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sexta-feira, 27 de setembro de 2013

ALIMENTAÇÃO ADEQUADA PODE AJUDAR AS CRIANÇAS AUTISTAS

O Autismo  Infantil pode ser tratado com uma ampla variedade de terapias, tendo diferentes graus de êxito. Não existe uma origem única dos problemas vistos no autismo, mas hoje ele é tratado como uma doença multifatorial, com muitos fenótipos ou subgrupos, de aspecto imunológico, ambiental e genético.

Podemos citar a relação do autismo com o trato gastrointestinal, a sensibilidade ao glúten e caseína, ao sistema imune, aos erros inatos do metabolismo e a toxicidade por metais pesados e xenobióticos. É uma desordem complexa com muitos fatores etiológicos.

E a nutrição é um importante contribuinte para amenizar as características e os sintomas das desordens autísticas, ocorrendo melhora significativa na sociabilidade e comunicação das crianças. A alimentação adequada pode minimizar seus problemas melhorando a qualidade de vida da criança e de seus familiares.

O cardápio dos pequenos não pode ser comum a todos: deve-se respeitar a individualidade de cada criança, para garantir uma nutrição adequada e balanceada, com alimentos ricos em nutrientes que levem à produção de substâncias químicas necessárias para o funcionamento cerebral, assim como aquelas que são necessárias para que o organismo produza internamente outras substâncias químicas, enzimas e hormônios, retirando-se possíveis alimentos alergênicos, alimentos industrializados, açúcar e aditivos químicos em geral.

Ou seja, nada de corantes, conservantes, alimentos industrializados, açúcar, soja, leite e derivados, produtos com trigo, aveia, cevada, centeio e glutamato monossódico. A dieta isenta de caseína (tipo de proteína encontrada no leite e derivados) e do glúten (proteína encontrada em alguns cereais), favorece as crianças que estejam dentro do espectro autístico, pois os peptídeos (resultantes do processamento de proteínas) derivados da caseína e do glúten apresentam similares opióides (substâncias naturais ou sintéticas derivadas do ópio) que afetam os neurotransmissores no sistema nervoso central (SNC). Além de promoverem efeitos como a redução do número de células nervosas do SNC e a inibição de alguns neurotransmissores, causando alterações comportamentais.

Além da dieta existem suplementos que podem ajudar a controlar ou minimizar os sintomas do espectro autístico, como vitaminas, minerais, ômega 3, probióticos, antifúngicos e enzimas digestivas, mas sempre devemos analisar as necessidades individuais de cada criança.

E segue um alerta aos pais e educadores: Leiam sempre os rótulos, é muito importante identificar a presença de ingredientes que podem ocasionar uma piora nos sinais e sintomas das crianças, principalmente naquelas que apresentam alguma intolerância ou alergia alimentar.

Priscila Bongiovani Spiandorello  - Nutricionista Clínica – CRN3 8679
Pós-Graduada em Nutrição Clínica Funcional; Membro da Academia Brasileira de Saúde Ambiental e Associada ao Centro Brasileiro de Nutrição Funcional.
http://priscilaspiandorello.wordpress.com
prspiandorello@gmail.com.br

Um comentário:

  1. Onde estão as referencias cientificas de que essa alimentação realmente ocasionará em uma melhora?

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