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sábado, 26 de janeiro de 2013

Sintomas de autismo desaparecem em algumas crianças quando crescem

Sintomas de autismo desaparecem em algumas crianças quando crescem

Algumas crianças com diagnóstico de autismo quando pequenas vêem desaparecer completamente os seus sintomas quando crescem, segundo um estudo realizado nos EUA.

«Embora o autismo geralmente persista durante toda a vida, esta descoberta permite pensar que esta síndrome poderia experimentar evoluções muito diversas», afirmou Thomas Insel, director do Instituto Americano de Saúde Mental (NIMH, na sigla em inglês), que financiou os trabalhos.
A pesquisa foi realizada pela doutora Deborah Fein, da Universidade de Connecticut, com 34 jovens de 18 a 21 anos, que tinham sido diagnosticados com autismo e que, com o passar do tempo, tinham uma vida completamente normal.
Estes jovens deixaram de apresentar problemas de expressão, comunicação, reconhecimento de rostos ou socialização, sintomas característicos do autismo.
A pesquisa, publicada na revista Child Psychology and Psychiatry,  concentrou-se em descobrir se o primeiro diagnóstico de autismo era suficientemente excato e se os sintomas efectivamente tinham desaparecido. A resposta foi afirmativa nos dois casos, destacou o doutor Insel.
Os resultados deste estudo levam a crer que as dificuldades de socialização destas crianças eram mais brandas, embora tenham sofrido problemas de comunicação e movimentos repetitivos tão severos quanto os demais autistas.
Para a avaliação mental destes 34 indivíduos estudados, os pesquisadores usaram testes cognitivos e de observação comum, bem como questionários enviados aos pais.
Para participar do estudo, os jovens tinham que estar em cursos regulares na escola ou na universidade e não beneficiar de nenhum serviço especial para autistas.
No entanto, a pesquisa não conseguiu determinar a proporção de crianças diagnosticadas com autismo que, no futuro, terão visto os sintomas desaparecerem com o tempo.
«Todas as crianças autistas são capazes de progredir com as terapias intensivas. Mas no estado actual dos nossos conhecimentos, a maioria não chega a fazer os sintomas desaparecer», disse Fein, que espera que novas pesquisas ajudem a entender melhor os mecanismos desta doença.

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