As
crianças que usam PECS, são treinadas a aproximar-se e dar uma imagem/
foto de um objecto desejado, ao seu interlocutor, para obter tal
objecto. Ao realizar isto, a criança inicia um acto comunicativo para
obter um resultado concreto num contexto social.
1. Disponibilizar ou criar um Sistema de Símbolos:
• Desenhos a preto e branco (cerca 5.2 cm)
• Desenhos a cores (cerca de 5.2cm)
• Fotos Comerciais • Fotografias Pessoais
• Álbum Porta-imagens/fotos
2. As imagens/ fotos devem estar facilmente disponíveis durante a intervenção:
• Utilizar um avental de carpinteiro com imagens/ fotos;
• Ter uma caixa de imagens/ fotos bem organizada;
• Utilizar Velcro de forma generalizada (colar/ fixar uniformemente nas imagens e na superfície suporte);
• Ter um lugar do quarto ou da casa onde as imagens e/ou quadros estejam disponíveis para a criança.
Ao longo da intervenção, a criança JAMAIS deverá escutar as palavras "NÃO" ou "Não tenho nada disso".
Estabelecimento de Reforços
O que é altamente desejado pela criança? (Entrevistar a família, amigos...)
Valorização do Reforço
Diz-se
que um objecto é preferido, se a criança de uma forma segura o alcança
rapidamente (cerca de 5 segundos) ou se este é seleccionado pela criança
em 3 ocasiões distintas.
Problemáticas Iniciais
Incapacidade motora que iniba a criança a alcançar as coisas activamente?
Não limitar as opções nesta etapa.
FASE 1: O INTERCÂMBIO FÍSICO
Objectivo:
•
Quando vir um objecto altamente preferido, a criança tomará a imagem do
objecto, aproximar-se-á do terapeuta e deixará a imagem/ foto na mão do
terapeuta;
• Ao realizar isto, a criança inicia um acto comunicativo para obter um resultado concreto dentro de um contexto social.
Não existência de incentivos (estimulações) verbais
Responder sempre como se a criança tivesse falado
Organizar oportunidades ao longo do dia para que a criança possa solicitar (pedir)
Procedimento:
• A criança deverá alcançar o objecto desejado e o terapeuta, fisicamente ajudar a apanhar a Imagem/ foto.
• Uma vez que esta apenas toque no terapeuta, a criança deverá ser imediatamente recompensada!!!!!
• O terapeuta responde, "Ah! Queres a bola/biscoito, etc...?"
• Não serão utilizadas estimulações directas nesta etapa, por exemplo: "O que queres?" "O que foi?", "Dá-me a imagem/ foto".
• A mão aberta do terapeuta é a pista para a criança.
B. Reforço Gradual
• Iniciar evitando o elogio verbal, para em seguida elogiar a criança quando entregar a imagem/ foto.
• Depois de entregar a imagem/ foto, a criança é imediatamente reforçada;
• Repetir até que deixe a fotografia na mão do terapeuta, sem incentivo, de 8 a 10 sucessos.
C. Reduzindo a pista da "mão aberta"
• Esperar, progressivamente mais tempo antes de mostrar a mão aberta.
Problemáticas Iniciais
•
Algumas irão irritar-se, portanto garanta que o terapeuta esteja com o
objecto desejado na sua mão livre (não a mão usada para receber a
imagem/ foto).
• Reforçar de imediato (EXTREMAMENTE IMPORTANTE).
•
Enquanto isso, fazer o intercâmbio apropriado, girando a fotografia
diante da criança quando lhe falar para manter a atenção e aumentar o
reconhecimento desta imagem/ foto.
FASE 2: DESENVOLVER A ESPONTANEIDADE
Objectivos:
• A criança irá ao quadro de comunicação, apanhará uma imagem/ foto, irá a um adulto e a deixará na sua mão.
Pontos-Chave
Novamente, nenhuma estimulação verbal.
Treinar com um grupo de imagens/ fotos, uma de cada vez.
Trabalhar com vários pessoas (alternando).
Fazer
provas de treino estruturado, criando pelo menos 30 oportunidades para
pedidos espontâneos (Terapia Fala, Terapia Ocupacional, Descanso,
Lanche, etc.)
Procedimento:
•
Uma imagem/ foto de um objecto altamente preferido é fixada com velcro
num quadro de comunicação. Criança e terapeuta estão sentados tal e qual
estavam na fase 1.
A.
Permitir à criança uma brincadeira de 10 a 15 segundos com o objecto
desejado ou que coma parte da bolacha. Pegar no objecto e mostrar o
quadro de comunicação com a sua imagem/ foto. Se for solicitada,
ajudá-lo fisicamente a pegar na fotografia do quadro de comunicação.
B.
Aumentar a distância entre a criança e o terapeuta. A criança inicia o
intercâmbio ao agarrar a imagem/ foto e escolhe um adulto.
C.
Gradualmente o adulto aumenta a distância. Conforme o êxito da criança
(4 a 5 sucessos), em seguida os aumentos das distância devem ser
maiores. Atenção as fotografias estão ainda perto da criança.
D. Aumentar a distância entre a criança e a fotografia. Nós queremos que esta vá à imagem/ foto e em seguida ao adulto.
FASE 3: DISCRIMINAÇÃO DE IMAGENS/ FOTOS
Objectivo:
A
criança solicitará os objectos desejados indo ao quadro de comunicação e
seleccionando a imagem/ foto apropriada e voltando ao interlocutor para
a dar.
Pontos Chave
Nenhuma
estimulação verbal - Continuar com as actividades organizadas de forma
estruturada, durante pelo menos 20 oportunidades aleatórias. Variar a
posição das imagens/ fotos no quadro de comunicação até que a
discriminação seja alcançada.
Procedimentos:
A
criança e o terapeuta estão sentados numa mesa, e contacto visual
directo. Ter disponível várias imagens /fotos de objectos desejados ou
contextualmente apropriados, fotografias de objectos irrelevantes ou não
preferidos e os objectos correspondentes.
A.
Iniciar com um objecto altamente desejável e um não preferido.
(Exemplo: Fotografia de um brinquedo sensorial versus fotografia de uma
meia)
•
Reforçar com o objecto que a criança escolha. Elogiar verbalmente se
esta escolher o objecto desejado e não demonstrar qualquer reacção se
escolher o objecto não desejado. Continuar até que 8 a 10 sucessos sejam
alcançados apropriadamente.
* Nesta etapa o terapeuta começar a reduzir o tamanho da imagem/ foto
Problemáticas Iniciais
• Enquanto ensina a discriminação de imagens, assegure-se de trocar a localização das imagens no quadro de aprendizagem para que não habitue a agarrar uma imagem /fotografia num lugar específico.
•
Assegurar-se de que o quadro de imagens tenha a imagem/ foto de um
objecto "não desejado" em algum lugar entre as demais imagens. Se
escolher uma imagem e em seguida reagir negativamente ao objecto, você
saberá que não está a discriminar adequadamente.
• Se a criança
cometer um erro na sua escolha, não responda com um "NÃO" de maneira
alguma. Em vez disto, diga o que lhe disse, "Queres a meia ?". Em
seguida dizer, "Se quiseres um filme, precisas pedir".
FASE 4: ESTRUTURA DA ORAÇÃO
Objectivo:
A
criança solicita objectos presentes e não presentes usando uma frase de
várias palavras observando o livro. Agarra uma fotografia/símbolo de
"Eu quero" e coloca-a numa tira de frases (tira de velcro). Depois,
agarra uma imagem do que deseja, coloca-a na tira de frase, e entrega ao
seu interlocutor.
Procedimento:
O que deverá estar disponível: Quadro de comunicação, tira de frases, "Eu quero", imagens e objectos/actividades de reforço.
A. Fotografia da frase "Eu quero"
A fotografia "Eu quero" é fixada no canto superior esquerdo do quadro de comunicação. Quando a criança desejar um objecto/actividade, oriente-a a colocar a imagem de "Eu quero", coloque-a do lado esquerdo da tira de frase, coloque a imagem do objecto desejado junto a ela na tira de frase. A criança então aproxima-se de seu interlocutor e entrega-lhe a tira de frase (velcro). Com o passar do tempo, elimine todas as pistas.
*** Considera-se atingido o objectivo desta etapa com 80% de êxito, com pelo menos 3 pessoas e sem ajuda.
B. Movendo a imagem "Eu quero"
Mova a imagem "Eu quero" para o canto superior direito do quadro de comunicação. Quando a criança quiser um objecto/actividade oriente-o a tomar a imagem "Eu quero", situando-a à esquerda da tira de frases e situe a imagem do objecto desejado próximo dela na tira de frases. A criança, em seguida, aproxima-se de seu interlocutor e entrega-lhe a tira. Com o passar do tempo, vá retirando as pistas.
*** Se considerar que alcançou os objectivos desta etapa com pelo menos 80% de êxito com pelo menos 3 interlocutores sem ajuda.
C. Referências que não estão a vista
Criar oportunidades para que a criança solicite objectos/oportunidades que não estão à vista.
FASE 5: RESPONDER AO " QUE QUERES?"
Objectivo:
A criança poderá de maneira espontânea solicitar uma variedade de objectos e pode responder a pergunta "O que queres?"
Procedimento:
Tenha disponível quadro de comunicação com imagem "Eu quero", a tira de velcro (tira de frase) e imagens/ fotos de objectos. Tenha vários objectos de reforço disponíveis, mas inacessíveis (ocultos).
A. Atraso de ZERO segundos:
Com um objecto desejado presente, e a frase "Eu quero" no quadro de comunicação, o terapeuta simultaneamente aponta a frase "Eu quero" e pergunta, "O que queres?", a criança deve pegar na imagem de "Eu quero" e completar o intercâmbio.
B. Aumentar o intervalo de atraso:
Começar aumentando o tempo entre perguntar "O que queres?" e sinalizar a frase de "Eu quero".
C. Não dar à criança nenhuma pista de sinalizar:
Uma vez que conseguiu dominar consistentemente a ordem "O que queres?", então, de forma sistemática, misture para criar oportunidades de pedidos e respostas espontâneas.
FASE 6: RESPOSTA E COMENTÁRIO ESPONTÂNEO
A
criança responde apropriadamente a "O que queres?", "O que estás a
ver?", "O que tens?" e a outras perguntas semelhantes quando estas são
feitas de maneira aleatória.
Procedimento:
Tenha
disponível o quadro de comunicação com as imagens de "Eu quero", "Eu
vejo", e a de "Eu tenho". Também tenha disponível várias imagens de
objectos menos preferidos dos que a criança já tenha aprendido a imagem.
A - "O que vês?
B - "O que vês?" versus "O que queres?"
C - "Ver", versus "Querer" versus "Ter".
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