O autismo é uma doença que vêm freqüentemente crescendo e há
fortes indícios que seria por causa de fatores ambientais, já que a
proporção desse aumento não pode ser justificado apenas pela genética,
pois alterações genéticas sempre mantém a mesma proporção.
Muitos estudos, então, vêm tentando desvendar outros fatores que
levam ao aparecimento desta doença. Dentre as alterações que
constantemente aparecem em autistas estão alterações gastrintestinais,
como a má digestão de certos alimentos, hiperpermeabilidade intestinal, o
que facilita a passagem de alimentos mal digeridos pelo intestino,
alcançando a corrente sanguínea, desencadeando reações alérgicas, e /ou
inflamatórias, que ativam o nosso sistema imunológico.
O sistema imunológico é o segundo pilar que deve ser estudado quando
se trata de autismo, que pode ser modulado, através de nutrientes, além
de outras alternativas, como tratamentos antifúngicos, extremamente
relacionados com esta patologia. E em terceiro lugar temos as alterações
no sistema cerebral, que pode ser influenciado pelos outros fatores já
descritos.
A desintoxicação de metais pesados também parece ser extremamente
necessária em pacientes autistas, então, este deve ser mais uma linha de
pesquisa na busca do tratamento destes pacientes.
Quando se pensa em nutrição para autistas dependerá muito das causas,
história do desenvolvimento dos sintomas, se foi após uso de
antibióticos, se foi após alguns tipos de vacinas, ou se não houve
motivo aparente. Então o tratamento nutricional destes pacientes deve
ser muito individualizado, e de preferência, depende de uma série de
exames para identificação desde alergias alimentares (nunca desprezando
sintomas clínicos), até a presença de crescimento de fungos no intestino
e/ou aumento de toxinas ou compostos análogos (parecidos com os que
encontramos normalmente no organismo), mas que interrompem ou prejudicam
as vias metabólicas normais destes indivíduos.
Os alimentos que foram mais relacionados com o autismo são os que
possuem glúten (trigo, cevada, centeio, aveia) e caseína (laticínios),
mas outros também podem ser prejudiciais dependendo da individualidade
bioquímica, como: ovos, tomate, berinjela, abacate, pimenta soja, milho e
nozes.
Devem ser evitados aditivos químicos como os corantes, conservantes,
nitratos, sódio e adoçantes. Portanto, evitar o consumo de alimentos
industrializados e procurar uma alimentação rica em frutas, verduras,
grãos integrais e legumes. Além disso, é importante evitar consumir
cafeína e nem bebidas alcoólicas.
Procurar manter os níveis de glicose no nosso sangue constantes, pois
é importante para a função cerebral. Para isso, consumir alimentos a
cada 3 horas em pequenas quantidades, assim, o organismo tem suprimento
constante de energia e não vai ter picos e nem quedas de glicose ao
longo do dia.
Uma dieta antioxidante que ajudará a eliminar as toxinas e nutrir o
organismo, além de manter glicemia é fundamental. Estas condutas também
auxiliarão no bom funcionamento do intestino que é fundamental nestes
pacientes, tanto para melhorar a sensibilidade alimentar, quanto para
diminuir hiperpermeabilidade intestinal e melhor a imunidade. A
utilização de produtos antifúngicos também pela nutrição é de grande
valia.
Com isso, podemos perceber que invariavelmente a nutrição está
envolvida com o tratamento do autismo, sendo que, muitos profissionais
acreditam que a nutrição individualizada nestes pacientes deve vir antes
de outras alternativas, tanto pela sua melhora do quadro, quanto por
preparar o organismo para responder melhor aos outros tipos de
tratamentos.
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