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sábado, 5 de abril de 2014

Especialista da UFPA diz que diagnóstico do autismo é fácil

O ambulatório de autismo do hospital Bettina Ferro, na Universidade Federal do Pará, atente 600 crianças que manifestam características no espectro do autismo. São meninos e meninas com dificuldade ou desinteresse em socializar - um comportamento que precisa ser trabalhado para que o paciente não se isole em seu próprio mundo.
Segundo a coordenadora do ambulatório, a pediatra Amira Figueiras, o número de crianças autistas no Pará deve ser muito maior do que a capacidade do ambulatório, mas muitos pacientes ainda não tem diagnóstico fechado. Um dos obstáculos é a falta de conhecimento sobre o autismo, já que o diagnóstico costuma ser de fácil identificação.
A especialista participou do quadro "Fala Saúde" do Jornal Liberal 1ª Edição, onde tirou dúvidas sobre o autismo. Acompanhe a entrevista:
O autismo pode ser hereditário? (Maria Carla)
A causa do autismo não está muito esclarecida. Existem pesquisas que apontam uma origem genética, mas há investigação sobre causas metabólicas. O autismo é hereditário, mas não só isso: a causa é multifatorial, já que existem situações que podem fazer a criança se fechar.
Quais são os sinais para identificar um autista?( Socorro Almeida)
O principal é a interação. O bebê não fala, mas pode interagir com sorrisos e olhar. A criança maior pode falar, mas não usar isso para se comunicar.

É possível identificar um autista quando bebê? (Constantina Souza)
Sim. Alguns casos é possível identificar desde bebê. A criança que não sorri, não gargalha, não responde quando chamada. Mas existe um grupo que tem desenvolvimento normal, mas depois de um ano e meio regride. Na maioria das crianças, é possível perceber os sinais do autismo.

Tenho um sobrino que não conversa com pessoas, mas fala sozinho com as pinturas que ele faz. Isto pode ser um sinal de autismo? (Esmeraldo Rodrigues)
Pode, mas é pouca informação para afirmar. Uma pessoa que nao conversa, mas sabe falar, precisa ser investigada. Pode ser um excesso de timidez, mas é preciso observar outros sinais.

Tenho uma sobrinha autista. Ela prefere assistir filmes do que brincar. O que fazer? (Renata Matos)
Se permitirem, a criança fica o tempo todo vendo filmes e deixa de interagir. É preciso estabelecer horários, e nas demais horas procurar trabalhar com pessoas mara melhorar o desenvolvimento social.

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