Exames podem apontar indícios do transtorno em bebês com menos de 6 meses
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Para chegarem a essa conclusão, os pesquisadores investigaram o desenvolvimento cerebral de 92 bebês, todos com um irmão mais velho autista, e acompanharam as mudanças na organização neurológica ao longo do tempo por meio de exames de ressonância magnética. Quando as crianças estavam com 2 anos, 28 haviam desenvolvido o autismo, enquanto 64 não. A incidência do transtorno entre irmãos sugere correlação genética, segundo os especialistas.
Os pesquisadores observaram também que a substância branca (componente sólido do sistema nervoso central responsável pela transmissão de sinais entre regiões do cérebro) se formou lentamente em crianças que posteriormente desenvolveram a patologia, enquanto que nas saudáveis essa estrutura se constituiu rapidamente. Além disso, notaram alterações no desenvolvimento das fibras nervosas que conectam áreas cerebrais.
Esses indícios sugerem que o transtorno seja um fenômeno que atinge o cérebro inteiro, e não uma região específica como se acreditava anteriormente. Apesar de ser muito cedo para dizer o que causa essas diferenças, a descoberta indica uma interação complexa entre os genes e as experiências da criança com o mundo. “Futuros tratamentos poderão ser administrados em fases precoces da maturação cerebral para diminuir o impacto do autismo ou até mesmo para interromper seu desenvolvimento”, diz Wolff.
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