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quarta-feira, 26 de setembro de 2012
segunda-feira, 24 de setembro de 2012
SON RISE - Estratégias para colocar já em prática , quando a criança grita, chora, bate e atira objectos
Quando a Criança grita, chora, bate e atira objectos, etc
Princípios Orientadores:
As Crianças usam estes comportamentos porque funcionam. Se a criança estiver a gritar, é porque aprendeu que essa é a maneira de obter o que quer. Se este comportamento já não se verificar útil, deixará de o usar.
Todas as crianças e adultos fazem o melhor que podem. Por variadas razões, neste momento, a criança não consegue encontrar outra maneira de o fazer. Se conseguisse, fazia-o.
As nossas reacções têm um papel vital para encorajar ou diminuir estes comportamentos.
Aplicar os Princípios:
Não tenha reacção. Mantenha a sua expressão facial e o tom de voz inexpressivos (i.e., não franza a testa, grite, sorria, etc.). Mova-se sempre lentamente e em silêncio durante esse tempo, assim minimiza a sua reacção, e consequentemente, já não ira encorajar estes comportamentos.
Em vez de tentar ignorar estes comportamentos, explique numa voz calma e terna, que não percebe quando a sua criança tenta comunicar consigo desta forma. Mesmo que a sua criança não fale, a sua explicação será útil, tanto no conteúdo como no tom.
Evite dar a "recompensa" que a sua criança quer. Se der a à sua criança o que ela quer quando grita, está a ensinar-lhe que essa é uma maneira eficaz de comunicação.
Cuide de si. Minimizar reacções não quer dizer que vai deixar que a sua criança lhe bata ou lhe belisque. Tente pôr uma almofada à sua frente de maneira a que o proteja e lentamente mova-se para outro sítio.
Ofereça uma alternativa. Se a sua criança lhe está a puxar o cabelo, dê-lhe antes uma corda para puxar. Se estiver a atirar-lhe com peças, ofereça-lhe antes uma almofada ou um peluche para atirar.
Expresse reacções substanciais de celebração cada vez que a sua criança for gentil e faça pedidos da maneira como você prefere.
Mova-se rapidamente quando lhe pedirem algo de forma querida ou clara para que assim lhe mostre o contraste destes tipos de comunicação.
https://www.facebook.com/notes/vencer-autismo/son-rise-estrat%C3%A9gias-para-colocar-j%C3%A1-em-pr%C3%A1tica-quando-a-crian%C3%A7a-grita-chora-bat/193951810656541
sábado, 22 de setembro de 2012
AUTISMO E TDAH – A causa de distúrbios comportamentais
A importância da retirada do glúten e do leite e seus derivados
Infelizmente ainda existem muitos indivíduos sejam eles pais ou
profissionais da saúde que não acreditam no Tratamento Biomédico. Na
influência dos alimentos e suplementos nutricionais no comportamento de
autistas e TDAH. Parece ser mais simples, dar medicações paliativas que
amenizem ou mascarem os sintomas mas que não tratam a causa orgânica do
problema.
AUTISMO E TDAH – CAUSAS DE DISTÚRBIOS COMPORTAMENTAIS
Suscetibilidade Genética: Existe alta incidência familiar indicando a
possibilidade de fatores hereditários. Porém o aumento na incidência de
distúrbios de comportamento, não justifica o fator genético como única
causa. O autismo por exemplo teve um aumento de mais de 1000% em 30
anos.
Fatores ambientais: Poluição ambiental (químicos, plásticos,
inalantes, cosméticos, produtos de limpeza entre outros e
hipersensibilidades ambientais, especialmente a neurotoxinas, corantes
de alimentos e aditivos químicos. A absorção, deposição e excreção de
metais tóxicos do organismo, dependem principalmente da adequação
nutricional, que envolve também o controle e tratamento da
permeabilidade intestinal, da microbiota intestinal, que pode inibir a
absorçào de alguns metais pesados que brando a sua ligaçãso, como é o
caso do mercúrio por exemplo, do sistema imunológico e da nossa
capacidade de detoxificação. O sistema de detocificação hepática de
quem tem sintomas relacionados ao AUTISMO e TDAH, normalmente não
funcionam bem. Desta forma, eles tem dificuldade de eliminar os metais
pesados e as toxinas ambientais. A exposição a esses elementos, pode ser
mais um fator que predispõe a um aumento de proliferação fúngica. Os
metais, inibem a ação da enzima mieloperoxidase dos leucócitos, que é
uma enzima responsável pela produção do íon hipoclorito, uma das
principais defesas orgânicas contra a Cândida.
Um fator muito importante, é o desequilíbrio da metalationeína. Uma
das hipóteses causais é que possa existir uma suscetibilidade genética e
desequilíbrios da metalationeína (MT), que é uma proteína que contém
zinco não enzimático, cobre e participa da absorção do zinco e da sua
distribuição celular. Diminuindo os agressores ambientais e adequando a
matéria-prima que forma a MT como: glutationa, selênio, NAC, vitamina B6
na forma de piridoxal-5-fosfato, vitaminas D, A, C e E, entre outras,
pode-se prevenir desequilibrios da MT.
Funções da Metalationeína:
- Controla zinco (Zn) e cobre (Cu) no organismo
- Melhora a função imunológica
- Distribui o zinco para as células
- Desenvolvimento neuronal
- Detoxificação de metais pesados
- Maturação do tyrato gastrointestinal
- Função antioxidante
A carência de MT pode gerar:
- Dificuldade em eliminar metais tóxicos
- Dificuldade em combater fungos
- Alteração da permeabilidade intestinal (hiperpermeabilidade intestinal)
- Redução de ácido clorídrico
- Desequilibrio do sistema imune
- Diminuição do estímulo do pâncreas pela secretina
- Má digestão de caseína e glúten (as enzimas que digerem essas proteínas são dependentes de zinco)
Os peptídeos do glúten e da caseína além de causar processos
alérgicos e aumento de processos inflamatórios causados por
macromoléculas resultantes de má digestão dessas proteínas, também atuam
como opióides podendo reagir com receptores de opióides naturais do
organismo como as encefalinas e endorfinas, mimetizando os efeitos de
drogas opióides como a morfina e heroína. Esse é um dos fatores pelo
qual o trigo e o leite podem causar dependência.
A caseomorfina (proteína do leite) e a gluteomorfina (proteína do
glúten) reagem com áreas do cérebro como o lobo temporal envolvido na
fala e na integração auditiva, podendo afetar a aprendizagem, a função
imunológica, a interação social, as funções motora e sensorial. Alguns
pais sentem pena de retirarem estes alimentos de seus filhos pois alegam
que eles só gostam desse tipo de alimentação, muitas das vezes se
negando a aceitarem outros tipos de alimentos, mas não sabem o quanto
mal isso pode estar fazendo. Na verdade, esses sintomas ocorrem pois
esses alimentos viciam e assim como as drogas, num primeiro momento, dão
sensação de bem estar.
Segundo o Dr.William Shaw, a gluteomorfina tem sido avaliada pela espectrometria de massa e está presente nos AUTISTAS.
A incapacidade de quebrar esses peptídeos pode indicar uma
deficiência genética, bastante comum nos autistas, uma deficiência da
enzima dipeptil peptidase (DPPIV). A DPPIV tem a função de quebrar
principalmente a caseomorfina e a gluteomorfina. Cada molécula desses
opióides deveriam ser processadas duas vezes pela enzima DPPIV. Após a
remoção de dois peptídeos na posição da prolina, sobra um tripeptídeo
com a prolina na posição central. Estes, são grandes inibidores da DPPIV
fazendo com que estas enzimas sejam desativadas. Portanto, quando essa
enzima quebra as proteínas do glúten e da caseína, ela sofre um processo
de autodestruição, inibindo várias outras funções da DPPIV, como a
quebra de outros peptídeos regulatórios gastrointestinais importantes na
ativação e desativação dos mesmos interferindo nas suas funções. Assim,
o DPPIV, regula peptídeos que influenciam em vários tipos de
comportamentos e funções fisiológicas, como função digestiva, fome,
sede, saciedade, dor, crescimento, percepção ao toque, controle de
fungos, metabolismo do cálcio, função imunológica, secreção pancreática
quando estimulada pela secretina. Isso vem explicar porque o consumo do
glúten e do leite e seus derivados provocam direta e indiretamente
inúmeros desequilíbrios nas funções bioquímicas, levando a sintomas
físicos, mentais e emocionais.
–
Dra.Jaqueline Araujo
CRN4 11101020
Nutricionista Clínica Funcional e Ortomolecular
Especialista no Tratamento Biomédico do Autismo
CRN4 11101020
Nutricionista Clínica Funcional e Ortomolecular
Especialista no Tratamento Biomédico do Autismo
Consultório:
Av.das Américas, 500 Bl.21 sl.247
Barra da Tijuca – RJ
(21)3153-7561 / (21)8031-9993
Moderadora do grupo: Tratamento do Autismo no facebook
Facebook: http://www.facebook.com/jaqueline.araujo1
Av.das Américas, 500 Bl.21 sl.247
Barra da Tijuca – RJ
(21)3153-7561 / (21)8031-9993
Moderadora do grupo: Tratamento do Autismo no facebook
Facebook: http://www.facebook.com/jaqueline.araujo1
O “não” e a autoestima da criança autista
Relembrar é viver. Outro dia, estava falando com meu marido sobre o
primeiro médico que diagnosticou o Theo: um psiquiatra-infantil-estrela,
com jeitão de doido, ego inflado e verborrágico.
No meio de tanta informação, mandou essa: “não fiquem falando ‘não’
pra esse menino. Tem várias formas de se dizer não. Ao invés de falar
‘não suba aí’, vocês podem dizer ‘vem aqui na mamãe’”.
Fiquei irritadíssima por dois motivos:
1) Pra mim, dizer “não” era colocar limites…ou, pelo menos, foi assim que eu aprendi;
2) O cara me joga a notícia de que tenho um filho autista e, depois,
vem discutir o que pra mim era, puramente, uma questão semântica??
Ok. Passou. Até que, alguns meses atrás, o terapeuta Eric Hamblen
esteve no Brasil e falou para um grupo de pais em São Paulo. Dentre as
coisas que me marcaram, ele falou do papel dos pais na formação da
autoestima da criança autista. Não vou entrar em nenhuma vibe
psicanalítica aqui…não se preocupe. Mas, o que ele disse faz total
sentido: nossas crianças não se comportam de forma adequada (ou
esperada) muitas, MUITAS vezes ao dia. Por consequência, ouvem milhares
de “nãos” a mais que as crianças neurotípicas.
E aqui vão alguns exemplos (pessoais…):
- “Não pegue isso”
- “Não jogue isso”
- “Não suba aí”
- “Não corra pra longe assim”
- “Não tire os sapatos”
- “Não grite”
- “Não ponha isso na boca”
- “Não sente no chão”
- “Não bata no peito assim”
- “Não mexa nisso”
- “NÃO NÃO NÃO….”
Pois é…e qual impressão isso passa pra essas crianças?
Principalmente, a impressão de que são incompetentes. De que não fazem
nada certo. De que não conseguem nunca agradar aos pais. De que não são
como os pais gostariam que elas fossem. Impacto direto e fulminante na
autoestima.
Sinto dizer que o médico maluco tinha razão nesse ponto. Uma forma
útil de atenuarmos isso tudo é trocarmos o “não” por uma ordem
contrária. Ao invés de “não suba”, que tal “desça”? Ao invés de “não
pegue isso”, que tal “legal que você pegou isso, traz pra mamãe”?
Limites são necessários, sim. Corrigir comportamentos inadequados,
também. Mas será que não podemos fazer isso de uma forma que impacte
menos os nossos seres tão frágeis e sensíveis?
E tem mais. Juro que tenho tentado praticar essa parte, que considero extremamente difícil! Segundo a querida Marie Dorion Schenk,
que é a mãe com mais experiência (e cursos) em autismo que eu conheço,
para cada “não” ou bronca que você dá na criança, tem que encontrar NOVE
elogios pra compensar. Ufa! Rapaz…NOVE! Que tal esse desafio pra
semana?
Pra terminar, uma frase que compartilhei no Facebook ontem. E que, pelo menos pra mim, faz muito sentido!
Autismo Infantil
Em 1943, o autismo foi conceituado pela
primeira vez por Leo Kanner, como uma doença da linha
das psicoses, caracterizada por isolamento extremo, alterações
de linguagem representadas pela ausência de finalidade
comunicativa, rituais do tipo obsessivo com tendência a
mesmice e movimentos estereotipados. Nessa abordagem, a doença
tinha suas origens em problemas das primeiras relações
afetivas entre mãe e filho, que comprometiam o contato
social, idéia extremamente difundida até meados
dos anos 70. Hoje, essa doença é definida como
um conjunto de sintomas de base orgânica, com implicações
neurológicas e genéticas. Atualmente, o autismo é
uma área de intenso interesse, em que diferentes
estudos se estabelecem e promovem desde alterações
conceituais até modificações terapêuticas
de fundamental importância.
O autismo é descrito
como uma síndrome comportamental com causas múltiplas,
decorrente de um distúrbio de desenvolvimento. É
caracterizado por déficit na interação
social, ou seja, inabilidade para se relacionar com o outro,
usualmente combinado com déficit de linguagem e alterações
de comportamento. Os sinais e sintomas aparecem antes dos 3
anos de idade e, em cada 10.000 crianças, de quatro a
cinco apresentam a doença, com predomínio em
indivíduos do sexo masculino (3:1 ou 4:1).
Quais são as
causas do autismo? As causas
do autismo são desconhecidas mas diversas doenças
neurológicas e/ou genéticas foram descritas com
sintomas do autismo. Problemas cromossômicos, gênicos,
metabólicos e mesmo doenças
transmitidas/adquiridas durante a gestação,
durante ou após o parto, podem estar associados
diretamente ao autismo. Entre 75 a 80% das crianças
autistas apresentam algum grau de retardo mental, que pode
estar relacionado aos mais diversos fatores biológicos.
Portanto, a evidência de que o autismo tem suas causas
em fatores biológicos é indiscutível,
fazendo-nos reconsiderar a idéia inicial de ligarmos o
quadro de autismo a alterações nas primeiras
relações mãe-filho.
Podemos listar uma série grande de doenças
das mais diferentes ordens envolvidas nos quadros autísticos:
- Infecções pré-natais - rubéola congênita, sífilis congênita, toxoplasmose, citomegaloviroses;
- Hipóxia neo-natal (deficiência de oxigênio no cérebro durante o parto);
- Infecções pós-natais - herpes simplex;
- Déficits sensoriais - dificuldade visual (degeneração de retina) ou diminuição da audição (hipoacusia) intensa;
- Espasmos infantis - Síndrome de West;
- Doenças degenerativas - Doença de Tay-Sachs;
- Doenças gênicas - fenilcetonúria, esclerose tuberosa, neurofibromatose, Síndromes de Cornélia De Lange, Willians, Moebius, Mucopolissacaridoses, Zunich;
- Alterações cromossômicas - Síndrome de Down ou Síndrome do X frágil (a mais importante das doenças genéticas associadas ao autismo), bem como alterações estruturais expressas por deleções, translocações, cromossomas em anel e outras;
- Intoxicações diversas.
A criança autista prefere o isolamento. O autismo é
caracterizado por diversos distúrbios:
- de percepção, como por exemplo dificuldades para entender o que ouve;
- de desenvolvimento, principalmente nas esferas motoras, da linguagem e social;
- de relacionamento social, expresso principalmente através do olhar, da ausência do sorriso social, do movimento antecipatório e do contato físico;
- de fala e de linguagem que variam do mutismo total: à inversão pronominal (utilização do você para referir-se a si próprio), repetição involuntária de palavras ou frases que ouviu (ecocalia); e
- movimento caracterizado por maneirismos e movimentos estereotipados.
Hoje, o tratamento do autismo não se prende a uma única
terapêutica. O uso de medicamentos, que antes
desempenhava um papel de fundamental importância no
tratamento (devido à crença da relação
do autismo com os quadros psicóticos do adulto), passa
a ter a função de apenas aliviar os sintomas do
autista para que outras abordagens, como a reabilitação
e a educação especial, possam ser adotadas e
tenham resultados eficazes.
As principais drogas que podem ser utilizadas no tratamento
são:
- Os neurolépticos, utilizados para reduzir os sintomas do austismo. Têm uma resposta geral boa e conseqüente melhoria do aprendizado, embora possa apresentar efeitos colaterais como sedação excessiva, reações distônicas (rigidez mulcular), discinesia (alteração do movimento muscular) e efeitos parkinsonianos (tremor);
- As anfetaminas, utilizadas na tentativa de diminuir a hiperatividade e melhorar a atenção, mas têm como efeitos colaterais o aparecimento de excitação motora, a irritabilidade e a diminuição do apetite;
- Os Anti-opióides, utilizados no tratamento de dependência a drogas, têm sua ação principalmente em quadros de auto-agressividade. Provoca tranquilização, diminuição da hiperatividade, da impulsividade, da repetição persistente de atos, palavras ou frases sem sentido (estereotipias) e da agressividade, causando como efeito colateral a hipoatividade.
A utilização de complexos vitamínicos
como a Vitamina B6 associada ao Aspartato de Magnésio,
bem como o uso de Ácido Fólico, embora descritos
por diversos autores, apresenta aspectos e resultados
conflitantes.
A propostas de reabilitação substituem os
modelos psicoterápicos de base analítica das décadas
de 50 e 60, quando a doença era considerada uma conseqüência
de distúrbio afetivo. Esses modelos de reabilitação
podem então ser caracterizados como: ·
- Modificação de comportamento;
- Terapia de "Holding";
- Aproximação direta do paciente;
- Comunicação facilitada; ·
- Técnicas de integração sensorial; e
- Treino auditivo.
Dentre os modelos educacionais para o autista, o mais
importante, neste momento, é o método TEACCH,
desenvolvido pela Universidade da Carolina do Norte e que tem
como postulados básicos de sua filosofia:
- a) propiciar o desenvolvimento adequado e compatível com as potencialidades e a faixa etária do paciente;
- b) funcionalidade (aquisição de habilidades que tenham função prática);
- c) independência (desenvolvimento de capacidades que permitam maior autonomia possível);
- d) integração de prioridades entre família e programa, ou seja, objetivos a serem alcançados devem ser únicos e a estratégias adotadas devem ser uniformes.
Dentro desse modelo, é estabelecido um plano terapêutico
individual, onde é definida uma programação
diária para a criança autista. O aprendizado
parte de objetos concretos e passa gradativamente para modelos
representacionais e simbólicos, de acordo com as
possibilidades do paciente.
Schwartzman, J. S.; Assumpção Jr. F.B. -
Autismo Infantil. Mennon Eds.; São Paulo, 1995.
Assumpção Jr. F.B. - Transtornos Invasivos do
Desenvolvimento Infantil. Lemos Ed., São Paulo; 1997.
Gauderer, C. - Autismo, década de 80. Sarvier, São
Paulo; 1985.
Ritvo, E.E. - Autism: diagnosis, current research and
management. Spectrum Pub. Inc., 1976.
Kanner, L. - Childhood Psychosis. John Wiley & Sons, New
York, 1973.
Peeters, T. - L`autisme: de la commpréhension à
l´intervention. Dunod, Paris, 1996.
Barthelemy, C.; Hameury, L.; Lelord, G. - L`autisme de
l`enfant. Expansion Scientifique Française, Paris,
1995.
Volkmar, F.R. - Psychoses and Pervasive Developmental
Disorders in Dhildhood and Adolescence; Amerin Psychiatric
Hess Inc., Washington, 1996.
sexta-feira, 21 de setembro de 2012
quinta-feira, 20 de setembro de 2012
quarta-feira, 19 de setembro de 2012
Autismo atinge mais de dois milhões de brasileiros
A doença atinge 60 milhões em todo o mundo. No
Brasil, são dois milhões de pessoas que sofrem de autismo. O transtorno
atinge o cérebro na região das conexões entre os neurônios.
http://r7.com/Btpk
CÉREBROS DE CRIANÇAS DE CRIANÇAS AUTISTAS TÊM MAIS NEURÔNIOS?
As crianças autistas têm mais neurônios e apresentam um cérebro mais
pesado que as demais, revela um estudo publicado nesta terça-feira (8)
no Journal of the American Medical Association (JAMA). O estudo, baseado
em análises de cérebros de crianças autistas falecidas, sugere que a
anomalía na zona pré-frontal do cérebro pode ter origem no útero,
destacam seus autores.
Os cientistas examinaram os cérebros de
sete crianças autistas, com idade entre 2 e 16 anos, a maioria morta por
afogamento. Ao comparar os cérebros dos autistas com os de outras
crianças, a maioria morta em acidentes de trânsito, os pesquisadores
encontraram 67% mais neurônios no córtex pré-frontal e 17,7% mais peso,
em média, no primeiro grupo.
"Já
que os neurônios corticais não são gerados após o nascimento, este
aumento patológico no número de neurônios em crianças autistas indica
causas pré-natais", destaca o estudo. O córtex pré-frontal é responsável
pela linguagem, comunicação e comportamentos como o ânimo, a atenção e
as habilidades sociais. Habitualmente, as crianças autistas têm
problemas nestas áreas.
"Os fatores que normalmente organizam o
cérebro parecem estar desconectados", destacam Janet Lainhart, da
Universidade de Utah, e Nicholas Lange, da faculdade de Medicina e Saúde
Pública de Harvard
"Devido ao fato de que os neurônios em
todas as zonas do cérebro, exceto no bulbo olfativo e no hipocampo, são
gerados antes do nascimento, estas descobertas se somam à crescente
evidência biológica de que a neuropatologia do desenvolvimento do
autismo começa antes do nascimento, possivelmente em todos os casos".
Estudos prévios sugeriam que os sinais clínicos do autismo tendem a
convergir com um período de crescimento anormal da cabeça e do cérebro
que começa a ser evidente entre os nove e os 18 meses.
O
autismo inclui um amplo espectro de diferentes desenvolvimentos, desde a
dificuldade para as relações sociais até a incapacidade de comunicação,
passando pela execução de movimentos repetitivos, extrema sensibilidade
a certas luzes e sons e problemas de comportamento.
FONTE:
http://noticias.uol.com.br/ saude/ultimas-noticias/afp/ 2011/11/08/ cerebros-de-criancas-autistas-t em-mais-neuronios-diz-estudo.h tm
"Já que os neurônios corticais não são gerados após o nascimento, este aumento patológico no número de neurônios em crianças autistas indica causas pré-natais", destaca o estudo. O córtex pré-frontal é responsável pela linguagem, comunicação e comportamentos como o ânimo, a atenção e as habilidades sociais. Habitualmente, as crianças autistas têm problemas nestas áreas.
"Os fatores que normalmente organizam o cérebro parecem estar desconectados", destacam Janet Lainhart, da Universidade de Utah, e Nicholas Lange, da faculdade de Medicina e Saúde Pública de Harvard
"Devido ao fato de que os neurônios em todas as zonas do cérebro, exceto no bulbo olfativo e no hipocampo, são gerados antes do nascimento, estas descobertas se somam à crescente evidência biológica de que a neuropatologia do desenvolvimento do autismo começa antes do nascimento, possivelmente em todos os casos".
Estudos prévios sugeriam que os sinais clínicos do autismo tendem a convergir com um período de crescimento anormal da cabeça e do cérebro que começa a ser evidente entre os nove e os 18 meses.
O autismo inclui um amplo espectro de diferentes desenvolvimentos, desde a dificuldade para as relações sociais até a incapacidade de comunicação, passando pela execução de movimentos repetitivos, extrema sensibilidade a certas luzes e sons e problemas de comportamento.
FONTE:
http://noticias.uol.com.br/
terça-feira, 18 de setembro de 2012
TRANSTORNO DE HUMOR E SÍNDROME DE ASPERGER
Os critérios diagnósticos para a síndrome de Asperger (SA) não incluem
transtornos de humor, como ansiedade, depressão ou transtorno obsessivo
compulsivo. Mas muitas pessoas com SA são dominados por esses
transtornos de humor - ainda mais do que os sintomas da AS-se.
Se tantas pessoas com SA sofrem com transtornos de humor, a grande questão é - por quê?
Uma explicação razoável pode ser que as experiências de vida de pessoas
com SA levar à depressão e ansiedade. As pessoas com SA lidam todos os
dias com sobrecargas sensoriais, rejeição social, provocação, bullying, e
toda uma série de outras questões.
Não há respostas fáceis
E, de fato, os especialistas em Asperger, Dr. Tony Attwood e Dra. Judy
Reaven, concordam que a síndrome de Asperger pode criar uma vida mais
estressante, levando a transtornos de humor. Mas há mais do que isso.
Segundo o Dr. Attwood, um dos maiores especialistas do mundo sobre a
síndrome de Asperger, A percepção e regulação de emoções realmente é um
elemento central da AS. Além disso, diz ele, "Agora temos evidências
neurofisiológicas que a amígdala [a parte do cérebro] é diferente - e
está envolvido com regulação de emoções .... [Na síndrome de Asperger]
genética e fisiologia se reúnem; 2 de 3 adolescentes com AS tem um
transtorno de humor secundária - ansiedade, depressão e / ou raiva ".
Dra. Reaven Judith, da Universidade do Colorado, em Denver Health
Sciences Center confirma que crianças com transtornos do espectro do
autismo, em geral, são de alto risco para o desenvolvimento de
transtornos de ansiedade. "Os médicos e pesquisadores acreditam que nós
estamos olhando não apenas os casos de maior estresse, mas os sintomas
de ansiedade e distúrbios verdadeiros nesta população", diz ela. "Este é
um campo novo, sem um monte de bons dados ainda, mas não há evidência
que sugira que estes sintomas de ansiedade e transtornos não são apenas
relacionado a ter autismo ou apenas porque os indivíduos com transtornos
do espectro do autismo são vulneráveis ao assédio moral, provocando,
etc ., mas esses sintomas se desenvolvem muito na ansiedade, da mesma
forma se desenvolve na população em geral -., como resultado de fatores
ambientais, biológicos. Nós acreditamos que isso seja na verdade, porque
alguns dos sintomas de ansiedade que vemos são exemplos muito claros de
medos e fobias específicas , ou os sintomas clássicos de TOC ou
sintomas de ansiedade generalizada, que nós sentimos não pode ser
explicado pelo aumento do stress por si só. "
Tradução: Google
Recursos:
Entrevista com o Dr. Anthony Attwood, pesquisador, escritor e Professor
Associado da Universidade de Griffith, em Queensland, Austrália. De
maio de 2007.
Entrevista com o Dr. Judith Reaven, Diretor do
Autismo e Clínica de Distúrbios do Desenvolvimento, JFK Partners, da
Universidade do Colorado, em Denver Health Sciences Center. De maio de
2007.
Juranek J, Filipek PA, Berenji GR, Modahl C, K Osann,
Spence MA. Associação entre a amígdala volume e nível de ansiedade:
estudo de ressonância magnética (RM)
Traduzido por Google.
Fonte: http://autism.about.com/od/aspergerssyndrome/a/moodsasperger.htm
Calendários para autistas
Os
calendários são constituídos por símbolos que estão organizados de
forma sequencial e que representam atividades a realizar, auxiliando a
criança com multideficiência a compreender o que vai fazer.
Os
símbolos utilizados no calendário podem ser palavras, imagens ou objetos
e a sua escolha depende das capacidades visuais e cognitivas da
criança.
Antes de se utilizar este sistema é necessário estabelecer
rotinas diárias e conhecer as capacidades comunicativas, visuais,
motoras e cognitivas da criança.
Existem vários tipos de calendários:
* Calendário de antecipação – permite à criança antecipar os eventos ou as atividades que vão acontecer a seguir.
* Calendário diário – permite à criança conhecer as atividades que vai desenvolver ao longo do dia.
* Calendário semanal – permite à criança conhecer as atividades que vai desenvolver ao longo da semana.
* Calendário mensal – permite à criança conhecer as atividades que vai desenvolver ao longo do mês.
* Agenda – permite à criança conhecer as atividades que vai desenvolver ao longo de um conjunto de meses, período ou semestre.
Sugestões relativas ao uso de calendários:
- utilizar os calendários em vários ambientes (salas de aula, ginásio, casa...);
- conversar com a criança acerca das atividades organizadas sequencialmente;
- explicar que as atividades se realizam umas a seguir às outras;
- aumentar gradualmente a quantidade de actividades expostas no calendário;
- criar oportunidades, sempre que possível, para que a criança seleccione o objecto que deverá representar a actividade;
- utilizar o calendário para explicar a razão de determinada actividade não se realizar;
- adicionar informação em relação à atividade (por exemplo: local, com quem...);
- usar o calendário para despertar a curiosidade da criança, introduzindo novos tópicos para simbolizar novas actividades;
- utilizar o calendário para fazer perguntas, comentários, pedidos, etc. acerca das atividades realizadas.
Os
calendários são constituídos por símbolos que estão organizados de
forma sequencial e que representam atividades a realizar, auxiliando a
criança com multideficiência a compreender o que vai fazer.
Os símbolos utilizados no calendário podem ser palavras, imagens ou objetos e a sua escolha depende das capacidades visuais e cognitivas da criança.
Antes de se utilizar este sistema é necessário estabelecer rotinas diárias e conhecer as capacidades comunicativas, visuais, motoras e cognitivas da criança.
Existem vários tipos de calendários:
* Calendário de antecipação – permite à criança antecipar os eventos ou as atividades que vão acontecer a seguir.
* Calendário diário – permite à criança conhecer as atividades que vai desenvolver ao longo do dia.
* Calendário semanal – permite à criança conhecer as atividades que vai desenvolver ao longo da semana.
* Calendário mensal – permite à criança conhecer as atividades que vai desenvolver ao longo do mês.
* Agenda – permite à criança conhecer as atividades que vai desenvolver ao longo de um conjunto de meses, período ou semestre.
Sugestões relativas ao uso de calendários:
- utilizar os calendários em vários ambientes (salas de aula, ginásio, casa...);
- conversar com a criança acerca das atividades organizadas sequencialmente;
- explicar que as atividades se realizam umas a seguir às outras;
- aumentar gradualmente a quantidade de actividades expostas no calendário;
- criar oportunidades, sempre que possível, para que a criança seleccione o objecto que deverá representar a actividade;
- utilizar o calendário para explicar a razão de determinada actividade não se realizar;
- adicionar informação em relação à atividade (por exemplo: local, com quem...);
- usar o calendário para despertar a curiosidade da criança, introduzindo novos tópicos para simbolizar novas actividades;
- utilizar o calendário para fazer perguntas, comentários, pedidos, etc. acerca das atividades realizadas.
Os símbolos utilizados no calendário podem ser palavras, imagens ou objetos e a sua escolha depende das capacidades visuais e cognitivas da criança.
Antes de se utilizar este sistema é necessário estabelecer rotinas diárias e conhecer as capacidades comunicativas, visuais, motoras e cognitivas da criança.
Existem vários tipos de calendários:
* Calendário de antecipação – permite à criança antecipar os eventos ou as atividades que vão acontecer a seguir.
* Calendário diário – permite à criança conhecer as atividades que vai desenvolver ao longo do dia.
* Calendário semanal – permite à criança conhecer as atividades que vai desenvolver ao longo da semana.
* Calendário mensal – permite à criança conhecer as atividades que vai desenvolver ao longo do mês.
* Agenda – permite à criança conhecer as atividades que vai desenvolver ao longo de um conjunto de meses, período ou semestre.
Sugestões relativas ao uso de calendários:
- utilizar os calendários em vários ambientes (salas de aula, ginásio, casa...);
- conversar com a criança acerca das atividades organizadas sequencialmente;
- explicar que as atividades se realizam umas a seguir às outras;
- aumentar gradualmente a quantidade de actividades expostas no calendário;
- criar oportunidades, sempre que possível, para que a criança seleccione o objecto que deverá representar a actividade;
- utilizar o calendário para explicar a razão de determinada actividade não se realizar;
- adicionar informação em relação à atividade (por exemplo: local, com quem...);
- usar o calendário para despertar a curiosidade da criança, introduzindo novos tópicos para simbolizar novas actividades;
- utilizar o calendário para fazer perguntas, comentários, pedidos, etc. acerca das atividades realizadas.
Dicas para estimular a criança autista
DICAS PARA ESTIMULAR SEU FILHO
A seguir você verá algumas dicas que servirão para estimular seu filho.Lembre-se que são dicas gerais, adapte-as com critério para seu filho, levando em conta a idade e dificuldades dele.Se possível, converse com o terapeuta que acompanha a criança, ele poderá adaptar estas ou lhe fornecer novas dicas.
A seguir você verá algumas dicas que servirão para estimular seu filho.Lembre-se que são dicas gerais, adapte-as com critério para seu filho, levando em conta a idade e dificuldades dele.Se possível, converse com o terapeuta que acompanha a criança, ele poderá adaptar estas ou lhe fornecer novas dicas.
1 – Brincar na frente do espelho – se puder, tenha um espelho que seu filho possa se ver inteiro.Sente-se atrás de seu filho e brinque de mostrar seu cabelo, sua boca e etc.Dependendo da crinaça, você precisa segurar a mão dela e ajudá-lo a por nas partes do corpo.Faça comentários tipo, olha o ( cite o nome dele(a)) e a mamãe.Olha a mãmãe eo ( nome da criança) abraçados etc.Este exercício ajuda criar conciência do eu e os outros.
2 – Rasgar jornal.De início é comum a mãe ficar atrás da criança e segurar suas mãozinhas para pegar e rasgar jornal.Comece com pedaços grandes e vá diminuindo aos poucos.Este exercício ajuda na coordenação motora.Você pode inventar uma brincadeira no final tipo juntar os papeizinhos e jogar do alto ( chuvinha de papel!!).
3 – Brincar de massinha.Esta brincadeira auxilia a coordenação, mas normalmente os autistas estranham muito a massinha.Será preciso insistir
4 – Pintura a dedo – ótimo para estimular, você deve ir falando as cores e deixe a criança se lambuzar um pouco, dá aflição no início, mas aos poucos vai entrando nos eixos.Não jogue as artes fora.De vez em quando mostre para ele as obras que já fez!!
5 – Pegue três latas de tamanhos diferentes ( pequena, média e grande) e faça um furo na tampa de maneira a passar uma bolinhaBrinque com seu filho de por as bolinhas nas latas, reforçe sempre as palavras Graaaande, mééédia pequeeena.Depois empilhe também as latas.As bolinhas pode ser de pingue e pong que se acha nas lojas de miudezas.
6- Dance – Dançar auxilia muito as crianças, brinque de dançar com seu filho, invente passos, mesmo que ele pareça não se interessar, continue.Ponha músicas de criança, chame os irmãos ou o pai para fazer uma roda.
7 – Tente jogar bola, pode ser uma bexiga, se puder chame alguém para ajudar.Se seu filho não participa, peça para alguém ficar atrás dele e ajuda a pegar e jogar a bexiga para você.
8 – Um ambiente rico em estímulos pode ajudar, deixe o rádio ligado, numa altura média, se possível numa emissora que toque boa música brasileira, e em determinados períodos música clássica.è comum os autistas terem preferências por determinados sons, como voz mais grave, como as de locutor de fm, desta forma você estará facilitando o aprendizado do idioma, acostumando o ouvido dele a ouvir o som do português.
9 – Programas infantis como Castelo Ra Tim Bum, Mundo de Beakmann, além de educativos são ricos em estímulos.
10 – Massageie seu filho.Comece pela parte de trás, dos pés a cabeça.Na parte da frente do corpo, sentido inverso, da cabeça aos pés.Use um óleo ou creme anti alérgico, de odor suave.Fale com seu filho enquanto o massageia.Diga como seus braços, suas pernas seu corpo é forte.Diga-lhe o quanto é amado.Se quiser, ponha uma música suave de fundo.Procure fazer da massagem um ritual diário.Não precisa técnica especial, precisa ter um toque suave e firme, é quase como um carnho.Os resultados são ótimos.
11- Insista sempre, é normal seu filho não se interessar no início, talvez até ficar arredio, não se incomode e continue, deixe as brincadeiras que ele mais gosta por último, faça uma sequência e siga-a, aí ele entenderá que logo virá a parte que ele gosta.
Fonte :http://
Diferença entre Síndrome de Asperger e Autismo de Alto Funcionamento
Muito
se fala sobre a diferença entre Síndrome de Asperger (SA) e Autismo de
Alto Funcionamento (AAF). Este breve texto busca trazer algumas
contribuições sobre este assunto.
Para tentar resumir:
Nível de Funcionamento Cognitivo:
A visão de que a SA é "autismo" mas sem dificuldades de aprendizagem pode ser útil do ponto de vista do diagnóstico, já que facilita a distinção entre os quadros. Entretanto, o próprio Hans Asperger disse que podem haver situações "não usuais"em que uma pessoa pode apresentar sintomas da SA com alguma dificuldade de aprendizagem. É largamente reconhecido que no AAF o QI não pode ser inferior a 65 - 70.
Habilidades Motoras:
Nos últimos anos, a visão de que as pessoas com SA apresentam também dificuldades com coordenação motora se tornou mais forte. O próprio Hans Asperger tinha conhecimento da prevalência de dificuldades nas habilidades motoras no grupo de pacientes que ele descreveu. Parece consenso de que a maioria das crianças com SAexperienciam coordenação motora fina pobre. Entretanto, muitas crianças com AAFtambém terão dificuldades nesta área.
Desenvolvimento da Linguagem:
Esta é a área que causa maior controvérsia. Tanto o CID 10 quanto o DSM IV afirmam que para o diagnóstico de SA o desenvolvimento da linguagem deve ser normal. Crianças com AAF podem ter tido atrasos significativos no desenvolvimento da linguagem. Porém, nas descrições originais de Asperger ele relatou que peculiaridades na fala e discurso destas crianças são características chave da SA. Geralmente, o diagnóstico de SA é feito quando a criança é um pouco mais velha, e os pais podem não lembrar de detalhes do desenvolvimento da linguagem do(a) filho(a).
Idade de Início
Um diagnóstico de AAF e outro de SA podem ser dados a um mesmo indivíduo em diferentes etapas do desenvolvimento. Ocasionalmente uma criança pode receber um diagnóstico de AAF na primeira infância, e este diagnóstico pode ser mudado para SAquando ela inicia na escolarização formal. Alguns clínicos de diagnóstico são diretos em afirmar que o diagnóstico de SA não pode ser feito antes da criança iniciar a escolarização formal (primeiro ano do Ensino Fundamental). Isto acontece porque dificuldades nas habilidades sociais podem não ser ainda evidentes até que a criança tenha bastante envolvimento em situações sociais.
Fonte:autismofloripa.blogspot.com.br
http://www.autism.org.uk/about-autism/autism-and-asperger-syndrome-an-introduction/high-functioning-autism-and-asperger-syndrome-whats-the-difference.aspx
Para tentar resumir:
- Ambos os quadros são afetados pela tríade de comprometimentos (habilidades sociais, comunicação e interesses/imaginação);
- Em ambos a inteligência deve ser NO MÍNIMO dentro da normalidade, ou seja, não pode haver rebaixamento intelectual;
- A diferença principal, até o momento, nos critérios diagnósticos, é que pessoas com SA, geralmente, não apresentam atraso no desenvolvimento da linguagem (isto é, aos 3 anos a criança tem que construir frases e saber se expressar com clareza).
Nível de Funcionamento Cognitivo:
A visão de que a SA é "autismo" mas sem dificuldades de aprendizagem pode ser útil do ponto de vista do diagnóstico, já que facilita a distinção entre os quadros. Entretanto, o próprio Hans Asperger disse que podem haver situações "não usuais"em que uma pessoa pode apresentar sintomas da SA com alguma dificuldade de aprendizagem. É largamente reconhecido que no AAF o QI não pode ser inferior a 65 - 70.
Habilidades Motoras:
Nos últimos anos, a visão de que as pessoas com SA apresentam também dificuldades com coordenação motora se tornou mais forte. O próprio Hans Asperger tinha conhecimento da prevalência de dificuldades nas habilidades motoras no grupo de pacientes que ele descreveu. Parece consenso de que a maioria das crianças com SAexperienciam coordenação motora fina pobre. Entretanto, muitas crianças com AAFtambém terão dificuldades nesta área.
Desenvolvimento da Linguagem:
Esta é a área que causa maior controvérsia. Tanto o CID 10 quanto o DSM IV afirmam que para o diagnóstico de SA o desenvolvimento da linguagem deve ser normal. Crianças com AAF podem ter tido atrasos significativos no desenvolvimento da linguagem. Porém, nas descrições originais de Asperger ele relatou que peculiaridades na fala e discurso destas crianças são características chave da SA. Geralmente, o diagnóstico de SA é feito quando a criança é um pouco mais velha, e os pais podem não lembrar de detalhes do desenvolvimento da linguagem do(a) filho(a).
Idade de Início
Um diagnóstico de AAF e outro de SA podem ser dados a um mesmo indivíduo em diferentes etapas do desenvolvimento. Ocasionalmente uma criança pode receber um diagnóstico de AAF na primeira infância, e este diagnóstico pode ser mudado para SAquando ela inicia na escolarização formal. Alguns clínicos de diagnóstico são diretos em afirmar que o diagnóstico de SA não pode ser feito antes da criança iniciar a escolarização formal (primeiro ano do Ensino Fundamental). Isto acontece porque dificuldades nas habilidades sociais podem não ser ainda evidentes até que a criança tenha bastante envolvimento em situações sociais.
Fonte:autismofloripa.blogspot.com.br
http://www.autism.org.uk/about-autism/autism-and-asperger-syndrome-an-introduction/high-functioning-autism-and-asperger-syndrome-whats-the-difference.aspx
A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR NO AUTISMO
A brincadeira é a linguagem das crianças. Pela brincadeira se pode
aprender a interação social, trabalhar a atenção, seqüências,
habilidades, solucionar problemas, explorar sentimentos, desenvolver
causa e efeito, estimular a criatividade. Com a falta de interação
social, comunicação e problemas no comportamento, muitos autistas vão
necessitar de ajuda para estabelecer uma relação com outras crianças e
muitos não sabem brincar, o que precisa ser ensinado.
Para
começar escolha algo que funcione com o autista, o que chamaria a sua
atenção (dinossauros, tubarão, fadas, jogos, bola). Deixe a criança
iniciar a brincadeira, fazer uma escolha. Se a criança recusar a sua
presença na brincadeira comece apenas observando-a brincar, depois
introduza comentários ("nossa, este carro é bem veloz!"). Não se
preocupe se a criança ignorar seus comentários, continue a introduzi-los
aos poucos.
Ajude a criança a engajar-se na comunicação recíproca na brincadeira. Exemplo: a criança está brincando com um carrinho. Você pode pegar outro carro e dizer: "este carro amarelo corre melhor que o azul. Vou mostrar! Cadê o azul? Ah! aqui está". (Pegue o carro marrom e deixe a criança corrigir você). Cometa outros erros e comece uma corrida de carros com isso.
Quando a criança estiver confortável em brincadeiras recíprocas, aumente a interação.
Exemplo: Ela só quer brincar de carrinho, pegue um brinquedo de animal e peça carona, depois reclame que o cachorro está com fome proteste e insista, com o tempo a criança vai parar e brincar de alimentar o cachorro. Aumente a brincadeira e encontre alguns amigos para o lanche, como o elefante, leão, e outros, alargando o horizonte e os interesses da criança. Se for muito sobrecarregado para a criança este passo, volte um pouco para traz.
Evite questionamentos e direcionamentos. Muita estrutura e perguntas nesta hora podem inibir tanto a iniciativa da criança como o processo dela solucionar problemas. Quando a criança estiver se sentindo confortável com a brincadeira recíproca, você poderá direcionar a brincadeira para conceitos e seqüências que deseja trabalhar. Exemplo: Ela só brinca de carrinho e sempre os coloca na mesma ordem. Introduzindo o cachorro e novos problemas, a criança começará a dar atenção a outros brinquedos.
Brinque e interaja. Pretenda ser um dos brinquedos e explore isso. Exemplo: Ao invés de dizer "venha e me ajude a construir um forte", seja um personagem que está pedindo ajuda. Converse com os brinquedos. Quando a criança estiver acostumada com este tipo de brincadeira tente mudar sua estrutura. Exemplo: Se ele só quer brincar com o carro azul, peça para deixar que você brinque uma vez com o carro azul.
Se a atenção da criança for mínima, não puxe a brincadeira por muito tempo. O importante é ela aprender como é gostoso brincar com outras pessoas.
Não se preocupe se está fazendo certo ou errado. Se divirta com o processo. O único erro é não brincar ou não tentar interagir com a criança.
Fonte: Autism Asperger´s Digest Magazine
Ajude a criança a engajar-se na comunicação recíproca na brincadeira. Exemplo: a criança está brincando com um carrinho. Você pode pegar outro carro e dizer: "este carro amarelo corre melhor que o azul. Vou mostrar! Cadê o azul? Ah! aqui está". (Pegue o carro marrom e deixe a criança corrigir você). Cometa outros erros e comece uma corrida de carros com isso.
Quando a criança estiver confortável em brincadeiras recíprocas, aumente a interação.
Exemplo: Ela só quer brincar de carrinho, pegue um brinquedo de animal e peça carona, depois reclame que o cachorro está com fome proteste e insista, com o tempo a criança vai parar e brincar de alimentar o cachorro. Aumente a brincadeira e encontre alguns amigos para o lanche, como o elefante, leão, e outros, alargando o horizonte e os interesses da criança. Se for muito sobrecarregado para a criança este passo, volte um pouco para traz.
Evite questionamentos e direcionamentos. Muita estrutura e perguntas nesta hora podem inibir tanto a iniciativa da criança como o processo dela solucionar problemas. Quando a criança estiver se sentindo confortável com a brincadeira recíproca, você poderá direcionar a brincadeira para conceitos e seqüências que deseja trabalhar. Exemplo: Ela só brinca de carrinho e sempre os coloca na mesma ordem. Introduzindo o cachorro e novos problemas, a criança começará a dar atenção a outros brinquedos.
Brinque e interaja. Pretenda ser um dos brinquedos e explore isso. Exemplo: Ao invés de dizer "venha e me ajude a construir um forte", seja um personagem que está pedindo ajuda. Converse com os brinquedos. Quando a criança estiver acostumada com este tipo de brincadeira tente mudar sua estrutura. Exemplo: Se ele só quer brincar com o carro azul, peça para deixar que você brinque uma vez com o carro azul.
Se a atenção da criança for mínima, não puxe a brincadeira por muito tempo. O importante é ela aprender como é gostoso brincar com outras pessoas.
Não se preocupe se está fazendo certo ou errado. Se divirta com o processo. O único erro é não brincar ou não tentar interagir com a criança.
Fonte: Autism Asperger´s Digest Magazine
segunda-feira, 17 de setembro de 2012
domingo, 16 de setembro de 2012
Casal de brasileiros cria modelo original de atendimento ao autismo
Pais lançam dois livros sobre assunto. Brincanto é uma abordagem que explora os aspectos lúdicos para desenvolver a criança com os valores de sua família e sociedade.
Argerimo Garcia e Mariene Maciel, autores do livro ‘Brincanto: autismo tamanho família’, e o filho deles, Gabriel
Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/saude/casal-de-brasileiros-cria-modelo-original-de-atendimento-ao-autismo-6085899#ixzz26gmDmdrm
A cearense Fátima Dourado e o casal baiano Argemiro de Paula Garcia Filho e Mariene Martins Maciel se tornaram referência para pais de autistas de todo o Brasil. Depois que tiveram filhos com autismo, mergulharam em estudos sobre o assunto e criaram modelos originais de atendimento a pessoas que têm a síndrome — de fundo genético e caracterizada por dificuldades de comunicação, socialização e comportamento, atingindo cerca de 1% da população mundial.
Os modelos são explicados em dois livros que estão sendo lançados: “Autismo e cérebro social” (editora Premius), de Fátima, e “Brincanto: Autismo tamanho família” (Scortecci), de Argemiro e Mariene. Dois dos cinco filhos de sangue (há uma adotiva) de Fátima têm autismo. A médica inicia seu livro com um relato das angústias que passou com Giordano e Pablo, que estão hoje, respectivamente, com 32 e 28 anos, o que significa dizer que nasceram numa época em que a circulação de informações sobre o autismo era muito menor no Brasil. Em 1993, depois que Giordano foi afastado da escola onde estudava, Fátima criou com outras mães a Casa da Esperança, que atualmente cuida de 400 pessoas oriundas de todo o país.
— A Casa da Esperança foi a saída que encontrei para a total ausência de locais que recebessem meus filhos. As escolas não aceitavam crianças com autismo e não existiam profissionais preparados para o diagnóstico e o tratamento — conta Fátima, assinalando que a situação ainda não mudou no país tanto quanto deveria. — Infelizmente, a grande maioria das crianças e dos adultos não recebe tratamento adequado. O diagnóstico precoce e a intervenção correta podem mudar drasticamente o destino de uma criança com autismo. Geralmente elas precisam de fonoaudiologia, terapia ocupacional, terapia comportamental e acompanhamento médico. É fundamental, ainda, o acompanhamento especializado para que essa criança possa não apenas ser incluída, mas também permanecer na escola.
Há duas linhas gerais de tratamento: a comportamentalista, que procura treiná-los para que vivam em sociedade; e a relacional, que engloba terapias que apostam em caminhos mais lúdicos. Fátima e seu segundo marido, o psicólogo Alexandre Costa e Silva, sempre aplicaram elementos das duas linhas em suas experiências concretas. Em 2006, viram que o seu modelo multidisciplinar de atuação era semelhante ao Scerts (sigla para Social Communication Emotional Regulation Transactional Support), desenvolvido nos Estados Unidos.
— O Scerts é um meio termo entre abordagens muito prescritivas, que não deixam margem para que o indivíduo com autismo possa exercitar sua individualidade, e as muito facilitadoras — resume Fátima, ressaltando a importância de trabalhar desde cedo as questões comportamentais. — Os problemas de comportamento são as principais causas de afastamento de pessoas com autismo dos mundos da escola, do trabalho e das próprias famílias. Ensinar as crianças a se regularem emocionalmente é um importante passo para a sua inclusão na vida familiar e na comunitária.
Argemiro é geólogo e Mariene, jornalista. Depois que Gabriel, que hoje tem 19 anos, foi diagnosticado com autismo, eles correram para estudar o que estivesse ao alcance. Mas a intuição também teve papel decisivo.
— A cultura interiorana de Mariene era das crianças convivendo intensamente, brincando, aprendendo umas com as outras, as maiores cuidando das menores. Ela fez com Gabriel o que trazia de sua infância, brincando e cantando com ele e, também, trazendo-o para as atividades diárias, como lavar roupa e cozinhar — conta Argemiro, que coordena uma lista de discussão sobre autismo na internet.
Em 2003, a psicóloga brasileira Vera Juhlin, que vive na Suécia, sugeriu que o casal escrevesse um artigo sobre o que ela chamou de “jeito brasileiro de trabalhar com autistas”. Ele saiu no ano seguinte e deu partida na consolidação do modelo Brincanto. Mariene, então, já tinha estudado psicopedagogia. Ela trabalha em Salvador com pessoas que têm autismo, sobretudo de famílias carentes, experiência que relata no livro.
— O Brincanto é uma abordagem que explora os aspectos lúdicos para desenvolver a criança de acordo com o jeito de ser e os valores de sua família e sociedade. Brincando e cantando, a criança autista tem a possibilidade de construir sua própria compreensão do mundo — afirma Argemiro.
Ele, Mariene e Fátima são ferrenhos defensores da ideia que, ao menos em parte do dia, crianças com autismo precisam estudar em escolas regulares. Instituições que recusem essas crianças devem sofrer algum tipo de punição, argumentam. Uma política nacional para o autismo — até hoje inexistente — passaria por capacitar profissionais de educação e saúde, além de criar centros de referência em todos os Estados.
Para comprar o livro: http://www.brincanto.com.br/
quinta-feira, 13 de setembro de 2012
Conferência on line " The Son Rise Program Webinar".
A única coisa diferente que não se encontra neste blog o vídeo abaixo:
A MODELO HEATHER KUZMICH É ASPERGER.
Modelo com doença similar ao autismo destaca-se no 'America's next top model'
Heather Kuzmich tem dificuldade de socialização e é alvo de piadas das outras meninas.
Desajeitada e direta, ela conquistou o coração do público americano.
Heather Kuzmich tem a desordem neurológica conhecida como síndrome de Asperger. Ela é socialmente desajeitada, tem problemas para olhar olho no olho quando fala com alguém e às vezes é alvo das piadas das pessoas que moram com ela. Mas o que faz com que Kuzmich, de 21 anos, seja diferente dos outros portadores de Asperger é o fato de que seu esforço para conviver com a doença esteja sendo exibido em cadeia nacional nos EUA nas últimas 11 semanas. Ela é uma das 13 jovens selecionadas pela supermodelo Tyra Banks para competir no popular reality show “America´s Next Top Model”.
A adição de Heather Kuzmich a um programa que normalmente seria superficial deu a milhões de telespectadores uma visão incomum e fascinante do mundo pouco compreendido do Asperger. O problema, considerado uma forma de autismo, caracteriza-se por interação social e habilidades de comunicação fora do comum.
Os "aspies", como as pessoas com a doença se auto-intitulam, com freqüência têm inteligência normal ou acima da média, mas têm problemas em fazer amigos e não têm a habilidade intuitiva para avaliar situações sociais. Elas também não conseguem fazer contato olhando nos olhos de outra pessoa e com freqüência apresentam uma fixação em alguma idéia, algo que pode acabar se tornando bizarro ou brilhante. Por definição, as pessoas com Asperger estão fora do comum.
Mesmo assim, em meses recentes, a síndrome ganhou lugar de destaque. “Look me in the eye” (“Olhe nos meus olhos”), um livro de memórias sobre a vida com Asperger escrito por John Elder Robison, que já criou efeitos especiais para bandas como o Kiss, se tornou um best seller. Em agosto, o crítico musical vencedor do prêmio Pulitzer, Tim Page, escreveu um comovente artigo para o "The New Yorker" sobre a vida com Asperger não-diagnosticado.
Robison afirma que o apelo popular dessas histórias talvez se deva, em parte, à tendência que as pessoas com Asperger têm de ser dolorosamente diretas -– elas não tem o filtro social que impede que outras falem o que lhes passa pela cabeça. “É importante porque o mundo precisa saber que existem enormes diferenças de comportamento humano”, disse Robison, cujo irmão é o escritor Augusten Burroughs.
“As pessoas estão muito dispostas a descartar alguém porque essa pessoa não responde como elas gostariam. Eu acho que livros como o meu transmitem ao mundo a mensagem de que cabe mais a nós do que a eles fazer isso”.
Mas, enquanto Robison e Page contam a história sobre conseguir conviver coma doença a partir da perspectiva de homens com 50 anos, Heather Kuzmich está apenas começando sua vida adulta com o problema. E é muitas vezes doloroso assistir sua transição de uma adolescente socialmente desajeitada para uma adulta socialmente desajeitada.
Uma talentosa estudante de artes de Valparaíso, Indiana, ela tem uma aparência esbelta e angulosa que é perfeita para a indústria da moda. Mas sua beleza não encobre os desafios representados pela síndrome de Asperger. O programa exige que ela more numa casa com mais 12 aspirantes a modelo e ali os comentários maliciosos e críticas pelas costas são comuns. Logo no início do programa, ela parece socialmente isolada, as outras meninas cochicham sobre ela de modo que Heather possa escutar e o público pode ver a jovem portadora de Asperger chorando ao telefone em conversa com sua mãe.
Uma das meninas fica frustrada porque Heather, concentrada em arrumar sua mala, não ouve um pedido para que saia da frente. Em dado momento, as outras riem quando escolhem suas camas e Heather fica sem lugar pra dormir. “Eu gostaria de entender a piada”, lamenta Heather. “Você. Você é a piada”, retruca outra modelo, Bianca, uma estudante universitária de 18 anos que é de Queens, Nova York.
Mas, ao mesmo tempo em que os estranhos maneirismos de Heather a separam das moças que moram com ela, essas características acabam se traduzindo em um estilo fashion ultra moderno em suas sessões de fotos. Em entrevistas para televisão, ela muitas vezes olha para o lado, incapaz de estabelecer um contato olho no olho. Mas Tyra Banks, a modelo dos anos 60 Twiggy e o fotógrafo Nigel Barker, que aparecem no programa de TV, ficam impressionados com a habilidade que a jovem tem de fazer contato com câmera.
O pop star Enrique Iglesias ficou tão encantado com sua aparência que a escolheu para um papel em seu próximo vídeo clipe. Em uma entrevista na semana passada, Kuzmich minimizou o conflito com as outras participantes, dizendo que conversas muito mais “civilizadas” ocorreram nos bastidores sem que fossem transmitidas. “Elas não tiraram tanto sarro assim de mim”, disse ela.
Ela fez teste para o show, explicou a modelo, em parte para testar seus próprios limites. “Foi uma época de minha vida em que pensei: ou Asperger vai definir quem eu sou ou serei capaz de contornar o problema”, disse ela.
Para sua surpresa, ela foi votada como a favorita dos telespectadores ao longo de oito semanas seguidas, fazendo com que fosse uma das concorrentes mais populares do show em quatro anos e meio de história. “Estou acostumada com as pessoas meio que me ignorando”, disse ela em entrevista. “No início eu estava preocupada por achar que ririam de mim porque sou tão esquisita. Mas tive a reação exatamente oposta”.
Heather chegou ao grupo das “top five”, mas se confundiu com sua fala na hora de filmar um comercial. Mais tarde, ela ficou completamente perdida em Pequim e conseguiu encontrar apenas um dos cinco estilistas. Ela foi eliminada na semana passada, mas desde então já apareceu nos programas “Good Morning America” (“Bom Dia América”) e no “Access Hollywood” (“Acesso a Hollywood”). Ela diz que espera continuar sua carreira de modelo e se tornar uma porta-voz nacional para a causa dos portadores de Asperger.
“Eu não tinha idéia de que isso seria algo tão grande”, declarou ela. “Minha mãe está muito entusiasmada. Ela viu que quando eu era criança não tinha amigos e acompanhou meu esforço. Ela está feliz que as pessoas agora estão começando a compreender isso.”
Fonte: meninapddnos.blogspot.com.
Participando conferência on line " The Son Rise Program Webinar".
Uma experiência nova, interessante e neste inío estão passando os vídeos aqui postados sobre o Son Rise!
Depois postarei mais comentários.
AUTISMO E O CONCEITO DO "EU"
Um novo estudo investiga o que acontece no cérebro de pessoas com autismo ao dizerem “você” em uma frase, quando deveriam dizer “eu”.
A incapacidade de mudança pronomes às vezes é visto em crianças normais à medida que crescem, mas isso acontece com freqüência em crianças com autismo. Adultos com autismo não costumam cometer o erro, mas o estudo, publicado na revista
Brain, descobriu que leva mais tempo para determinar qual o pronome de usar.
Por exemplo, uma criança com autismo muitas vezes responde a pergunta “Você quer um copo de leite?” da seguinte forma: “Você quer um copo de leite”, em vez de “Eu quero um copo de leite.”
“Uma das coisas mais enigmáticas que as crianças com autismo fazem é usar o pronome errado”, disse o pesquisador Marcel Just, diretor do Center for Cognitive, que com imagens cerebrais na Carnegie Mellon University afirmou: ”É uma coisa incomum, e é meio difícil de explicar.”
Pesquisadores da Universidade de Pittsburgh e Carnegie Mellon e universidades Duquesne buscaram determinar o que acontece no cérebro quando os adultos com autismo têm de mudar os pronomes, que é um processo lingüístico.
No estudo, foi mostrado a adultos com autismo um livro com uma imagem de uma cenoura em uma página e uma casa do outra. A mulher segurou o livro com a imagem da casa de frente para ela e a imagem da cenoura de frente para o participante e perguntou: “O que eu posso ver agora?”. Uma vez entendida a frase, os participantes tinham que pressionar um botão que indica a resposta correta, neste caso, “Você pode ver a casa.”
Os participantes do estudo com autismo levaram significativamente mais tempo para determinar a resposta correta que os participantes sem autismo, e os pesquisadores foram capazes de ver, via ressonância magnética funcional, que haviam conexões mais pobres entre duas áreas-chave dos cérebros autistas.
Uma área era na parte de trás do cérebro chamada de lóbulo quadrado, que nos ajuda a entender a posição e as ações de outra pessoa em comparação com nós mesmos, segundo o estudo. Outra área é na parte frontal do cérebro conhecida como a ínsula anterior, e é importante para a ligação de sensações como a frequência cardíaca ou a dor com os nossos sentimentos e, assim, contribui para o nosso sentido de quem somos.
Ter um “sentido de si mesmo” exige trabalho em conjunto dessa área, mas em pessoas com autismo, as áreas não se comunicam adequadamente, o que, muitas vezes, resulta na dificuldade em compreender as emoções e as perspectivas de outras pessoas.
Muitos tipos de pensamentos exigem essa coordenação frontal-posterior. Comportamentos que não exigem essa conexão, como o raciocínio espacial, tendem a não ser um problema em pessoas com autismo, disse ele.
Quando as pessoas com autismo no estudo foram convidadas a fazer o exercício do livro de simplesmente responder: “Quem pode ver a cenoura agora?” ou “Quem pode ver a casa agora?” eles não levaram muito mais tempo para responder que os participantes sem autismo.
A diferença resulta do fato de que não estavam sendo solicitados a mudar sua perspectiva quando eram perguntados “O que você está olhando agora?”.
Isso mostra que o problema com o pronome de pessoas com autismo não é uma questão de linguagem e sim de como eles se conectam ao mundo, disse Akiko Mizuno, pesquisador e estudante de graduação na CMU. ”A questão da língua é incorporada na sua dificuldade em compreender a sua relação com o eu e o outro”, disse ele.
Essa descoberta se encaixa com uma série de pesquisas anteriores sobre as pessoas com autismo. Em um famoso estudo de crianças com autismo, o pesquisador britânico Simon Baron-Cohen descobriu que tinha muito mais dificuldade com o chamado “Sally Ann” história. Nesse conto, Sally coloca uma bola em uma cesta e sai da sala.
Ann então pega a bola e coloca-o em uma caixa adjacente. As crianças, então, eram solicitadas a dizer onde Sally acha que a bola vai estar quando ela voltar.
A maioria das crianças, incluindo alguns com síndrome de Down, entendeu que Sally diria no cesto para a bola, porque foi ali que ela deixou. Mas as crianças com autismo pensavam que ela diria na caixa porque é lá que elas sabiam que a bola se encontrava.
Assim como no experimento, o teste com o pronome mostrou que pessoas com autismo lutam para diferenciar entre suas próprias perspectivas e as de outras pessoas.
“É o conceito subjacente do eu que é perturbado,” disseram os pesquisadores.
Fonte: post-gazzete.com
imagem: Chen Xinquan
tradução: Ana Leite (www.reabilitacaocognitiva. org)
Por exemplo, uma criança com autismo muitas vezes responde a pergunta “Você quer um copo de leite?” da seguinte forma: “Você quer um copo de leite”, em vez de “Eu quero um copo de leite.”
“Uma das coisas mais enigmáticas que as crianças com autismo fazem é usar o pronome errado”, disse o pesquisador Marcel Just, diretor do Center for Cognitive, que com imagens cerebrais na Carnegie Mellon University afirmou: ”É uma coisa incomum, e é meio difícil de explicar.”
Pesquisadores da Universidade de Pittsburgh e Carnegie Mellon e universidades Duquesne buscaram determinar o que acontece no cérebro quando os adultos com autismo têm de mudar os pronomes, que é um processo lingüístico.
No estudo, foi mostrado a adultos com autismo um livro com uma imagem de uma cenoura em uma página e uma casa do outra. A mulher segurou o livro com a imagem da casa de frente para ela e a imagem da cenoura de frente para o participante e perguntou: “O que eu posso ver agora?”. Uma vez entendida a frase, os participantes tinham que pressionar um botão que indica a resposta correta, neste caso, “Você pode ver a casa.”
Os participantes do estudo com autismo levaram significativamente mais tempo para determinar a resposta correta que os participantes sem autismo, e os pesquisadores foram capazes de ver, via ressonância magnética funcional, que haviam conexões mais pobres entre duas áreas-chave dos cérebros autistas.
Uma área era na parte de trás do cérebro chamada de lóbulo quadrado, que nos ajuda a entender a posição e as ações de outra pessoa em comparação com nós mesmos, segundo o estudo. Outra área é na parte frontal do cérebro conhecida como a ínsula anterior, e é importante para a ligação de sensações como a frequência cardíaca ou a dor com os nossos sentimentos e, assim, contribui para o nosso sentido de quem somos.
Ter um “sentido de si mesmo” exige trabalho em conjunto dessa área, mas em pessoas com autismo, as áreas não se comunicam adequadamente, o que, muitas vezes, resulta na dificuldade em compreender as emoções e as perspectivas de outras pessoas.
Muitos tipos de pensamentos exigem essa coordenação frontal-posterior. Comportamentos que não exigem essa conexão, como o raciocínio espacial, tendem a não ser um problema em pessoas com autismo, disse ele.
Quando as pessoas com autismo no estudo foram convidadas a fazer o exercício do livro de simplesmente responder: “Quem pode ver a cenoura agora?” ou “Quem pode ver a casa agora?” eles não levaram muito mais tempo para responder que os participantes sem autismo.
A diferença resulta do fato de que não estavam sendo solicitados a mudar sua perspectiva quando eram perguntados “O que você está olhando agora?”.
Isso mostra que o problema com o pronome de pessoas com autismo não é uma questão de linguagem e sim de como eles se conectam ao mundo, disse Akiko Mizuno, pesquisador e estudante de graduação na CMU. ”A questão da língua é incorporada na sua dificuldade em compreender a sua relação com o eu e o outro”, disse ele.
Essa descoberta se encaixa com uma série de pesquisas anteriores sobre as pessoas com autismo. Em um famoso estudo de crianças com autismo, o pesquisador britânico Simon Baron-Cohen descobriu que tinha muito mais dificuldade com o chamado “Sally Ann” história. Nesse conto, Sally coloca uma bola em uma cesta e sai da sala.
Ann então pega a bola e coloca-o em uma caixa adjacente. As crianças, então, eram solicitadas a dizer onde Sally acha que a bola vai estar quando ela voltar.
A maioria das crianças, incluindo alguns com síndrome de Down, entendeu que Sally diria no cesto para a bola, porque foi ali que ela deixou. Mas as crianças com autismo pensavam que ela diria na caixa porque é lá que elas sabiam que a bola se encontrava.
Assim como no experimento, o teste com o pronome mostrou que pessoas com autismo lutam para diferenciar entre suas próprias perspectivas e as de outras pessoas.
“É o conceito subjacente do eu que é perturbado,” disseram os pesquisadores.
Fonte: post-gazzete.com
imagem: Chen Xinquan
tradução: Ana Leite (www.reabilitacaocognitiva.
quarta-feira, 12 de setembro de 2012
A Teoria das Três Fases do Processo de Maturidade Asperger
Baseado na minha vida e experiência pessoais,construí uma teoria que acredito que seja aplicável na prática à maioria dos Portadores de Síndrome de Asperger.
É a "Teoria das Três Fases do Processo de Amadurecimento Asperger", que irei explicar em detalhes agora, e que, acredito,poderá ajudar muitos pais de aspies a melhor compreenderem seus filhos e o que se passa na cabeça deles, tornando assim mais eficientes suas tentativas de ajudá-los, e aos próprios portadores a compreenderem melhor a si mesmos , orientando-os por esta fase difícil de suas vidas e ajudando-os a superarem suas limitações,especialmente as sociais.
Primeira Fase: O nascimento e crescimento do mundo interior -Formaçao:
Nesta fase inicial, que pode começar bastante cedo na vida da criança, o mundo interior de fantasia dela está sendo criado, construído, e desde a formação desta dimensão interna da mente infantil,um diferencial logo se revela,distinguindo as crianças comuns das Asperger:toda criança, seja Asperger ou não, tem esta fase de criação de seu mundo interior, mas a aspie não a compartilha com outras crianças, não interage dentro dele com outras crianças -é algo íntimo,secreto,e ela vive este mundo interior,na verdade, se encerra dentro dele e rejeita o mundo exterior, da realidade. Na maioria dos casos,acredito, isto se dá por algum evento traumático, que faça a criança odiar e rejeitar a realidade,ou por alguma insatisfação,uma inquietude interior que faça com que a realidade simplesmente não seja atraente para ela-a fantasia é muito mais fascinante e lá a criança aspie é mais feliz.Por enquanto.
Até uma certa idade, enquanto este mundo interior ainda é novidade,ela é feliz lá e não quer sair,mas aí a fantasia cresce, e começa a dominar a mente da criança, ficando poderosa- é a transição para a segunda fase!
Na primeira fase do Processo de Amadurecimento Asperger(P.A.A.), a criança sente a realidade como cruel, opressora,agressiva, hostil, esmagadora, e com isto se afunda dentro do seu Mundo Interior de Fantasias(M.I.F.) e é a época de sua vida em que está mais distante de interagir com a Realidade, e também,o seu M.I.F. nesta fase faz o papel de "escudo" isolador/protetor da Realidade pois é exatamente isto que seu M.I.F. representa. Por isto mesmo seu isolamento mais se aprofunda quanto mais se abstrai,pois quanto mais camadas de "proteção" e isolamento da Realidade ele cria, mais seguro se sente -esta é a lógica Asperger ainda incipiente, numa fase primitiva.Imaginem, por exemplo, o terapeuta tentando conversar com seu pequeno paciente Asperger:o terapeuta falando, e o menino se escondendo debaixo de uma caixa de papelão.Quanto mais o terapeuta tentar lhe mostrar a realidade e o incentivar para a sociabilidade e para as atividades reais,mais caixas de papelão o menino vai colocando umas dentro das outras e ele escondido lá, na menorzinha. Agora imaginem o pai, perdendo a paciência com a criança aspie e lhe dando uma bronca, ou sendo agressivo:quanto mais ele falar e mais agressivamente agir com o menino, mas caixas de papelão o menino irá colocar acima de si para se esconder e fugir do pai e da realidade e se sentir mais distante e protegido,portanto mais seguro. Enfim, o que quero dizer com isto é: a primeira fase é também a mais difícil de colocar o Portador em contato com a realidade, e é a hora errada de tentar fazer isto, pois a criança ainda não está nem neurológicamente , nem psicológicamente preparada para tanto, pois seu cérebro ainda não criou as novas conexões e caminhos neurais para a sociabilidade e/ou de interação com a Realidade.
Afinal, a Realidade é um mundo que a criança Asperger não conhece direito,por isto , na visão dele , tudo se torna gigante e ameaçador, e como é um mundo que ele não domina,cria-se nele um complexo de inferioridade,por sentir-se pequeno diante da cruel e poderosa Realidade, que parece querer devorá-lo.
Segunda Fase: Conflito dos mundos,Duas realidades, Dois infernos:
Uma vez consolidado na mente da criança,este mundo interior de fantasia vai tornando-se robusto, e tendendo a ocupar cada vez mais espaço na mente da criança Asperger, no lugar da realidade e da interação social.
Durante um período variável, a criança é feliz lá, ela se basta a si mesma, o mundo gira em torno dela, tudo é ela mesma e a fantasia é para ela muito satisfatória, ao passo que a realidade vai ficando cada vez mais distante e irreal,desconhecida, e motor gerador de insegurança,nervosismo, irritação, revolta, ou até mesmo fúria. Na mente da criança a realidade e as outras crianças e pessoas passam a serem as vilãs da estória, especialmente se esta criança passar por experiências traumáticas como violência doméstica ou bullying, ou mesmo os dois.
Por menos que se queira,esta realidade interfere na fantasia dela, e esta cresce ainda mais, mas agora num sentido mais prejudicial:o vilão Realidade se torna muito mais poderoso na fantasia dela, e ela não consegue mais vencê-lo em suas fantasias. A fantasia toma proporções alarmantes e tenta dominar a mente infantil. Muitas crianças sem orientação não conseguem superar esta fase, mergulhando ainda mais fundo na fantasia, o inconsciente passa a dominar a consciência, e se não forem tomadas medidas, o descontrole da fantasia pode levar a criança à completa loucura.
É a fase mais crítica, difícil e sofrida do Processo de Amadurecimento Asperger:A Fase dos Dois Infernos!
É quando tanto a fantasia como a realidade se tornam infernais, dois infernos em que a criança vive e se alterna.
Aí é crucial:ou a criança tem a atitude de retomar o controle da sua fantasia, e colocá-la em dimensões razoáveis, que ela possa controlar, ou ela sucumbe de vez à fantasia e se entrega a loucura. Como nesta fase seu M.I.F. está tentando se apossar de sua mente,ou ainda, seu inconsciente se tornou tão poderoso que tenta dominar seu consciente completamente,o Portador passa a achar que seu M.I.F., antes tão acolhedor, protetor, bondoso e generoso,abrigando-o e isolando-o das intempéries da Realidade lá fora,agora é um inferno tão dantesco como a própria Realidade. Assim, ele passa a viver entre dois infernos igualmente opressores e não há mais saída,abstração ou solução possível: ou ele se deixa dominar pelo seu M.I.F., ou ele enfrenta os seus dois infernos para tentar descobrir se eles são mesmo infernos ou não.
Nesta fase do P.A.A. ele ainda não é capaz de ver-se a si mesmo como realmente é-seus mundos são tão gelados, tão sem sentido, por serem tão opressores, perderam tanto sua razão de ser,que nenhum deles faz mais sentido, caos total,e para ele, ele não mais existe. Fica difícil perceber a diferença entre fantasia e realidade,entre sonho e vigília,tudo se torna um assustador limbo estranho.
Fase Três: Amadurecimento e Superação
Quando a criança(ou o adolescente/adulto) chega na transição entre a segunda e terceira fases,ambos os mundos(ou realidades)dela colidem brutalmente:o interno(fantasia-mundo interior) e o externo(realidade-mundo exterior)e,como disse antes, deste choque pode resultar tanto um aprofundamento da estadia desta pessoa em seu mundo interior,completamente descontrolado, podendo levar à loucura, ou pode levar à maturidade e superação das limitações sociais. Tudo depende de uma decisão crucial que ela tem de tomar sozinha:enfrentar os dois infernos ou fugir deles.
A criança(ou o adolescente/adulto) tem de ser capaz de enfrentar-se a si mesma,e enfrentar seus traumas e seus problemas psicológicos.pois está diante de uma situação limite, em que não há escapatória, não há para onde fugir:tanto realidade como fantasia são lugares tenebrosos, sinistros, ameaçadores -e fazer emergir, diante desta terrível constatação, a consciência de que só se pode contar com si mesmo,com sua essência, o ser primevo que vive em seu inconsciente,olhar-se no espelho e descobrir que afinal de contas a imagem que a pessoa fazia de si mesma não era tão feia e assustadora assim,este é o mote crucial para que ela decida superar suas limitações e ir conquistar seus sonhos.
O que as pessoas chamam de "consciência" na verdade vive em nosso inconsciente. Enfrentar-se a si mesmo,enfrentar a sua própria verdade, nua e crua é o grande desafio para os Portadores de Síndrome de Asperger.
Mas não adianta os pais, ou um terapeuta, ficarem insistindo, incentivando, tentando conscientizar ao Portador a enfrentar a si mesmo, pois isto simplesmente não funciona com ele.
Esta decisão deve e precisa ser absolutamente espontânea,pois é somente do próprio Portador, e costuma ocorrer naturalmente,seja ela enfrentar ou fugir. A grande maioria, acredito, opta por enfrentar,pois aspies são grandes guerreiros superadores de limitações.
Normalmente existe um fator -motor, que leva o aspie a decidir enfrentar e não fugir,do qual falarei daqui há pouco.
Mas antes é preciso ressaltar: esta decisão não tem uma idade certa para ser tomada,pode ocorrer mais cedo ou mais tarde na vida do Portador.
Alguns tomam esta decisão ainda crianças,outras só na idade adulta,seja aos, por exemplo,oito ou cinqüenta anos de idade,é variável de caso para caso, de pessoa para pessoa.
Também é muito importante que fique muito claro que o mundo interior de fantasia não é um vilão, um mal a ser extirpado, um culpado pela síndrome(é apenas parte integrante dela),não é algo prejudicial a ser eliminado, para se obter uma "cura".
O mundo interior de fantasia, se extinto via terapia ou "choque de realidade" por ações psicologicamente brutais e traumáticas,enfim,seja de que maneira for,não vai levar à "cura" da Síndrome, como alguns possam pensar,pelo contrário, irá levar o portador à loucura, demência, suicídio.
O mundo interior de fantasia de um Asperger é para ele vital tanto quanto um fígado, um estômago, um coração ou um cérebro é para todas as pessoas -sem isto ele não vive.
O perigo não está no mundo interior de fantasia em si,mas no descontrole dele. Portadores de Síndrome de Asperger Maduros são, como já disse antes, capazes de viver bem tanto no seu mundo de fantasia interior como no mundo real exterior, e se dar bem em ambos, transitar de um para o outro quando e por quanto tempo quiserem,e viverem felizes assim.
Portanto este mundo interior de fantasia deve ser mantido por toda a vida do Portador,que com o tempo, e nos seu próprio ritmo,saberá controlar sua fantasia interna e mantê-la sem bem controlada. E para tal ele não precisa de drogas, remédios,química,etc.
É aí que entra o fator -motor do despertar da maturidade Asperger,o fator crucial que o levará a si mesmo, como eu já tinha colocado antes, e é sobre isto que discorrerei agora.
Este fator geralmente costuma ser gerado através da emersão da consciência da profunda carência afetiva/sexual do portador. Esta carência pode passar anos, mesmo décadas, adormecida e substituída pelo mundo interior de fantasia,mas ela vai se acumulando ao longo de muitas frustrações, e também pela acumulação desta carência dentro do inconsciente do portador, que uma hora explode, levando-o à depressão acompanhada de uma necessidade interna imperiosa de recuperar o tempo perdido e suprir suas necessidades afetivas e sexuais de modo urgente,o que o leva à decisão crucial de enfrentar-se a si mesmo e buscar superar seus limites,chegando à conclusão de que só assim ele terá êxito em sua empreitada.
Durante esta difícil e dolorosa jornada, que exigirá dele muito esforço,o portador(ou portadora) verá no sexo oposto a constatação de que a realidade afinal não é tão ruim como ele ou ela pensava,e que este mesmo sexo oposto representa para ele ou ela o lado bom e agradável da realidade- na verdade a real constatação é a de que sua realidade interior, sua essência, o modo como vê a si mesmo, sua autoconsciência, por conseqüência auto-estima,não é tão feia como ele ou ela pintou para si,e pode a
E durante esta mesma jornada, ele ou ela aprenderá sozinho(a) a controlar seu mundo interior, conservá-lo, e "visitar" seus dois mundos, fantasia e realidade, quando quiser, por quanto tempo quiser e conviver bem com sua fantasia ao mesmo tempo em que realiza seus sonhos e aspirações,convive bem na realidade e se torna um cidadão produtivo e atuante na sociedade, com sua profissão ou ocupação, conquistando assim a liberdade de sua independência financeira e emocional, e sendo feliz na realidade.