terça-feira, 28 de outubro de 2014

Professora autista, que falava seis idiomas aos 10 anos, desenvolve método de alfabetização

Autodidata, Gisele Nascimento dá aulas em escola municipal de Niterói

POR 

NITERÓI - Aos 4 anos, Gisele Nascimento demonstrava interesse especial nos livros comprados em sebo, próximo ao cais do porto de Niterói, por seu pai, um simples estivador. Sem frequentar escola, foi nesta mesma época que a menina espantou a todos lendo os livros velhos, passatempo do pai durante as idas e vindas do trabalho. Com 5 anos, o universo linguístico do idioma nativo já não era suficiente para suprir os anseios da menina. Curiosa, ela partiu solitária na viagem do conhecimento da língua inglesa. E não parou mais. Autodidata, aos 10 anos, Gisele já dominava seis idiomas: inglês, alemão, francês, italiano, espanhol, além do português, claro.

Por conta do diagnóstico tardio de autismo, a dificuldade de interação com outras pessoas, o fato de não ter nenhum amigo e os comentários preconceituosos que ouvia fizeram com que ela permanecesse muda durante 12 meses, dos 7 aos 8 anos. Todavia, as dificuldades foram superadas. Hoje, aos 32, Gisele é formada em pedagogia, psicologia, sociologia, com especialização em segurança pública. Atualmente, sua principal paixão é dar aulas para crianças e adultos com necessidades especiais.


— Passei em dois concursos para dar aulas na rede municipal de ensino de Itaboraí, o último em 2011. Inicialmente, alfabetizei crianças das classes regulares durante dois anos. Omiti o fato de ser autista para evitar o preconceito — revela.


TÉCNICA ESPECIAL PARA ALFABETIZAÇÃO


Casada e com dois filhos — uma adotiva, hoje com 20 anos, e um bebê de 6 meses — Gisele leva uma vida dita normal, só toma medicação para controle da atividade motora. A jovem conta, em tom de brincadeira, que é muito estabanada. O grau leve do transtorno não a impediu de desenvolver uma técnica eficiente de alfabetização, que serve tanto para pessoas com necessidades especiais quanto as outras. Mérito este que a fez ser convidada para participar do primeiro curso de formação de professores da Clínica-Escola do Autista, em Itaboraí, primeiro local público do país a oferecer atendimento multidisciplinar gratuito para autistas.

A professora da Escola Municipal Clara Pereira é responsável por uma turma mista de alunos com idades entre 9 e 27 anos, que têm transtornos diversos: autismo, Síndrome de Down, deficiência intelectual e superdotação. E dá conta de todos os seis estudantes praticamente sozinha. Conta apenas com uma assistente para acompanhar alunos com grau severo de autismo, que têm maior dificuldade e apresentam comportamento agitado.— Em casos de autismo de grau leve, finalizo o processo de alfabetização em seis meses. Eles aprendem, por exemplo, por métodos específicos, são extremamente visuais. Precisam de tempo para ver a imagem e associá-la à palavra, tanto escrita quanto ao fonema. É preciso brincar, lidar de forma lúdica. Além disso, as recompensas têm papel fundamental no reforço do aprendizado. Premiar pequenas vitórias com peças de brinquedos, fichas e doces as mantêm estimuladas e motivadas por mais tempo.

A professora da Escola Municipal Clara Pereira é responsável por uma turma mista de alunos com idades entre 9 e 27 anos, que têm transtornos diversos: autismo, Síndrome de Down, deficiência intelectual e superdotação. E dá conta de todos os seis estudantes praticamente sozinha. Conta apenas com uma assistente para acompanhar alunos com grau severo de autismo, que têm maior dificuldade e apresentam comportamento agitado.

Read more: http://oglobo.globo.com/rio/bairros/professora-autista-que-falava-seis-idiomas-aos-10-anos-desenvolve-metodo-de-alfabetizacao-14355992#ixzz3HUBjAGBk

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Esta garotinha descreve o irmão com autismo com um amor puro e verdadeiro

  • Hannah descreve seu irmão Hyrum, portador do autismo, de uma forma que todos nós deveríamos entender e abraçar as pessoas que são diferentes de nós.
    No final do vídeo, Thomas S. Monson completa dizendo: "Minhas preciosas jovens irmãs, peço que tenham a coragem de não julgar ou criticar as pessoas a seu redor, bem como a coragem de assegurar que todas se sintam incluídas, amadas e valorizadas."
    Uma lição que Hannah aprendeu bem cedo.

terça-feira, 14 de outubro de 2014

Atualização na aba Download

Olá pessoal,

adicionei alguns links na aba Download pois tenho recebido várias mensagens informando que alguns links estão quebrados.
Espero que funcionem.

Abraços,

Débora

Composto químico de vegetais pode tornar autistas mais sociáveis

A partir de testes realizados em um estudo do Hospital Geral de Massachusetts para Crianças e da Universidade Johns Hopkins, em Boston, homens diagnosticados comautismo de moderado a severo, se tornaram mais sociáveis ao ingerirem doses de sulforafano, composto químico encontrado em vegetais como brócolis, couve-flor, espinafre, repolho e rábano.
Indivíduos do sexo masculino, com idade entre 13 e 27 anos, participaram do teste divididos aleatoriamente em dois grupos: um que tomou sulforafano e outro que tomou placebo. 26 dos 40 homens que voltaram para acompanhamento tomaram sulforafano e obtiveram pontuação bastante superior em avaliações de comportamento, se comparado aos paciente que receberam placebo. O composto químico sulforafano tornou os autistas mais calmos e sociáveis.
Um novo caminho
Mesmo que já existam drogas capazes de controlar sintomas de agressividade, hiperatividade ou distúrbios do sono, a nova descoberta indica um caminho para uma resposta química direcionada, a partir da criação de fármacos a base de sulforafano.
"Quando quebramos o código que revelava quem estava recebendo o sulforafano e quem tinha recebido o placebo, os resultados foram surpreendentes", afirmou ao Daily Telegraph o coautor do estudo e professor de Pediatria Neurológica, Andrew Zimmerman.
Por outro lado, o estudo não foi completamente positivo, pois os participantes que tomaram o composto químico engordaram e dois indivíduos sofreram ataques. Os pesquisadores, entretanto, apontaram que tal fato pode ter ocorrido devido à uma condição pré-existente.
Além disso, um terço dos homens que fizeram tratamento não respondeu ao suplemento e os efeitos cessaram logo após a suspensão da dosagem.

Berenice Piana: 45


Crianças com Autismo apresentam excesso de sinapses

8797663832_f53745def3_b
As crianças e adolescentes com autismo têm um excesso de sinapses no cérebro, que é decorrente da diminuição da apontoes, o processo de morte neuronal programada que ocorre no cérebro durante o desenvolvimento. Um excesso de sinapses pode ter efeitos sobre o funcionamento do cérebro, como mostra uma nova pesquisa que também relatou que a Rapamicina, um medicamento que restauraria a apoptose pode melhorar em ratos comportamentos semelhantes aos do Autismo, mesmo depois do aparecimento desses sintomas comportamentais.
Os pesquisadores examinaram os cérebros de crianças com Autismo que morreram por outras causas, 13 pertencentes a crianças menores de 2-9 anos e 13 cérebros de jovens com idades entre 13-20 anos, que foram comparadas com 22 crianças sem autismo. A densidade de sinapses em uma pequena parte do tecido cerebral foi medida, encontrando-se no final da infância a densidade dos dendritos foi reduzida pela metade nos cérebros do grupo controle, enquanto que em apenas 16% nos cérebros de pacientes com autismo.
As células do cérebro de crianças autistas tinham preenchidas por partes antigas e danificadas e foram muito deficiente em uma via de degradação celular conhecido como “autofagia”. Usando modelos de ratos com autismo, os cientistas descobriram o defeito na morte celular na proteína mTOR, de forma que quando esta encontra-se hiperativa, as células cerebrais perdem grande parte de sua capacidade de autofagia, facilitando o excesso de sinapses.
Os pesquisadores foram capazes de restaurar a autofagia e a morte natural dos neurônios revertendo comportamentos similares ao do autismo pela administração de rapamicina, uma droga que inibe a proteína mTOR.
Se esta notícia te interessou, vá direto a fonte deste post e saiba mais informações: Neuron, 2014
Imagem: Bryan Jones

Catálogo web para ajudar a encontrar os aplicativos mais adequados para Autismo: Appyautism

Captura de Tela 2014-09-26 às 10.46.15

A Fundación Orange em colaboração com iAutism desenvolveu um site que torna disponível para as pessoas com transtornos do espectro do autismo (TEA), suas famílias e seus profissionais um ambiente virtual que é um extenso banco de dados de mais de 400 aplicativos para computadores, tablets e celular.
O site Appyautism fornece um poderoso motor de busca para localizar os aplicativos de acordo com vários critérios: tipos de dispositivos, categoria (aplicações), a idade do usuário, faixa de preço, etc. A seleção inclui os melhores aplicativos para computadores Windows e Mac e os melhores aplicativos para Android, iOS e Windows Phone. =)
Dada a proliferação nos últimos anos dos apps desenvolvidos pensando no autismo, o Appyautism vem como uma ferramenta útil para as famílias e os profissionais na escolha do aplicativo que melhor combina com cada caso. Cada vez mais tem surgido mais apps de todos os tipos (educacional, entretenimento, comunicação, …) desenvolvidos para pessoas com autismo, e embora isso seja bom, formou-se um ecossistema complexo onde as famílias e os profissionais têm encontrado dificuldades para escolher o mais adequado para cada caso.
Neste cenário, Appyautism, disponível em Inglês e Espanhol, pretende ir além das tradicionais coleções de aplicativos, oferecendo um conteúdo elaborado e selecionado e seu potente motor de busca, e ampliando o escopo para incluir todas as plataformas de computador usados ​​hoje. Como não tem na língua portuguesa, os usuários do site devem levar em consideração a adaptação do app (que pode ou não ter versão em português).
O site fornece informações sobre mais de 400 apps, selecionados de acordo com uma lista de critérios objetivos; para cada um deles um breve resumo de seus padrões de funcionalidade e utilização, imagens ou vídeos, links para evidências científicas de sua aplicação e outros dados.
O aplicativo de banco de dados Appyautism será atualizado continuamente, é complementado por um tutorial sobre os tipos de aplicações disponíveis e referências a artigos acadêmicos e populares sobre o uso dessas tecnologias para os indivíduos com TEA.
Ótima notícia, não é? Preparado para conhecer o site? CLICA AQUI!

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Mães buscam novas tecnologias para tratamento do autismo

Ricardo Bastos - Hoje em Dia
Mães buscam novas tecnologias para tratamento do autismo
Mães de autistas se articulam para usar métodos alternativos para melhorar a de vida dos seus filhos
A busca por tratamentos do autismo tem unido mães por todo o Brasil. Na luta por melhoria na qualidade de vida dos filhos, elas tentam viabilizar o uso de novas tecnologias, medicamentos e terapias alternativas no país. Atualmente, muitas famílias escolhem levar pacientes autistas para serem acolhidos por especialistas no exterior.

Para divulgar esses tratamentos, um grupo de mães irá promover, no próximo sábado, um encontro em Belo Horizonte que terá como tema “Autismo em Conferência multidisciplinar: novos tratamentos”. Além de especialistas brasileiros, o evento terá a participação do renomado médico americano James Neubrander. “A gente não se conforma só em fazer o básico. Existem abordagens que fazem a criança até perder o diagnóstico”, disse uma das organizadoras do evento e mãe de autista, Michelle Freitas.
Uma das alternativas de tratamento é o biomédico. Iniciado nos Estados Unidos a partir do trabalho do doutor Bernard Rimland, a terapia se baseia no combate às causas biológicas e físicas da doença, a partir de intervenções dietéticas e nutricionais.

O médico Rogério Rodrigues Rita, de Florianópolis (SC), um dos primeiros a utilizar o tratamento no Brasil, apresentará o tema na conferência. “Existem várias terapias que podem ajudar as crianças autistas a se desenvolverem e alcançar o máximo do seu potencial”, frisou. Na palestra, ele irá abordar o movimento biomédico e qual as bases científicas dele, além de explicar como chegar a um tratamento integral do autismo.

Câmara

Outro tratamento inovador, mas ainda pouco acessível aos brasileiros, será apresentado pelo americano James Neubrander. Com o uso da câmara hiperbárica – terapia que permite a inalação de oxigênio puro a uma pressão acima da ambiente, mas ainda não utilizada no Brasil – aliada à vitamina MB12, o especialista conseguiu resultados satisfatórios em tratamentos que ele coordena nos Estados Unidos. Já a vitamina MB12 é administrada por alguns médicos no país, também com bons resultados.

“Os tratamentos e protocolos que uso possibilitaram ajudar milhares de crianças, que hoje são consideradas recuperadas. Eles não são rápidos, fáceis ou baratos, mas quando feitos de forma gradual, a maioria das crianças apresenta melhora”, afirmou Neubrander.

Pacientes comemoram recuperação

Quem pode arcar com o tratamento acaba optando por atendimento particular. Pelo Sistema Único de Saúde (SUS), o paciente tem acompanhamento, identificação e estimulação precoce. Os pacientes também são acolhidos na rede psicossocial e nos Centros Especializados em Reabilitação. O tratamento é focado nas dimensões cognitivas e de linguagem oral, escrita e não verbal, intervenções educativas e comportamentais direcionadas aos sintomas.

Porém, em busca de terapia alternativa, Michelle Freitas apostou no tratamento biomédico para melhorar a qualidade de vida do filho Miguel, de 5 anos. “Ele melhorou bastante. Antes, chorava muito, não dormia à noite, não podia ser contrariado. A nossa vida mudou completamente. Até as terapeutas se surpreenderam com o resultado”. Por mês, a família gasta cerca de R$ 6 mil com o método aliado a cuidados especiais.

Já a corretora de imóveis Márcia Frutuoso Barreto buscou ajuda no exterior para o filho Guilherme, de 5 anos, que perdeu a fala aos 2. Após o tratamento com a câmara hiperbárica, ele é considerado um menino normal. “Meu filho está completamente recuperado. Diferente do que muitos acreditam, o autismo é tratável”.

Após gastar R$ 200 mil nas viagens para tratar o filho Vitor, de 4 anos, nos EUA, a advogada Cristina Doto comemora. “Ele se comunica, interage e, em alguns aspectos, está mais desenvolvido do que outras crianças”.

Mães buscam novas tecnologias para tratamento do autismo
Transtorno aparece na infância

O autismo é um transtorno que afeta o desenvolvimento normal do cérebro, e aparece nos três primeiros anos de vida.



O grau de comprometimento vai de quadros mais leves, como a síndrome de Asperger, até formas graves em que o paciente se mostra incapaz de manter contato interpessoal e apresenta comportamento agressivo e retardo mental.

Conferência

As inscrições para a conferência no próximo sábado custam R$ 220 e são limitadas. Mais informações podem ser obtidas pelo e-mail benueventos@hotmail.com ou pelos telefones (31) 7593-0299 e 9113-2568. O evento será realizado de 8h às 20h, no teatro Ney Soares do UNI-BH (rua Diamantina, 463 – Lagoinha).

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Congresso Biomédico 2014 – Tratamento Integral do autismo (DAN)

Dr Rogério Rita começou a palestra explicando a história de como surgiu o protocolo DAN, hoje conhecido como Tratamento Integral para o Autismo e mostrando a mudança do DSM V que agora engloba todos os tipos de autismo, inclusive Asperger, como Transtorno do Espectro Autista e é definido como um distúrbio de comportamento.
Apresentou-nos uma pesquisa feita por um instituto de Londres, o Karolinka Institutet, feita com crianças suecas que divide o transtorno em dois:
Autismo por causas genéticas (sindrômico): 50% dos casos
Autismo regressivo: 50% dos casos

Esse autismo regressivo, que chamaremos de autismo tipo 2, traz muito a tona a questão do motivo de as crianças nascerem típicas e, depois de certa idade, apresentarem os mesmos sintomas do autismo tipo 1 (sindrômico). O autismo do tipo 2 vem aumentando os números cada vez mais devido ao nosso ambiente e por isso fala-se que há uma epidemia de autismo. Dr Rogério disse que a maioria dos casos é do tipo 2 (75% dos casos de acordo com ele).
Com uma visão mais ampliada e integral dos seres humanos, o tratamento proposto pelo Dr Rogério não trata o autismo como um problema apenas genético ou neurológico. Essa visão abre mais possibilidades de tratamentos como ele demonstrou mais adiante.
1 photo grafico1dan_zpsc29ea75c.jpg
Como a figura mostra, um conjunto de fatores influencia no comportamento autístico, inclusive, o autismo é muito mais físico que comportamental: O meio ambiente traz impurezas e o corpo de um autista não sabe lidar com elas, como faz o corpo de uma pessoa típica. Alergias alimentares ou dietas especiais mudariam o ambiente através de diferentes escolhas alimentares, dieta com alimentos que são melhores digeridos e não causam problemas no intestino e outros órgãos do corpo, problemas gastro-intestinais melhorariam através do tratamento da flora intestinal e outros tratamentos, déficits de energia de disfunção mitocondrial podem afetar as atividades escolares e sendo sensível a estímulos sensoriais, a condição desse paciente para atividades diárias, escolares e familiares estaria prejudicada perante as pessoas que “digerem” bem os estímulos seriam resolvidos.
Como mostra o ciclo, o que aparece para os nossos olhos é a resposta cerebral e por isso temos essa falsa impressão de que o autismo é um problema comportamental. O comportamento é apenas a ponta de um iceberg e não será melhorado ou mudado apenas com terapias comportamentais, da fala, ocupacional, entre outras. Seria uma injustiça com esses profissionais, já que esses passos devem ser feitos juntamente com a organização do corpo físico dando-lhes condições de agir de forma mais eficaz. O Tratamento Integral do Autismo procura investigar em TODO o corpo o PORQUE o cérebro reage dessa forma.
Abrindo esse leque de possibilidades, vamos esmiuçar um pouco mais os problemas, separados por área para que entendamos melhor o passo a passo do tratamento:

2 photo grafico2dan_zps73f54952.jpg
Como tratar? Existem muitas atitudes que devemos tomar e elas envolvem nossa boa vontade, e principalmente estudo e paciência pois a participação dos pais e/ou responsáveis é enorme.
Veremos então o que a exposição a esses fatores ambientais – vacinas (calendário de vacinação e conservantes a base de metais pesados), xenobióticos (antibiótico, pesticidas, produtos químicos, plástico, etc. )- causa no sistema orgânico dos autistas
o que chamamos de “alergia cerebral”.

As toxinas liberadas pelas cândidas no intestino, as caseomorfinas e gluteomorfinas – glúten e caseína (leite)-, os metais pesados que não são eliminados da forma correta, entre outras coisas, tudo isso gera inflamações no cérebro, causando uma desconexão funcional, ocorrendo um rompimento nas ligações dos neurônios e interrompendo as sinapses, causando o autismo tipo 2.
Para resolver esses problemas que causam essa “alergia cerebral”, são apresentados alguns passos que envolvem dietas, reposição de nutrientes, mudanças de ambiente, entre outros. Tudo isso para melhorar o corpo para que ele funcione adequadamente no futuro e para evitar com que menos “inimigos” cheguem ao cérebro.
Dr Rogério dividiu o tratamento em partes:
- Dieta: A dieta mais conhecida é a sem glúten e sem caseína, evitando a formação degluteomorfinas e caseimorfinas que causam alergias cerebrais. Muitos pacientes também tiram milho e soja (podem ser transgênicos e ainda terem cruzamento com trigo). Outras dietas foram apresentadas como a Dieta do Carboidrato Específico (SCD – Elimina alimentos que alimentam as bactérias e leveduras como os amidos complexos como grãos, batatas, açúcar, alimentos processados, além do glúten e apesar de ser liberado o leite, muitos pais optam por não dar quando escolhem essa dieta. ), Dieta Antifúngica, Dieta GAPS, Dieta de Fenóis, etc.
De acordo com uma pesquisa mostrada, realizada pelo Instituto ARI, os pais avaliaram as dietas e elegeram as mais eficientes: Dieta do Carboidrato Específico (71%), SGSCSS -Sem Glutem, Caseína e soja- (54%) e Dieta antifúngica (58%).
- Desintoxicação do organismo: Quelação (limpeza dos metais pesados, xenobióticos, impurezas) – feita através de homeopatia – CEASE – ou com um médico especialista em Tratamento Integral do Autismo – o DAN; consumir produtos orgânicos (pois não tem pesticidas que trazem metais pesados e químicas em sua composição) e utilizar o mínimo de química possível (natural, feito em casa de preferência); tratar a flora intestinal com o uso de prebióticos e probióticos para evitar e produção de gases tóxicos produzidos pelas cândidas (fungos); evitar exposição a xenobióticos (uso de antibióticos, paracetamol, aditivos alimentares como conservantes por exemplo).
- Uso de Neuromoduladores ex: ( l-Teanina, oxitoxina, melatonina, imunomoduladores, maltrexona, timodulina, anti-inflamatórios, gcmaf, homeopatia)
As nossas funções cerebrais dependem de nutrientes essenciais para formar e manter as células nervosas (neurônios) e as células gliais, os neurotransmissores, os neuromoduladores, os hormônios, para manter o metabolismo energético cerebral, ou seja, captação e ação da glicose.

Sem vitaminas e minerais em quantidade adequada e equilibrada entre eles, as funções cerebrais não tem como serem eficientes, causando distúrbios que levam a sintomas de desequilíbrio. Embora todos os micronutrientes e os ácidos graxos essenciais sejam determinantes para as funções do sistema nervoso central (SNC), o magnésio e a vitamina B6 entram na formação de todos os neurotransmissores, sem exceção. Nutrientes como o ácido fólico, vitamina B12, vitamina B6, zinco, magnésio, betaína são necessários para a formação do SAME S-Adenosil-metionina), fundamental para a metilação e formação de todos os neurotransmissores. Em maior ou menor grau, todos os micronutrientes e ácidos graxos essenciais são determinantes.
Por isso, a suplementação deve ser completa e individualizada, pois são esses nutrientes que determinam a “química cerebral”. Nutrientes como a vitamina D (extremamente comum de estar insuficiente na população em geral), vitamina A, vitamina C, complexo B, vitamina E, zinco, magnésio, selênio, ferro, manganês, cobre, omega-3, entre outros, determinam nossas funções imunológicas.
Alguns neuromoduladores também são suplementados como a melatonina, oxitocina, L-teanina e outros.
E por último, mas não menos importante:
- Terapias de estimulação para repor as áreas lesadas pela inflamação como fono, terapia ocupacional, terapias a sua escolha como musicoterapia, Son rise, Floortime, etc. Também foi citada a Câmera Hiperbárica porém foi alertado que no Brasil ainda não pode ser feita com esse fim e requer um movimento dos pais para que isso seja mudado) e a TMS – Estimulação Magnética Transcraniana.
Essas terapias ajudam os autistas devido a plasticidade cerebral, que foi explicada aqui.
3 photo grafico3dan_zpsa2af084e.jpg
Nesse gráfico, vemos o quão é importante pensarmos de forma holística já que cada pessoa é única e o tratamento deve ser elaborado de acordo com seu tipo de corpo e necessidades que são descobertas através de observação, exames de sangue detalhados e muita paciência e investigação. Aqui os grupos estão divididos em primeiro passo, segundo e terceiro, de forma lúdica, para que entendamos que fazer apenas terapias é pular etapas importantes. Claro que é o tratamento é um conjunto e algumas etapas vão ocorrer de forma simultâneas. Quando nosso irmão começou a fazer dieta SGSC, ele deu um salto tão impressionante nas terapias que os próprios profissionais vieram perguntar se ele estava tomando algum remédio novo.
Como podemos ver o autismo é uma desordem sistêmica onde uma série de fatores que estão interligados e o que vemos é apenas o resultado que aparece e não o todo. Por se tratar de uma síndrome caracterizada como síndrome de distúrbios do comportamento, esses problemas apresentados aqui são chamados de comorbidades, ou seja, problemas que acontecem paralelamente ao autismo. Para tratarmos de um autista, devemos ampliar nossa visão e deixar de lado a ideia de que apenas os remédios são a solução. Não queremos aqui entrar nessa polêmica de qual é o mais eficaz pois sabemos que as vezes o remédio é necessário mas nosso objetivo é fazer você refletir se essa é realmente a melhor alternativa pois as vezes o remédio apenas esconde mas não resolve de fato. Questione o remédio sugerido pelo seu neuro como você questiona a dieta e o tratamento biomédico. Pese tudo na balança e decida o que é melhor para seu filho (ou melhor, sua família toda).
OBS: essa é a nossa visão da palestra do Dr. Rogério Rita. Ele não tem nenhuma responsabilidade sobre o que escrevemos. Ao fazer um tratamento, uma dieta, suplementação, e tudo que envolve saúde, requer a presença de profissionais adequados para esse fim: médico, terapeuta, nutricionista, etc.