Estudo
patrocinado pelo Instituto Nacional de Saúde Mental (NIMH) com seis
universidades, entre elas a de Indiana, Ohio e de Yale, nos Estados Unidos,
mostrou que crianças com autismo e graves problemas de comportamento
responderam positivamente após semanas de treinamento de seus pais. Os
benefícios desse treinamento se estenderam por até seis meses após a
intervenção. Publicado nesta terça-feira no Journal of the American Medical
Association, o estudo constatou que pais que passaram por treinamento específico
foram mais eficazes na redução do comportamento agressivo e de isolamento dos
filhos do que pais que foram apenas educados sobre a questão.
O treinamento forneceu aos pais estratégias específicas sobre como lidar com sérios problemas comportamentais, como acessos de raiva, agressão, auto-lesão e abandono. E o grupo que teve educação sobre o tema recebeu apenas informações sobre a doença (sem orientações sobre como lidar com problemas comportamentais). Algo como um grupo com orientações teóricas e outro com orientações práticas.
O autor do estudo, Karen Bearss, professor assistente de pediatria do Marcus Autism Center e da Emory University School of Medicine, observou que foi impressionante a melhora das crianças em ambos os grupos. Mas, em relação ao comportamento introspectivo, segundo ele, o grupo do "treinamento foi claramente melhor”.
O autismo é um transtorno global do desenvolvimento, desde a infância, marcado pela dificuldade no domínio da linguagem e da comunicação social, prejudicada pelo comportamento restritivo e repetitivo. O distúrbio afeta de 0,6% a 1% das crianças em todo o mundo. Em crianças pequenas, o autismo acarreta, muitas vezes, graves problemas como acessos de raiva, agressão, auto-lesão e descumprimento às exigências de rotina.
Estes comportamentos podem ser opressivos aos pais e gerar profunda incerteza sobre como lidar com eles. Existem medicações para estas questões comportamentais, mas os pais são relutantes ao uso.
— Este é o maior estudo aleatório sobre qualquer intervenção comportamental em crianças com autismo. E isso mostra que a formação dos pais funciona — observa Lawrence Scahill, professor de pediatria na Marcus and Emory School of Medicine, que dirigiu a pesquisa.
No estudo, 180 crianças, com idade entre 3 e 7 anos, autistas e com graves problemas de comportamento, foram distribuídas aleatoriamente para o grupo de “24 semanas de formação dos pais” ou para “o grupo de 24 semanas de educação dos pais”. O treinamento para pais consistiu em 11 sessões centrais, duas opcionais, dois controles telefônicos e duas visitas domiciliares. Já o grupo de “educação dos pais” incluiu 12 sessões e uma visita domiciliar.
Os pais que fizeram ambos tratamentos, estiveram em 90% das sessões do programa, o que sugere o grande envolvimento com o estudo.
Após 24 semanas, as crianças “do grupo de treinamento” mostraram melhora de 48% em relação ao comportamento separatório, comparado a um declínio de 32% para “o grupo de educação”. Na última semana, 70% por cento das crianças “do grupo de treinamento” mostraram resposta positiva em comparação com 40% “para o grupo de educação”. O progresso geral foi avaliado por um médico que não participou da realização do tratamento.
— Este é um estudo muito importante para as crianças e para as famílias. O treinamento dos pais é conhecido por ser eficaz para crianças e adolescentes com problemas de comportamento em geral e agora está demonstrado ser eficaz para crianças com autismo — comentou o psiquiatra infantil John Walkup, também professor de psiquiatria da Weill-Cornell Medical College e New York-Presbyterian Hospital. Walkup, que não estava envolvido no estudo, acrescentou como um dos pontos altos do estudo, o fato de que os benefícios do treinamento dos pais ser construído com o tempo.
O Globo
O treinamento forneceu aos pais estratégias específicas sobre como lidar com sérios problemas comportamentais, como acessos de raiva, agressão, auto-lesão e abandono. E o grupo que teve educação sobre o tema recebeu apenas informações sobre a doença (sem orientações sobre como lidar com problemas comportamentais). Algo como um grupo com orientações teóricas e outro com orientações práticas.
O autor do estudo, Karen Bearss, professor assistente de pediatria do Marcus Autism Center e da Emory University School of Medicine, observou que foi impressionante a melhora das crianças em ambos os grupos. Mas, em relação ao comportamento introspectivo, segundo ele, o grupo do "treinamento foi claramente melhor”.
O autismo é um transtorno global do desenvolvimento, desde a infância, marcado pela dificuldade no domínio da linguagem e da comunicação social, prejudicada pelo comportamento restritivo e repetitivo. O distúrbio afeta de 0,6% a 1% das crianças em todo o mundo. Em crianças pequenas, o autismo acarreta, muitas vezes, graves problemas como acessos de raiva, agressão, auto-lesão e descumprimento às exigências de rotina.
Estes comportamentos podem ser opressivos aos pais e gerar profunda incerteza sobre como lidar com eles. Existem medicações para estas questões comportamentais, mas os pais são relutantes ao uso.
— Este é o maior estudo aleatório sobre qualquer intervenção comportamental em crianças com autismo. E isso mostra que a formação dos pais funciona — observa Lawrence Scahill, professor de pediatria na Marcus and Emory School of Medicine, que dirigiu a pesquisa.
No estudo, 180 crianças, com idade entre 3 e 7 anos, autistas e com graves problemas de comportamento, foram distribuídas aleatoriamente para o grupo de “24 semanas de formação dos pais” ou para “o grupo de 24 semanas de educação dos pais”. O treinamento para pais consistiu em 11 sessões centrais, duas opcionais, dois controles telefônicos e duas visitas domiciliares. Já o grupo de “educação dos pais” incluiu 12 sessões e uma visita domiciliar.
Os pais que fizeram ambos tratamentos, estiveram em 90% das sessões do programa, o que sugere o grande envolvimento com o estudo.
Após 24 semanas, as crianças “do grupo de treinamento” mostraram melhora de 48% em relação ao comportamento separatório, comparado a um declínio de 32% para “o grupo de educação”. Na última semana, 70% por cento das crianças “do grupo de treinamento” mostraram resposta positiva em comparação com 40% “para o grupo de educação”. O progresso geral foi avaliado por um médico que não participou da realização do tratamento.
— Este é um estudo muito importante para as crianças e para as famílias. O treinamento dos pais é conhecido por ser eficaz para crianças e adolescentes com problemas de comportamento em geral e agora está demonstrado ser eficaz para crianças com autismo — comentou o psiquiatra infantil John Walkup, também professor de psiquiatria da Weill-Cornell Medical College e New York-Presbyterian Hospital. Walkup, que não estava envolvido no estudo, acrescentou como um dos pontos altos do estudo, o fato de que os benefícios do treinamento dos pais ser construído com o tempo.
O Globo
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