e até interferem na terapia, 
            prejudicando o trabalho terapêutico dos profissionais, agravando 
            a problemática. Esta atitude, aliás, não se aplica somente aos casos 
            de crianças com distúrbios de comportamento. Muitas mães estragam 
            seus filhos, mesmo quando eles são normais. Toda criança precisa 
            de limites, seja normal ou não. Quando a mãe não se conscientiza 
            desta necessidade, ela mais atrapalha do que ajuda. 
Nós 
            não tínhamos, então, nenhuma experiência e muito do que fizemos 
            foi tateando no escuro ou pela casualidade. Não é difícil descobrir 
            que a socialização é extremamente importante. Ensinar o autista 
            a conviver e brincar com outras crianças é uma contribuição de enorme 
            valia. Aliás é de se notar que ninguém se entende melhor com uma 
            criança, do que outra criança. Mas esta convivência, esta participação 
            na sociedade, se defronta com uma enorme barreira. A barreira do 
            preconceito e da discriminação, que precisa ser vencida. 
Como 
            se pode imaginar, é todo um trabalho complexo, difícil, de resultados 
            lentos e bastante caro, o que pode tornar difícil ou até impossível, 
            para muitos, uma terapia adequada. 
(Do 
            livro "A Saga do Autismo" de Pedro Paulo Rocha – Fundador 
            da APARJ e da ABRA e presidente da APARJ) Reprodução autorizada 
            desde que seja citada a fonte e o autor. 
Mundo colorido… e perigoso
 Quando resolvemos voltar a escrever artigos por aqui, pensei em 
escrever sobre corantes. Sabia sobre algumas informações porem não sabia
 do peso na consciência que eu ficaria ao fazer este post. Como 
publicitária, admito que as cores, as embalagens e a comunicação feita 
para vender esses produtos tem um poder muito grande para que as 
crianças escolham o alimento industrializado ao invés de um alimento 
natural. Estava comentando com a Luiza sobre algumas balas japonsesas 
que chupamos outro dia lá em casa. Léo trouxe várias de São Paulo, a 
maioria coloridas mas um pacote em especial nos chamou atenção. É esse 
da foto. Eu e Luiza, infelizmente amamos bala. Papai sempre comeu muito 
doce e mamãe, acreditem, não chupa bala e nem gosta de chocolate. Os 
filhos puxaram o pai, menos o Lu, que por enquanto não se interessa 
(ainda bem). Como sempre estamos lendo artigos de nutrição, sabemos dos 
malefícios desses industrializados e estamos evitando ao máximo. Por 
isso ficamos super felizes com essa bala de lichia.  A embalagem é linda
 (somos fãs do Japão) e quando você abre, cada bala vem embaladinha, com
 as cores do pacote. Visualmente é 10 porque desperta a vontade de 
chupar a bala maaaaaaaaas quando se abre o papel da bala, tcharãããã: ela
 é branquinha: zero de corante. Muito bom! Claro que ela tem açúcar, tem
 outros aditivos químicos maléficos mas sempre penso em não ser radical 
então, num final de semana ou outro, chupar uma bala sem corante (e se 
possível sem açúcar ou aspartame) vale a pena.
Muitos devem pensar: Ah, mas as balas japonesas são caríssimas e isso
 me lembra o fato de eu estar hoje em uma loja de produtos sem leite e 
sem glutem (açúcar, milho, etc etc) que abriu em Uberaba e entrou uma 
mulher querendo produtos diet e reclamando do preço. E a vendedora 
explicando que são produtos diferenciados. Sim, tudo que é especial é 
mais caro mas vale muito a pena. Um bom exemplo são os produtos 
orgânicos: vc paga pra não consumir agrotóxico! Bom… vamos ao resumo de 
tudo que achei pela net.
 A função dos corantes é “colorir” os alimentos, fazendo com que os 
produtos industrializados tenham uma aparência mais parecida com os 
produtos naturais e mais agradável, portanto, aos olhos do consumidor. 
Eles são extremamente comuns, já que a cor e a aparência tem um papel 
importantíssimo na aceitação dos produtos pelo consumidor. Uma gelatina 
de morango, por exemplo, que fosse transparente não faria sucesso. Um 
refrigerante sabor laranja sem corantes ficaria com a aparência de água 
pura com gás, o que faria que parecesse mais artificial, dificultando 
sua aceitação. É inegável que uma bebida com sabor e cor de laranja é 
muito mais agradável de beber do que uma bebida incolor com gosto de 
laranja.
 No Brasil a regulamentação do uso de aditivos para alimentos, inclusive
 corantes, é realizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária 
(ANVISA).O Decreto n. 50. 040 de 24 de janeiro de 1961 foi a primeira norma técnica de regulação do emprego dos aditivos químicos em alimentos.
A resolução CNNPA n. 44 estabeleceu as condições gerais de elaboração, classificação, apresentação, designação, composição e fatores essenciais de qualidade dos corantes empregados na produção de alimentos e bebidas.
Pela legislação atual através das resoluções n. 382 e 388 da ANVISA, no Brasil é permitido o uso de 11 corantes artificiais, sendo eles:
A literatura científica, aponta os cuidados com a ingestão dos 
sintéticos, a despeito do ainda grande uso deles pelos produtores de 
alimentos e bebidas processadas. Esses corantes são pigmentos ou tintas 
sintéticas do grupo azóico, sendo a maior parte delas sintetizada a 
partir do alcatrão do carvão mineral. Pois bem: sabe-se que 20% da 
população é alérgica a esses corantes artificiais. Em comum, trata-se de
 pessoas também alérgicas à aspirina (ácido acetilsalicílico), um 
universo formado principalmente por adultos de meia idade, com maior 
incidência no sexo feminino.
 Além desse grupo, também podem ser afetados pela ingestão desses 
corantes os asmáticos e convalescentes de eczema. Há estudos ainda que 
associam os corantes azo com casos de hiperatividade em crianças, 
urticária, indisposição gástrica e vômitos. Logicamente, a quantidade 
dos corantes sintéticos em produtos não é muito grande (em frações 
médias de 0,01%), mas preocupa os especialistas a freqüência com o 
expressivo consumo diário nos mais variados alimentos e bebidas, desde 
balas, laticínios, sobremesas até refrigerantes e sucos.
As pesquisas, além de alertar sobre os limites de tolerância dos 
corantes permitidos, já fizeram vários sintéticos serem proibidos pela 
maior parte dos países. A publicação de estudos do Codex Alimentarius, 
órgão ligado à Organização Mundial da Saúde (OMS), já fundamentou a 
banição de alguns corantes por ministérios da saúde de todo o mundo, 
inclusive o brasileiro. Foram proibidos, por exemplo, o amarelo sólido, 
até então muito empregado em gelatinas; o laranja GGN, usado em pós para
 sorvetes; o vermelho sólido, para recheios e revestimentos de 
biscoitos; o azul de alizarina, corante em óleos emulsionados e 
gelatinas; e o escarlate GN, com uso em recheios de confeitarias.
 Tais proibições devem se acelerar no futuro. Os Estados Unidos, onde 
apenas cinco sintéticos são permitidos, e o Japão já alertaram suas 
indústrias de que pretendem bani-los na próxima década. A Austrália e os
 países escandinavos também possuem leis restritivas aos corantes 
sintéticos e o mesmo deve ocorrer nos demais países europeus, que por 
vocação dão preferência a produtos naturais.
No momento, a legislação brasileira, atualizada com boa parte das 
leis internacionais e seguindo as recomendações multilaterais da FAO 
(Food and Agriculture Organization), permite oito sintéticos e mais 
cinco sintéticos idênticos aos naturais (betacaroteno, beta-apo 8’ 
carotenal, éster etílico do ácido beta-apo 8 carotenóico, riboflavina e 
xantofila). A permissão é condicionada à indicação nos rótulos sobre a 
sua condição sintética e sobre a ingestão diária aceitável.
O fato destes corantes sintéticos serem permitidos, porém, não anula 
seus efeitos adversos, que embora não sejam divulgados na embalagem 
estão disponíveis em artigos científicos.
Por mais que os industrializados estejam condizentes com o tanto de 
corante aceitável pela ANVISA, devemos rever nossos hábitos pois 
acabamos consumindo diversos produtos, o que ultrapassa a cota 
permitida. Se uma pessoa consumir uma gelatina de morango, por exemplo, 
ela não pode consumir mais nenhum grama de corante naquele dia e 
infelizmente existem refrigerantes, isotônicos, salgadinhos, balas, 
doces em geral, bolachas, macarrão, temperos entre outros expostos e 
chamando nossa atenção. Além de serem visualmente interessantes, são 
práticos. Mas, agora que vocês sabem dos efeitos colaterais, percebem 
que os corantes que dão vida aos produtos e tiram nossa qualidade de 
vida e de nossas crianças e adolescentes. Leiam os rótulos e evitem, 
sempre, produtos industrializados. Vá para a cozinha e prepare 
saborosíssimos doces, sobremesas, iogurtes com frutas e faça lanches 
escolares e festas infantis naturais e mais saudáveis!
Para facilitar sua vida, compre frutas e verduras, lave bem e corte 
em cubinhos e guarde-os cortados. Quando for preparar ou ingerir, tá 
prontinho! Sabe que o post deu a idéia para um “Fique a dica”. Confiram o
 post abaixo!
Para concluir, fiquem com o vídeo abaixo. Achei o vídeo muito bem feito e explicativo!
Como já falamos várias vezes aqui no blog, as pessoas que estão 
autistas são muito sensíveis pois têm seu sistema imunológico afetado e o
 intestino na maioria dos casos não funciona como o de uma pessoa 
neurotípica.  Corantes, como pudemos ler aqui, deixa as pessoas agitadas
 (e o que menos queremos para nossos meninos é isso né?), possuem muitas
 químicas, dentre eles o iodo, além de atrapalharem o sono (alguns de 
nossos meninos já tem distúrbio do sono e pra que piorar essa siuação?).
  Vamos cuidar da saúde de quem amamos e as pessoas com autismo vieram 
na nossa vida para nos mostrar o quanto uma alimentação saudável é 
importante! Como escutei em uma palestra uma vez: os que estão autistas 
são a ponta do iceberg… eles nos mostram, por serem mais sensíveis, o 
que faz mal pra todo mundo. Vamos mudar nossos hábitos pra melhor! Isso 
vale pra família toda! 









