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sábado, 18 de maio de 2013

Como o autismo difere em meninas e meninos

Novos estudos sugerem que gênero deve ser levado em conta no diagnóstico e na criação de tratamentos individualizados

da Redação
Por que meninos são diagnosticados com autismo quatro vezes mais do que meninas? Novas pesquisas, incluindo informações anunciadas durante a conferência anual da Sociedade Internacional de Pesquisa sobre o Autismo, realizada na semana passada, abordam esta questão, um dos maiores mistérios sobre a doença. Um grupo cada vez maior de médicos defende que existem diferenças marcantes entre os sexos quanto à susceptibilidade genética para o desenvolvimento da doença, o desenvolvimento do cérebro e a adaptação social de crianças autistas, que são significativos para a compreensão do distúrbio e de tratamentos adequados.
Pesquisadores da Universidade de Yale apresentaram resultados que mostram que o sexo feminino parece ter uma proteção genética contra o autismo. Enquanto isso, cientistas da Universidade de Emory mostraram em um trabalho preliminar que meninos e meninas com autismo aprendem informações sociais diferentes, o que os leva a sucessos e fracassos distintos nas interações com outras pessoas.
Os novos dados, em conjunto com estudos publicados anteriormente, sugerem que gênero deve ser levado em conta no diagnóstico e na criação de estratégias de tratamento individualizado, de acordo com especialistas.
O autismo, um transtorno de desenvolvimento caracterizado por déficits em habilidades sociais e comportamentos repetitivos, afeta mais de 1% da população. A doença é conhecida por ser diagnosticada mais frequentemente em meninos. No entanto, as meninas muitas vezes parecem desenvolver um autismo mais grave e acentuado. A proporção de novos diagnósticos, cerca de quatro meninos para cada menina, em geral, torna-se ainda mais desigual quando inteligência é levada em conta. Em níveis de inteligência mais elevados, meninos com autismo muitas vezes superam as meninas em oito ou 10 contra um, dizem os pesquisadores.
Não está claro por que está discrepância existe e quanto dela é distorcida por diagnósticos errados ou subdiagnósticos em meninas. Mais e mais, no entanto, cientistas acreditam que a distribuição desigual da doença em meninos e meninas é significativa.

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